segunda-feira, 15 de fevereiro de 2021

Portugal universalista e multiracial


Uma homenagem à dignidade do Coronel Raúl Folques (no centro da foto, com a medalha), que discretamente conseguiu evitar a apropriação da cerimónia fúnebre em honra de Marcelino por Marcelo, confinando-lhe o protagonismo. 

O senhor Coronel fez a guerra com a esposa e as quatro filhas em Bissau. Como os majores assassinados maCABRAmente à traição pelo PAIGC em chão manjaco à revelia de Amílcar Cabral, é um homem que ama os seus homens, o seu país e a Guiné. 


Tive a honra de o conhecer quando, numa conferência, em Coimbra, sobre os 3G (jogo de palavras com G3: Guidage, Guileje e Gadamael), abandonámos os dois a sala, mais enjoados que revoltados com a palhaçada do imundo (literalmente um javardo e mal educado, teve a descortesia não só de não desligar, mas de atender o telemóvel, como conferencista, enquanto discursava, ficou toda a gente parva) traidor e mentiroso Coutinho e Lima (aliás desmascarado na própria conferência pelos homens de artilharia que se "esqueceu" de informar da retirada e que se mantiveram no quartel). Ficámos depois no corredor a conversar amenamente. Um homem com H grande, por quem os seus camaradas guineenses "comandos africanos" (os poucos sobreviventes à ignomínia do PAIGC) presentes mostravam um enorme respeito.

Partilho ainda um magnífico texto em honra de Marcelino da Mata. Nesse contexto, o meu reconhecimento, em vida e em nome da Pátria, ao homem grande Raúl Folques.

sábado, 13 de fevereiro de 2021

Apanha bonés

Tal como no futebol, em que o emprego, mas não profissão (uma vez que regra geral não é remunerado), de apanha bolas é desempenhado por jovens que se sentem suficientemente retribuídos pela simples proximidade com os seus ídolos e pelo bilhete de primeira linha, também nas touradas, quando o povo aprecia por demais o espectáculo atirando muitas boinas e bonés para a arena, o toureiro assim agraciado não pode devolver a totalidade, precisando de um ajudante para acudir à glória em demasia.


Assim parece DSP, a quem, depois de toureado na praça, só resta a apanha dos bonés. Depois de longas férias na Europa, que propagandeou deverem-se a questões de "segurança" (mesmo que fosse verdade, o que não é o caso, um verdadeiro líder saberia expor-se e daí retirar dividendos políticos), quer novamente fazer-nos acreditar, pela enésima vez, que está para chegar ao país. Tal como Aristides, que se alojou a título gratuito de "primeiro-ministro" legítimo, nas instalações hoteleiras da extinta missão dedicada da ONU, e que agora apanhou avião da organização (a qual nada faz onde deve, para andar a desperdiçar recursos a apaparicar meninos queridos do incompetente Secretário-Geral: é Uber ou ambulância?). As NU praticam assim grosseiras ingerências na política interna de países considerados de "segunda", a soldo de agendas particulares e amiguismos maçónicos, que nunca seriam toleradas numa nação soberana.

Há toda uma hipocrisia associada que não dignifica (para evitar estar sempre a chamar os bois pelo nome) nem o país nem a ONU e na qual colabora desnecessariamente o Presidente da República, com o requerente humanitário e auto-candidato a refugiado, anunciando suposta necessidade (presuma-se que inadiável) de tratamento médico fora (coisa que a imensa maioria dos nacionais não se podem permitir, o que cai definitivamente mal no contexto da miserável campanha que fizeram em torno da morte do jovem MCCI) mas a fazer política ainda antes de sair do país (coisa que o estatuto solicitado lhe veda no exterior, ku fadi no interior, lembre-se o documento que Nino teve de assinar para sair em 1999), fazendo-se fotografar no gozo e de perfeita saúde ao lado do propagandista blogueiro do antigo regime falhado de DSP. Toda uma teatralização deveras degradante. 

Castigo injusto

Deve entender-se que a ala sul do MFDC, de César qui perd ses bases atoute vitesse, está a pagar por culpa dos intelectuais francófilos, que, de Paris e sem conhecimento de causa, fizeram uma avaliação errada da situação política em Bissau, apostando desnecessariamente todos os ovos no cesto de DSP, que parecia ter tudo pelo seu lado, a começar pelo SG da ONU. Perdidas as bases, resta a propaganda, ou, em alternativa, fazer um esforço sério de incorporação nas fileiras da ala norte de Salif, onde se respira um ar mais sadio. De qualquer forma, não deixa de ser historicamente um pouco ingrato, para não dizer um erro estratégico, o castigo aplicado.

