sábado, 3 de maio de 2025

Incompreensível, incoerente, insustentável, e com o rei na barriga

De forma disléxica, anacrónica e descontextualizada, em mensagem do 1º de Maio, publicada na página oficial do Partido, o líder do PAIGC anuncia como imperativo nacional "afastar os militares do jogo político e devolver o poder ao povo". Ora, se constatarmos que os militares se encontram auto-excluídos do jogo político (reduzidos à sua condição de "forças republicanas"), a sua mensagem torna-se incompreensível: que consequência desejaria afinal, qual o efeito para essa causa? o que deveriam fazer as forças armadas para o contentar? Será que pecam por omissão? Há uma dúzia de anos, quando as forças armadas também serviram de bode expiatório ao PAIGC para os seus desaires políticos, o discurso era outro. Para além disso, qual a sua legitimidade para ditar "imperativos nacionais"? 

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