Maria Garrido, que lidera as brigadas da Direcção do Comércio, afirma que «a valorização do dólar não deve ser transferida para os preços [actuais] das mercadorias importadas no ano passado». Ora qualquer comerciante sabe que, se não quiser ir à falência, em tempos de inflacção, ao custo actual de reposição deve acrescentar um prémio de risco em tempos de incerteza, para além de um factor de correcção monetária com frequência adaptada ao ritmo da desvalorização da moeda.
A inflacção é uma pescadinha de rabo na boca, que se retroalimenta, uma bola de neve que, sem muro que a ampare (taxa de câmbio) nem dinheiro para cobrir o défice, vai continuamente continuar a engrossar. E não vale a pena apontar os comerciantes como bodes expiatórios... estes adoptam um comportamento economicamente racional, ao contrário das anti-económicas declarações da responsável governamental, que apenas denotam uma demagogia cada vez mais despudorada e inconsistente.
Há 1 hora
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