quarta-feira, 2 de julho de 2025

Retórica incendiária II

Catarina torna-se um eufemismo para cutucar o leão com a vara curta. "Quem ateia um fogo, pode acabar queimado", pode ouvir-se na peça do Tiago Rodrigues. Há um homem em particular que encarna a expressão, se bem que não o método: Robespierre, o pai do terrorismo de Estado. Recomenda-se aos responsáveis pelo agendamento da Culturgest para terem em atenção que o actual momento político é muito diferente daquele que se vivia há quatro anos atrás. Já agora, parabéns à PSP, pelos seus 158 aninhos, mas o melhor talvez seja reforçarem a segurança do mobiliário urbano, nomeadamente aos moopies JCDecaux (para além claro, do palco - ou cadafalso, neste caso). Publicitar o cartaz pode cair sob a proscrição de Battle, uma vez que a imensa maioria da população não-alvo não são potenciais consumidores, nem querem saber de grandes explicações, contentando-se em julgar o livro pela capa. Talvez valha a pena estudar a personalidade do homem que deu o nome à famosa síndrome erradamente conhecida pela acção dos terroristas de Estocolmo, revendo a primeira temporada desta série neste blog, publicada já lá vão oito anos.

PS Já agora, a corajosa da Catarina não concorda com nada disso, e convoca todos para um ordálio. Como não têm fé, parece-me (sem por as mãos no fogo) que a água fervente vos deixará marca, talvez seja melhor declararem-se culpados e pedirem desculpa.

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