quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Respostas a algumas perguntas de Marcelo Marques

Marcelo, agradeço a oportunidade para rever as minhas posições; preparei-lhe um resumo delas, aliás, largamente documentadas aqui neste blog, durante os meses de Abril e Maio do ano passado. Por favor, não insista em confundir-me com um «democrata»: eu não me esquivo ao debate. mas peço-lhe que continue a respeitar a minha opinião como ela é, tal como eu respeito a sua, por divergentes que sejam.

Quanto às motivações para o 12 de Abril: auto-defesa das Forças Armadas, como último reduto da legitimidade soberana, despoletado por instinto de sobrevivência; impedir o golpe «constitucional» que se preparava (estilo Fujimori) e por isso deve ser chamado de contra-golpe e não golpe; ou seja, a apropriação do país por uma pessoa que já o tratava como sua própria propriedade privada (e nessa qualidade vendeu-lhe a pele sem o chegar a ter «morto»).

Justificava-se? Nem se pergunta. Que teria acontecido, com o caminho que as coisas levavam? Entregar o país a Angola, como em 1998 ao Senegal? Nem pensar. Nem sequer Cadogo beneficiaria pessoalmente pois ficaria nas mãos dos seus «salvadores».

O papel do governo de transição, não foi muito feliz, mas também teve a vida dificultada, pelas circunstâncias externas e por uma máquina de Estado PAIGC. Para mim, foi tempo perdido. Na altura defendi a Ditadura Militar e a nomeação de um responsável político, com projecto apontado e mandato limitado, no tempo mas não nas competências e atribuições.

Sobre a plausibilidade da data das eleições: esse é realmente um ponto que não tenho qualquer interesse em discutir. Continuo a achar que o Comando Militar deveria assumir um pacto político com a nação, assumindo a sua responsabilidade em redesenhar o Estado (aplicando o célebre e recente princípio «you broke it, you own it»), sem farsas do tipo eleitoral só para fazer o frete à mancomunidade internacional... e isso só reforçaria a sua posição. O cenário não deve ser descartado de todo: não vão deixar a nação numa confusão maior ainda do que encontraram... entre a forca e a força, é preferível uma força positiva que reforce a sua legitimidade com responsabilidade e obras à altura.

A posição das grandes organizações internacionais como a UA e a ONU era expectável e previsível, mas, como Paulo Portas o aprendeu à própria custa, de pouca profundidade. Imperdoável foi a perseguição movida em nome da CPLP nessas grandes organizações (que assumiu foros de ridículo), por Angola e Portugal, com Cabo Verde a reboque, atiçando opróbrios, agitando espantalhos e denegrindo a já delapidada imagem do país, tudo fazendo para sufocar a já de si pouco famosa situação socio-económica. Como é possível castigar assim populações irmãs?

Quanto à posição de Cadogo, de querer voltar, contra a opinião de toda a gente (inclusive do seu - e meu - amigo Marcelo), é simplesmente irresponsável e criminosa, para não dizer estúpida, não passando de simples basófia, essa sim, ressabiada. Depois de ter antecipado receitas, vendendo os despojos, está na altura de matar o urso para o escalpar, pois os credores começam a impacientar-se. Isto faz lembrar, retomando a comparação do Doka com a mãe Guiné, a história dos casamentos forçados: se a mulher não quer, para quê insistir? Está a tornar-se chato. Em linguagem de rua, aplicar-se-ia um último grunhido de aviso: «Baza!». O plano de Cadogo só provocará mais violência, se não a curt(íssim)o, a médio prazo, portanto não se deve perder tempo com ele. Que autoridade espera ter se, por absurdo, chegasse a Presidente? Até o irem buscar pelas orelhas (por favor não lhe partam os óculos, ainda reclamava indemnização ao Estado) e o enfiarem num jipe a pontapé? Teve a sua oportunidade, poderia ter sido o «noivo», mas como não respeita os outros (nem ninguém, para além do dinheiro) ao ponto de desrespeitar também a vida humana, vê-se hoje (e felizmente para a Guiné, acrescentaria eu, e isto, ao contrário de tudo o que anteriormente foi dito, que são factos,  isto é uma opinião minha) reduzido à sua insignificância de chico esperto armado em carapau de corrida. Foi expulso com um chuto no traseiro e insiste em voltar ao campo? Quanto aos «amigos»,  apoiantes, credores, e afins, recomenda-se que deixem de julgar Cadogo rei da Guiné. Se Cadogo vos prometeu alguma coisa, denunciem os termos, que o Estado em construção necessita credibilizar os seus actos, por isso decerto cumprirá obrigações assumidas (mesmo que desfavoráveis, dentro dos limites da razoabilidade) e ainda garante verdadeira estabilidade, reduzindo os riscos políticos (esses sim dispararam com a cena em torno de Cadogo) a aproximadamente zero. A posição de Cadogo pode acabar por revelar-se o pretexto ideal... para evitar mais confusão, talvez venha a ser necessário tomar definitivamente as rédeas na mão.

