Na praça de Bissau, o câmbio do Euro - 1/656 - relativamente ao franco CFA - nomenclatura monetária XOF - que se manteve estável no último quarto de século, com pequenas e infinitesimais variações sazonais e por vezes pontuais, mas numa curta banda, está a dar sinais, pela primeira vez, de especulação, a subir 5F por dia, na última semana: hoje, já só se conseguia comprar 1 euro por 685 francos.
Os especuladores costumam ter razão, descontando instantaneamente possibilidades reais, mesmo que não se venham a concretizar e volte tudo ao normal: é claramente um indicador de que parece estar a crescer o receio - ou o risco, para manter o discurso probabilístico - de o Banco de França deixar de honrar a convertibilidade - ou desvalorizar os termos, como aconteceu em 1994, no caso para metade.
É que 3 dos 8 países que formam a UMOA, estão fora. Por outro lado, pode representar também a antecipação da tentação, para os franceses, de financiarem a guerra imprimindo moeda. Depois do COVID e da guerra na Ucrânia, mais um factor passível de contribuir para a inflação e aumento do custo de vida. Visto pelo lado positivo, o fim do CFA pode finalmente representar boas notícias para o ECO.
Sem comentários:
Enviar um comentário