segunda-feira, 2 de novembro de 2015

Dança com fósforos (sobre o barril de pólvora)

Faltam 9 dias para o dia 11 do 11. O dia de São Martinho, o grande que partilhou a sua capa com um mendigo, tornou-se num contra-exemplo para o regime angolano. Basta ler a declaração desse dia, há 40 anos, para constatar a subversão de todos os valores nela enunciados. Perigo de inflamação. José Eduardo dos Santos está na iminência de saltar, como uma castanha ao lume (à qual se esqueceram de dar o corte na hora certa). E não serão indignos mercenários como o ex-embaixador Martins da Cruz que o vão salvar.

O senhor Presidente dançarino vem argumentar, segundo o F8, que as receitas do Estado «aumentaram ligeiramente»? Grosseiro subterfúgio esse, de incluir o endividamento na receita! O que lhe vale é que está em Angola, onde a faculdade de pensar não existe, pois qualquer estudante de contabilidade lhe poderia corrigir a afirmação, como o fiz aqui, por ocasião da aprovação da rectificação do OGE, no início do ano. O argumento, para além de falacioso, já está estafado, senhor Presidente, exactamente à sua imagem!

Destapada a careca, já não consegue esconder que virou pobre! Todo o seu sistema não estava virado para a produção de riqueza, mas para o gamanço piramidal; obviamente que vai começar a disfuncionar. E o pior, na perspectiva e mentalidade dos seus próprios acólitos, nem sequer é deixar de pagar os ordenados, mas sim ter-se tornado pobre e frustrado! Quem confia num frustrado, que mantém jovens intelectuais promissores a granel na prisão, sem qualquer solução para o país senão o apodrecimento e o atrofio?


Este cartoon já tem uns meses, mas mantém toda a sua actualidade!

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