Quanto às declarações de Injai: saltou a tampa ao General. Como bem elucidou Samba Bari, depois de bastante tempo a controlar-se, «arrebentou». Irritou-se com a desfaçatez (como o Marcelo lhe chamou) de Cadogo. Mas não se pense que é uma atitude apenas pessoal; julgo que traduz o estado das reflexões do colectivo de cúpula militar. O erro talvez tenha sido terem querido entregar o poder aos «civis». Desperdiçou-se, sem contrapartidas, um momento e uma legitimidade que poderia realmente ter servido para fazer avançar a Guiné, lidando de frente com os seus problemas; acabou por não resolver o problema, apenas o aumentou, pois o homem quer voltar pelo mesmo caminho, sendo as eleições uma roleta russa, ainda mais imprevisíveis por serem conjuntas.

Cadogo não é parte do problema, é o grosso do problema, acabando por transformar os outros em simples figurantes; os outros candidatos anunciados à presidência deveriam posicionar-se já (e duramente) sobre o caso. Com a última atitude anti-patriótica (lembro o apelo de uma mãe da Guiné no Progresso Nacional) de se candidatar, tornou-se claramente um tumor que coloca em causa a saúde do corpo nacional, a pedir uma forte purga. Pena é que, pelos vistos, nem sequer chegue às eleições, porque de outra forma seria o próprio povo a dar-lhe a merecida resposta (nem chegaria a um dos quatro quintos com que sonha): Kumba tem mostrado um comportamento exemplar e ganho pontos, aliviando sobremaneira esta balança sobrecarregada e em plena desregulação.

Que reformas são necessárias? Todas! É preciso começar do nada. Há que saber desenhar, no respeito pelas gentes e pela terra.

16 comentários:

Unknown disse...

