De acordo em acordo até ao desacordo final, os líderes partidários, cada vez menos maioritários, tardam em acordar para a vida. Na realidade, de mais de 95%, viram a fasquia rebaixada para menos dos dois terços exigíveis a um discurso ditatorial, devido àquilo que foi considerado como traição do MADEM, pelos respectivos activistas. Num inenarrável desperdício de rúbricas e assinaturas, comprometem-se mutuamente mundos e fundos. Com mesas redondas ou quadradas, em Paris é outro estilo (nada draconiano, plutôt macroniano). É pena que não tenham sobrado fundos (indigência ou má gestão?) para pagar uns trocados a um revisor de português (sabendo que estes são muito mais miseráveis que os franceses, nas suas exigências), para evitar acentuar indevidamente o "a". Há muitos "à" que são "a". Ahahahah! O pior é que não se trata apenas do português, mas da organização das ideias. Seria igualmente preciso pagar a um editor, para organizar o conteúdo e evitar, por exemplo: encavalitar considerandos (ou outros itens igualmente desapropriados) em caracterizações; retomar, como ponto principal (no extremo esquerdo da tabulação) o número 5 de uma sequência indentada (com avanço). Para além dessas questões imputáveis à (este é legítimo, podem sempre tentar aprender) redacção, resta o conteúdo, que se mostra bem pior que as questões de forma, ao não se pronunciar claramente sobre a questão chave de um eventual boicote eleitoral. Nomear comissões parece um simples silogismo para um rotundo falhanço negocial. Quando chegar a hora da verdade, o que contará será a realidade. Nessa altura, este acordo não passará de uma vaga recordação, à imagem de muitos outros, com que a práxis política guineense da traição se encarrega de ilustrar para a posteridade o cardápio da hipocrisia.
Há 2 horas
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