O pacto entre o PAIGC e o PRS para impor uma geringonça a Sissoko, apesar de ter tudo para dar certo, incluindo exactamente dois terços dos deputados, o que é suficiente para lançar o impedimento do próprio Presidente, configura-se como totalmente anti-natural. Dois presidentes já completamente desgastados por dois mandatos infrutíferos, tanto em termos partidários como de resultados de governação, apresentam grande déficit de legitimidade e credibilidade para esta oferta envenenada. O PRS parece consolidar a fama de volatilidade e de partido das alianças fugazes, não hesitando em dar uns dedos para salvar o PAIGC da implosão iminente. DSP finge aceitar todas as condições, mas, chegada a hora, não hesitará em engolir o braço que se lhe estendeu, tal como rasgou, pouco tempo depois de rubricado, o acordo de princípio assinado na sequência de Lomé por Certório Biote. Não se augura grande futuro à nova "solução" política...
PS Se DSP fosse mais esperto, depois da derrota do PRS nas legislativas, teria comprado Nambeia por tuta e meia. Agora, em desespero de causa, sujeita-se ao impensável.
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