Meu caro 7ze!
Agradeço desde já amabilidade de responder ás questões que havia colocado em mensagens anteriores. Tinha alguma curiosidade em ler as suas respostas mas reconheço que esperava respostas de um cidadão preocupado com a situação da Guiné-Bissau, e não como foi o caso, de um político interessado numa solução de acordo com uma determinada facção. É o meu ponto de vista e baseio-me nos seguintes factos!
Para sim, faz todo o sentido, fazer um golpe de estado para retirar do poder, governantes eleitos pelo povo, de uma forma transparente e de grande abrangência!
Carlos Gomes Junior, foi ou não o vencedor das eleições legislativas de 2008 e da primeira volta das presidenciais de 2012? É aqui que tudo começa. Quem não quiser aceitar esta evidência, não pode aceitar ou entender os princípios da democracia!
Depois, parece-me na sua resposta, que você e mais alguns defensores do golpe, entendem que o povo da Guiné-Bissau nestes casos só atrapalha, eu consigo ler nas entrelinhas que se deduz,..”estes gajos são uns burros, como conseguem votar duas vezes no mesmo gajo a uma distancia de quase 4 anos? Coitaditos, já que os tugas não lhes deram educação, então vamos espetar-lhes com uma ditadura militar até escolhermos O GRANDE LIDER”!
Eu não defendo Carlos Gomes Junior, eu defendo um governo legitimado pelo povo e um candidato sufragado pelo mesmo. Será que a vontade do povo não é democracia?
Quando você diz que o país estava a ser entregue a Angola, eu respondo-lhe com uma certeza, está muito pior agora entregue ao Senegal e á Nigéria!
Quando eu escrevo, que ele não deveria regressar a Bissau e ser de novo candidato, escreve-o em defesa da paz e do bem-estar do povo da GB. Mas entendo que ele, como qualquer outro cidadão com mais de 35 anos com registo criminal limpo, tem essa legitimidade. Se você e alguns, estão tão certos da derrota de Cadogo porque não o “deixam” concorrer? Porque se a mãe Guiné é o povo da Guiné, então deixem-no escolher livremente!

Unknown disse...

Reconheço que infelizmente para quem fez o golpe de estado, o regresso de Cadogo seja uma pedra no sapato. Por um lado porque o povo está do seu lado, o velho ditado de que, “atrás de mim virá…” aplica-se aqui sem dúvida, depois porque a sua vitória significará a abertura de uma caixa de pandora sob eventuais crimes lesa pátria que possam ter sido cometidos neste espaço de tempo!
Falar de comportamento exemplar de Kumba Yala neste processo é passar um verdadeiro atestado de menoridade mental a quem lê o seu blog meu caro!
Mas, mais do que a quem governa internamente a GB nesta altura, a quem não é aceitável o regresso de Cadogo, é sem dúvida aos países da sub-região que os apoiaram. E as razões são muitas e variadas, mas desembarcam sempre no mesmo porto, não lhes interessa o desenvolvimento da GB. Esta é a minha opinião, e ela está espelhada no que se passou na GB neste ultimo ano e meio!
Tenho um grande amigo guineense que sempre me dizia com imenso orgulho, “Marcelo a minha terra é pobre e tem muitos problemas, mas aqui não há fome e não existem crianças de rua, quando muito crianças na rua durante o dia mas que á noite regressam ás suas casas”. Com muita mágoa dele e minha, deixou de o dizer desde á algum tempo, sabe porquê? Ambos sabemos, infelizmente!
É interessante defender ideais políticos, talvez interesses pessoais, mas é muito mais bonito, humano, embora ás vezes desesperante e revoltante, defender os interesses de um Povo! Faço-o porque me sinto parte dele!
E tal como lhe pedi numa mensagem anterior, repito, Taur Matan Ruak, é um exemplo que António Injai deveria seguir! Para quem tanto o defende e entende que ele defendeu os interesses do povo aí está uma boa oportunidade para despido da farda e sem AK47 mostrar que o povo lhe deu razão! Não concorda?
Posso estar engando, mas parece-me que mesmo que Cadogo imitasse Ramos Horta e prescindisse de campanha eleitoral o resultado seria um pouco diferente, quem sabe, mas lá que se “matavam” alguns fantasmas, não restam duvidas!
Eu acredito que o que está em causa, é continuar a adiar as eleições, e atirar com as culpas para todos, menos para os verdadeiros culpados!
Até lá, (vai durar longo tempo) vamos continuar a cuspir para o lado, culpar os vizinhos, pode ser que entretanto eles se cansem e esqueçam que existe um povo refém de uma situação que infelizmente não quis, mas que interesses obscuros mantém prisioneiro! E a começar a ter fome!

7ze disse...

Caro Marcelo:

Julgo que está a abusar um pouco das regras de hospitalidade, quando tenta «imaginar» ou colocar-me seja lá o que for na mente. Não projecte, por favor, coisas na minha cabeça: se eu próprio a conheço tão mal, não me agrada. Defenda a sua dama, com os seus argumentos, mas não me faça seu representado: para isso, talvez seja melhor abrir o seu próprio blogue.

