Silêncio ensurdecedor? do Presidente da República em relação às Cartas Abertas endereçadas por Fernando Didinho e pelos Magistrados, reagindo a declarações públicas bastante desadequadas.
É legítimo e louvável que o Presidente queira manifestar, com impacto, a sua firme vontade de resolver os cancros que afectam a vida nacional, comunicando um forte sinal nesse sentido. No entanto, essa veia mediática, «arrebentando» pelo bombástico, arrisca-se a sujar o cenário. É preciso muito cuidado no manuseio de explosivos...
As falhas de comunicação apontadas ao Primeiro-Ministro pel'O Democrata, referindo-se à insignificância do Porta-Voz do Governo, poderiam igualmente ser apontadas à Presidência. Serifo, em menos tempo que os 100 dias que já passaram, dotou a Presidência de uma página na internet... Estarão as novas autoridades em vias de ficarem autistas?
A comunicação não se faz apenas num sentido. Já que Sua Excelência o Presidente da República parece estar empenhado na sua missão, aceite as críticas e tenha a humildade de rever a sua posição, endereçando um eventual pedido de desculpas à classe dos Magistrados, de forma a repor formalmente a indispensável confiança intra-institucional.
Depois da investida de cabeça baixa, a imagem do Presidente sofrerá maior desgaste na ausência de resposta. Parece justificar-se, na Presidência, uma profunda reflexão quanto à consistência do papel a desempenhar. Gastar rajadas de cartuxos a atirar para o ar à toa não parece a melhor política. Mude para tiro a tiro, mas acerte no alvo!
A comunicação não se faz apenas num sentido. Já que Sua Excelência o Presidente da República parece estar empenhado na sua missão, aceite as críticas e tenha a humildade de rever a sua posição, endereçando um eventual pedido de desculpas à classe dos Magistrados, de forma a repor formalmente a indispensável confiança intra-institucional.
Depois da investida de cabeça baixa, a imagem do Presidente sofrerá maior desgaste na ausência de resposta. Parece justificar-se, na Presidência, uma profunda reflexão quanto à consistência do papel a desempenhar. Gastar rajadas de cartuxos a atirar para o ar à toa não parece a melhor política. Mude para tiro a tiro, mas acerte no alvo!
O óscar da interactividade (e do trabalho de casa) vai para o Ministério da Administração Interna, reagindo exemplarmente, mostrando estar atento aos «watch dogs», mesmo pelo meio de grande salganhada.
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