O Democrata está de parabéns pelas suas opções históricas, no sentido de garantir a sua independência de terceiros, por mais generosos que sejam, como a Google. Há uma década houve uma grande discussão, na blogoesfera, sobre o papel dos blogues e sites. Até aí, só o mano Didinho pagava um site para garantir acesso a tal liberdade.
O Democrata evoluiu, tratou do assunto, e muito bem: mesmo se durante algum tempo não percebiam ainda bem como parametrizar o próprio "feed", compatibilizando-o com o blogspot.com (de longe a plataforma mais utilizada, apesar de a principal concorrente, a worldpress.com, a ter precedido), aprenderam rapidamente...
Por essa altura, a blogoesfera guineense esteve na ponta da conectividade, que ainda hoje se mantém em muitos blogs, com referências cruzadas e troca de ligações automaticamente actualizadas, como acontece, por exemplo, entre este blog e o bambaram di padida: essa é uma forte marca identitária da comunidade bloguista guineense.
Aliás, não admira, pois esta comunidade é herdeira da primeira guerra de propaganda à escala mundial travada na internet, quando 99% das pessoas ainda nem sequer sabiam o que era isso de internet. A guerra de 7 de Junho travou-se em fórum de discussão (muitas vezes sobretudo koba mal) PALOP, chamado Portugal Net.
Devido aos conteúdos e troca de galhardetes altamente violentos, o administrador, depois de múltiplos e desesperados avisos, descontinuou o serviço para a Guiné-Bissau, que representava 99% do tráfego do seu site. Elementos próximos da Junta Militar rapidamente se conseguiram organizar para replicar serviço alternativo.
Ao contrário dos blogues, que agora sofrem às mãos da Orange, tendo as suas visualizações caído para cerca de um terço (a Orange parece representar aproximadamente o dobro dos acessos internet da MTN) da rotina ex-ante, O Democrata continua on-line, merecendo o seu estatuto de principal órgão nacional de imprensa escrita.
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