Eu não penso que os guineenses são burros: não, quando falei de instinto de sobrevivência, dei claramente a entender que são muito espertos: muito mais do que julgava Cadogo, que confiou demais no poder corruptivo do dinheiro.

E uma coisa era entregar o país à fúria capitalista, expansionista e neo-colonialista (inter-pares) de JES, outra coisa são os parceiros da sub-região que vieram convidados pelo Comando para enviar uma mensagem de independência à CPLP. Esses são meros figurantes, como passariam a ser os guineenses, se o golpe de Cadogo não tivesse sido contrariado.

E continuo a defender o comportamento exemplar de Kumba (repare, passivo) apenas por não se ter já candidatado (e não acho que o venha a fazer). De forma alguma pode ser entendido como «um atestado de menoridade» mental»... quanto aos leitores, se me lêem mais ou menos, se quer saber, é-me indiferente.

Voltaria a solicitar que não tente usar o «canal» que, como sublinha, está dedicado a defender a linha que julgo adequada ao momento, para uma contra-propaganda sistemática. Tente descobrir os pontos fracos e pegue por aí, como vinha fazendo; não queira morder a granel. É esse o protocolo útil.

Um abraço

Anónimo disse...

EXCELENTE RESPOSTA 7ZE,GOSTEI...
OLHA M.MARQUES,NAO VALE A PENA TENTAR COMVENCER UM INTELECTUAL COMO 7ZE, SABE MUITO BEM A DIFERENçA QUE EXISTE ENTRE VOCéS.

GRANDE 7ZE FORçA.

Unknown disse...

Meu caro 7ze!
Não faço nem nunca fiz campanha por ninguém. O que faço e sempre fiz é defender valores e princípios. O do direito e da democracia é universal. O povo é soberano, ele é quem mais ordena, e para si já vi que não, ou pelo menos parece-me!
Já escrevi aqui, que á mais de um ano através do Facebook enviei uma mensagem ao Prof Kafft Kosta para se candidatar á Presidência da Guiné-Bissau por entender que era o nome mais adequado ao lugar. Hoje á distancia de longos meses de sofrimento para o povo da GB que a poucos parece interessar, esse meu pedido, (sei que não fui só eu), faz todo o sentido!
Vejo, com alguma expectativa, que outros nomes se perfilam para em definitivo ajudarem o seu País a saír do limbo em que o colocaram. Nomes que me parecem personificar tudo o que os guineenses precisam, seriedade, credibilidade, competência e consenso, mas o meu espírito de liberdade, igualdade e direito, diz-me que todos são elegíveis, até ao resultado do voto, e aí, ao contrario do seu pensamento Cadogo tem exactamente a mesma legitimidade que qualquer outro. Que alguém tenha medo do seu regresso essa é outra questão!
Porque não quero entrar em rota de colisão com ninguém, mas como também não abdico dos meus princípios, fico-me por aqui nos meus comentários no seu blog, agradecendo a oportunidade que me deu de expor as minhas ideias.
Penso aliás, ao contrario do que julgava, regressar brevemente á Guiné-Bissau e quem sabe, a ideia do blog não terá pernas para andar. Obrigado!

7ze disse...

Caro Marcelo:

Essa foi uma possibilidade que o próprio professor descartou há poucos dias, em prolongada conversa com o Didinho!

Infelizmente, sim, perdemos um candidato.

Mas a esperança mantém-se.

Mantenhas di ermondadi

Unknown disse...

Se ser intelectual é tentar convencer os outros daquilo em que nem nós próprios conseguimos acreditar, então meu caro anónimo, existem muitos por aí, mas por favor não insulte as qualidades do nosso bloger 7ze!

Didinho disse...

