segunda-feira, 7 de julho de 2025

Resultados do Inquérito

À data de hoje, 7 de Julho, 15 horas de Bissau. 

Gráfico de respostas do Forms. Título da pergunta: Qual o mais humilhante ultimato que Portugal já sofreu?. Número de respostas: 11 respostas.

Ainda pode pronunciar-se, basta clicar no link.

sábado, 5 de julho de 2025

Objecções qualificadas

Tenho sido confrontado com algumas reacções à qualificação como Ultimato, nomeadamente a Portugal, do evento vergonhoso que constituiu a Cimeira da NATO. Declino apenas as duas principais e mais relevantes, no meu entender, com a respectiva contra-objecção:

1) Que o caso não configuraria propriamente Ultimato mas Diktat (vá-se lá saber porquê, julgo o alemão mais sonoro, lembrando que a raiz é a mesma para Ditadura). Apesar de reconhecer que tem razão, pois o Diktat pode tentar definir-se como um tipo de ultimato mais intenso, presumindo uma posição de força (ou melhor, de domínio absoluto) associada à ausência de resposta do adversário (e portanto, descrevendo com maior precisão o facto, deveria ser preferido se se tratasse de um assunto científico; contudo trata-se de um assunto político, logo se subirá esse degrau).
2) Que o referido Ultimato não foi apenas nem especialmente direccionado contra Portugal, mas sim"um recado" para a União Europeia. Ora, se bem me lembro, até há uns tempos atrás, fazíamos parte dessa carcaça putrefacta, pelo que devemos endossar (enfiar a carapuça, está para ali o Bordalo a gritar) as ofensas ao colectivo, e não servirem-se delas para diluir responsabilidades e abanar com o rabinho. Gindungo no cu dos europeus é refresco na Península. É urgente constatar que não interessa a ninguém pagar o funeral do trapo azul, trata-se só de antecipar as carpideiras, que afectam a confiança dos mercados, e saltar fora de todas essas pseudo-organizações transnacionais tão atípicas como a ONU.

Inquérito patriótico

Este blog inaugura um novo formato interactivo, através da realização de um inquérito aberto (não controlado, podem responder todos aqueles que seguirem o link). Por favor, caro tuga, emprega dez segundos seguindo a ligação e votando na pergunta (sim, uma única!) de resposta múltipla, é completamente anónimo e os resultados são públicos (basta clicar em "ver respostas anteriores" para visualizar os dados actualizados da sondagem), ajudando-nos a aquilatar ultimatos. Apresentaremos e comentaremos aqui os resultados da medição de opinião.

quinta-feira, 3 de julho de 2025

Homenagem

Ao Paulo Santiago, pela partilha desta história, passado meio século sobre os acontecimentos. Já agora, aproveito para contar outra história, sobre a origem do topónimo Saltinho, relativamente recente. Não existia ali qualquer povoação, o régulo vivia em Cuntabane. Havia uma família que ocupava tradicionalmente a entrada da Ponte, local conhecido por Sintchã Sambel. O mais velho, sempre em estreito contacto com Tcherno Rachid, foi falar com o Com Chefe para obter protecção contra infiltrações dos homens de Cabral, o qual por mais que uma vez por lá passara a tentar aliciá-los para a luta. Spínola nem precisou de olhar para o mapa para recusar tal pedido, sugerindo reassentamento em aldeamento na estrada que liga a ponte ao quartel da Aldeia Formosa (hoje Quebo), com a vantagem de a ponte ser mantida debaixo de olho. Dali, ao mínimo sinal de alerta, era só um "saltinho", caíam-lhes em cima.

quarta-feira, 2 de julho de 2025

Retórica incendiária II

Catarina torna-se um eufemismo para cutucar o leão com a vara curta. "Quem ateia um fogo, pode acabar queimado", pode ouvir-se na peça do Tiago Rodrigues. Há um homem em particular que encarna a expressão, se bem que não o método: Robespierre, o pai do terrorismo de Estado. Recomenda-se aos responsáveis pelo agendamento da Culturgest para terem em atenção que o actual momento político é muito diferente daquele que se vivia há quatro anos atrás. Já agora, parabéns à PSP, pelos seus 158 aninhos, mas o melhor talvez seja reforçarem a segurança do mobiliário urbano, nomeadamente aos moopies JCDecaux (para além claro, do palco - ou cadafalso, neste caso). Publicitar o cartaz pode cair sob a proscrição de Battle, uma vez que a imensa maioria da população não-alvo não são potenciais consumidores, nem querem saber de grandes explicações, contentando-se em julgar o livro pela capa. Talvez valha a pena estudar a personalidade do homem que deu o nome à famosa síndrome erradamente conhecida pela acção dos terroristas de Estocolmo, revendo a primeira temporada desta série neste blog, publicada já lá vão oito anos.

PS Já agora, a corajosa da Catarina não concorda com nada disso, e convoca todos para um ordálio. Como não têm fé, parece-me (sem por as mãos no fogo) que a água fervente vos deixará marca, talvez seja melhor declararem-se culpados e pedirem desculpa.

terça-feira, 1 de julho de 2025

Prioridades...

"Vamos gastar dinheiro que não temos a comprar armas de que não precisamos para uma ameaça que não existe" MST 

Mas os antigos combatentes, depois de sofrerem o opróbrio e a estigmatização, continuam a ser profundamente humilhados: "não há dinheiro", só uns troquinhos para (m)alfeitear, de preferência, com lucro.

PS Miguel, faltou a quarta dimensão: o pior é a forma como foram impostos esses gastos. O Ultimato de 24 de Junho de 2025 ficará como o mais vergonhoso da história de Portugal.