"Comité Central, composto por 351 membros, dos quais 312 estiveram presentes. Simões Pereira obteve 243 votos. Cipriano Cassamá, líder do parlamento guineense e que também se candidatou às primárias, arrecadou 65 votos, enquanto o antigo presidente guineense de transição Serifo Nhamadjo obteve três votos. Já Mário Lopes da Rosa conquistou dois votos.O antigo líder do PAIGC e ex-presidente do parlamento, Francisco Benante, não obteve nenhum voto."
Um desses 351, sem mais credenciais ou especiais habilitações, vem, em nome do vencedor, requerer ao maior vencido, a perseguição dos deputados que se limitaram a cumprir aquilo que se espera deles? Tratados como criminosos e destinados ao opróbrio público... Ainda bem que esse partido, assassino e terrorista, já não controla as forças armadas e de segurança.
A iniciativa constitui-se como "denúncia" relativa ao simples cumprimento do seu dever de deputados, de apresentação a plenário. Bufados pelo lacaio do chefe falhado, que no dia anterior afectara o contrário, fingindo colocar o cargo à disposição, apenas para se re-auto-endossar o mandato, já concebido como um sacrifício. Sem esquecer a visão romântica, de canina fidelidade - passe o pleonasmo - à voz do dono e sempre pronto a lamber-lhe as feridas, do bloguista-mor do império das sumas-inteligências, suma DSP e mango delis.
De falácia em falácia, a escalada continua, até à cinicaria total... Como "essa conduta é contrária às orientações dadas pela Direcção superior do Partido" de bloqueio do país, passa imediatamente a "grosseira violação da disciplina partidária", e, volta di mundu... "comportamentos que, à luz dos Estatutos do Partido" - um poderoso holofote que obviamente se presume dispensar a citação de qualquer artigo em concreto desses mesmos estatutos - determinando peremptoriamente que "são expressamente proíbidos".
Mas o mais interessante do documento é sem dúvida a inapelável sentença de derrota, que DSP quis esconjurar com declarações inconsequentes. Não há vacinas para esse vírus. Escrito em bom português, com o cabeçalho do cabecilha, consideram-se os factos "susceptíveis de comprometer todos os objectivos do partido, podendo inclusive causar danos irreparáveis às pretensões futuras do PAIGC".
PS Já à luz da política interna do PAIGC, devemos considerar este acto como uma tentativa de golpe de pseudo-estado, uma vez que se pedem sanções contra aquele que ainda na semana passada era considerado pelos próprios o legítimo chefe de estado.
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