Ao Marcelo Marques uma pergunta: Se Carlos Gomes Jr. foi indicado como Chefe do Governo em função da vitória do PAIGC, partido vencedor das eleições legislativas de 2008, como é que esse mesmo Chefe do Governo, ainda em funções, "abdica" do seu cargo, sem nenhuma demissão constitucionalmente válida, já que o Presidente da República interino não podia, não pode, demitir um Primeiro-Ministro, ou empossar um novo Primeiro-ministro; para além de que, constitucionalmente, a aceitação do pedido de demissão de um Primeiro-Ministro, acarreta a queda do Governo, segundo a Constituição da República... Quem foi que deu o Golpe de Estado, para ser Presidente da República, utilizando, inconstitucionalmente todos os poderes de Chefe do Governo, para tal, ou de Presidente do PAIGC partido do qual é membro o então Presidente da República interino, Raimundo Pereira?

Caro Marcelo Marques, deixe de designar os "outros" de políticos, assumindo-se como o único cidadão digno do termo, no tocante a questões sobre a Guiné-Bissau!

Deixe-se igualmente de pensar que, por ter estado ou por estar há uns poucos anos na Guiné, conhece melhor a Guiné do que os que não estão lá... Haja humildade da sua parte, por favor...!

Didinho disse...

Caro Marcelo Marques, quem fez a proposta de candidatura ao Professor Doutor Kafft Kosta, desculpe lá, não foi o Marcelo Marques! O Marcelo aproveitou e subscreveu a proposta feita por mim. Para quê tanto protagonismo?

Unknown disse...

Meu caro Didinho!
A pergunta para a qual eu gostaria de obter uma resposta aceitável é esta. É legítimo fazer um golpe de estado e prender o candidato que acabou de ganhar as eleições?
Não seria legítimo para “combater” a sua posição recorrer aos tribunais?
Não seria mais coerente da parte dos candidatos a não aceitarem a “legitimidade” da candidatura, terem recusado participar logo na 1ª volta?
Como sabe na altura houve mais do que um parecer sobre a legitimidade ou não da candidatura e não houve unanimidade!
Para mim, continuo com a posição que defendi desde o primeiro momento, não concordando com a candidatura de Cadogo, entendo de que, a partir do momento em que ela é aceite por todos os envolvidos teria que ir até ao fim havendo depois os recursos para as instâncias legais.´
Peço ao Didinho que não “pense” por mim. Mas aceite o facto de que os anos em que estive na Guiné-Bissau e os amigos que felizmente mantenho me dão algum background para poder falar sobre a “nossa” terra com algum á vontade!
O meu desejo não é superior mas também não é menor que o seu. Ambos queremos o melhor para a GB, e eu quando falo desta forma tão apaixonada é tão-somente , penso que já lho disse, porque conversei com muita gente, em particular crianças e jovens e isso tocou-me e toca-me muito.
Não lhe chamei político nem o considero como tal. O seu papel tem sido de uma relevância sem igual para a procura de informações e soluções para a GB, mas não espere meu caro que todos tenhamos a mesma opinião sobre a busca dessas soluções. É dessa discussão que se deseja saudável que sairá com certeza a luz que iluminará o futuro desta Terra.

Unknown disse...

Meu caro Didinho!
Não quero nem preciso de protagonismo, longe disso, mas sobre o que escreveu posso dizer-lhe que foi através de um amigo meu guineense,professor na Faculdade de Direito em Bissau, que tive a oportunidade de "conhecer" o Prof Kafft Kosta.
A mensagem que lhe enviei via Facebook veio desse contacto, e á posteriori de outros ,entre eles o seu naturalmente!

Didinho disse...

