As cadelas apressadas parem os cachorros cegos.
Moussa Faki Mahamat, presidente em exercício da União Africana, que a semana passada anunciara a "firme condenação do golpe" em apoio à cimeira da CEDEAO foi, segundo o Le Monde, desmentido pela Comissão competente, de Paz e Segurança, no fim de uma reunião "tensa e interminável", a qual se prolongou por mais de dez horas. Decisão surpreendente, quando se sabe que a UA anda, regra geral, a reboque das organizações sub-regionais.
No mesmo artigo, um especialista considera que seria "uma contradição inédita, recorrer à força sem aprovação da UA", referindo-se ainda a um crescendo de interrogações quanto à legalidade de tal intervenção. Obviamente que na ONU, idem, nenhuma resolução passará, estando o veto da Rússia garantido, muito provavelmente associado ao da China. É a machadada final nos delírios de Ouattara e nas pretensões belicistas de Macron.
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