Se o Marcelo Marques, que não é guineense, ainda que diga sentir-se guineense, por ter estado uns poucos anos na Guiné, se sente mais à vontade para falar da Guiné-Bissau do que o Didinho que nasceu, cresceu e viveu lá, fazendo-se homem, escrevendo relatos de memórias da História da Guiné-Bissau; tendo familiares, amigos e compatriotas, bem como colaboradores do Projecto Guiné-Bissau CONTRIBUTO, no terreno, então, estamos perante uma situação na qual os guineenses não têm mais voz sobre a sua terra... O que sei eu deste Portugal onde vivo e trabalho desde 1988, caro Marcelo Marques? Seria sensato, dizer que estou mais à vontade para falar de Portugal, do que os portugueses que contribuem para a História de Portugal, passado e presente?

Seja mais humilde, caro "guineense" Marcelo Marques. Respeite o guineense Didinho!

Didinho disse...

Havendo registos, não há dúvidas!

O Marcelo Marques disse que não me tinha designado de Político...

Ora bem, se a memória é curta e apenas se passaram poucos dias, aqui deixo o comentário de Marcelo Marques sobre mim...

O Didinho, até a brincar, brinca a sério, caro Marcelo Marques...


Blogger Marcelo Marques disse...
Meu caro Didinho!
O seu site é desde á uns anos, uma fonte onde se bebe informação e formação sobre a nossa Guiné-Bissau! Lá ou aqui, habituei-me como muitos outros, a ver no seu site uma opinião clara, isenta e patriótica. No entanto na minha opinião, tudo muda a partir do golpe de estado de 12 de Abril de 2012.
Você poderá negar, poderá continuar a copiar links de opiniões suas que contrariam a minha opinião, mas repare que quase todas elas são anteriores ao golpe. Depois, há um facto que me parece inaceitável e que são os seus ataques e insultos a Carlos Gomes Junior e Raimundo Pereira, com acusações, que, para quem é licenciado em direito, me parecem até perigosas!
É a sua opinião, é a sua posição, e quem sou eu para a criticar, mas que são factuais penso que você não tem duvidas. Se me permite aliás, a minha opinião é a de que você deixou de ser um jornalista, um observador, um crítico, e passou a ser, ou a ambicionar ser UM POLITICO! Tem toda a legitimidade sem dúvida, mas parece-me que seria mais correto assumi-la claramente!
E fica claro que continuarei a ser um leitor diário e fiel do site Contributo!

17 de Agosto de 2013 às 11:01

Anónimo disse...

Acho que M.Marques nao repare,é vocé mesmo que esta insultar a qualidade deste blog.
Seja sincero,asume que esta fazer serviço a alguem,as tuas opinioes dimostra.
Para M.Marques designar uma pessoa intelectual é um insulto???ma prfavor poupe-nos com falsos argumentos.
QUER SIM OU NAO,7ZE E' UM INTELECTUAL.
Por mais que sr.M.Marques conhece a G.Bissau nunca pode superar os filhos que nasceram e creceram là.
Entao procure de moderar as suas opinioes.
Mantenha.



Anónimo disse...

A VERDADE DÓI MESMO NÉ? PODE RETIRAR A MINHA MENSAGEM PORQUE FI-LA PARA ATINGIR MESMO E DOER MUITO.APAGASTE AS LETRAS MAS NÃO A FERIDA QUE A VERDADE CAUSOU NO TEU CORAÇÃO...

7ze disse...

Não dói coisa nenhuma.

Não quero é chatos que fazem copy/paste de notícias. Isto é para comentários, não é para espelhar outras notícias que sei lá se têm direitos de autor.

Além disso, estou farto de anónimos que só ofendem. Se quiser ter a garantia de que não será apagado, mesmo que seja inconveniente, identifique-se.

Muita paciência tenho eu tido. Coloca uma mensagem a chamar «porco» ao dono do blog, sob anonimato... não acha que está a abusar?

Eu sou contra a censura, mas quem pede «se me permite...», é apagado; e, não sendo tolerado, volta a colocar «se me permite»?

Não, não permito.

E você não me atinge. Tenho um amuleto especial, que lhe vai devolver (com juros) todo o mal que me quis provocar.