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2021

Ditosa pátria que tais filhos tem




Uma honra tê-lo conhecido, meu Tenente-Coronel.

Mama Sumae.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2021

Epidemia de estupidez

Depois da chegada às Bijagós da palete de testes, a Covidssária, à falta de desgraça epidemiológica, veio ontem anunciar com pompa e circunstância o primeiro "caso" positivo naquela região. Obviamente que, neste caso, não se trata propriamente de "caso", mas simplesmente de resultado do teste. Os verdadeiros casos dispensam o adjectivo "positivo", sendo aliás ocorrências muito negativas. 


Trata-se, isso sim, de um verdadeiro caso de psico-patologia clínica, o da pseudo-médica com especialização recente em propaganda alarmista, que faz tábua rasa da simples deontologia profissional, confundindo voluntária e premeditadamente a nuvem com Juno, atirando para as ortigas o juramento num pico de hipocrisia.


O que mais choca é o tom de festa com que apresenta o falso positivo que conseguiu desencantar nas ilhas. E, pelos vistos, a dita conseguiu contaminar os/as jornalistas com a estupidez que espirra por todos os poros, a ponto de até o Jornal O Democrata papar acriticamente a verborréia, sem uma epifania de questionamento... 

sábado, 6 de fevereiro de 2021

Prioridades

Com todo o respeito devido ao senhor Presidente da Guiné-Bissau, assinala-se que há outras prioridades bem mais importantes na securização do Palácio, do que aquela que envolve a Ordem dos Advogados. Em primeiro lugar, a desocupação da Associação de Comerciantes, por um Partido que já deu sinal de propensão para a actuação terrorista. Logo em seguida, tal como muito bem assinalou a segurança do Rei de Marrocos, deve dinamitar-se o Hotel homónimo da Praça do Império, pois nenhuma construção deve apresentar "sobrado" superior ao da Presidência, ou seja, passar do primeiro piso, respeitando a volumetria do Plano Director associado e a elementar arquitectura paisagística do kau mais icónico da República. Igual destino deve ser dado à construção nova, cujos ferros apontados para o céu dão a entender que, se não for interrompida, continuará não só a ofender a segurança presidencial como a ferir a sensibilidade estética do comum dos mortais. Isto se o Excelentíssimo está realmente interessado em governar bem e deixar marca. É que com a multiplicação de conselheiros, arrisca-se a ficar cada vez mais confundido, em vez de bem aconselhado... 

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2021

Homenagem póstuma

Lembro-me bem da alegria que deu origem a este artigo. O Leopoldo acabava merecidamente de ser nomeado para dirigir o INEP: foi a minha maneira de lhe dar os parabéns. Acabei por entregar a obra prometida uns tempos mais tarde, em mão e in loco, onde fui amavelmente recebido com um pequeno lanche em minha honra, acompanhado de um pedido de desculpas pela escassez do orçamento da casa.

Citando-me: "meu muito amado irmão Leopoldo", até sempre!

Demasiado novo para morrer

Mais um "combatente da liberdade da pátria" que partiu. Os sentimentos à família enlutada.

NB Tinha 15 anos quando o PAIGC tomou Bissau. 

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2021

Inadmissível!

Enquanto em Bissau os auto-proclamados activistas encenam revoltas populares com pretextos fúteis e publicitam manifestantes mártires com ligeiras escoriações enrolados num autêntico desperdício de gaze, o exército senegalês bombardeava território guineense, matando hoje uma criança, ao acertar com um óbus num campo de futebol, na tabanca de Nhalom.

Ó dois ou dóis

A covidssária, para além de desnecessária, lembrou-se agora de aderir ao pseudo-activismo demagogo a soldo de um PAIGC tão ressabiado, que não sabe mais para onde se virar. Numa história muito mal contada, inventaram que o jovem do 1201 (em numeração romana) morreu por lhe ter sido negado O2 no Hospital público, esquecendo-se de acrescentar que o facto ocorreu numa clínica privada. Igualmente privada de oxigénio, presuma-se. Como é possível imputar a culpa da morte aos profissionais do SM? Pode ter morrido de tudo, até de um solavanco no percurso. Já há muito que conhecemos a hipocrisia instrumental sem limites do PAIGC, desde que mataram Cabral e Titina para os transformar em mártires...


A covidssária "exige" um inquérito? Não se nega a sua oportunidade, começando pela autópsia apurando a causa da morte bem como a patologia na origem do óbito. Mas ó Magda, exige a quem? A que título e com que autoridade? Quem está a desafiar, ao aderir a esta miserável campanha, abusando do posto que ocupa e da tragédia ocorrida? 


Quanto à contagiante sociopatia que tomou conta do mundo, parece legítimo questionar se vão obrigar as pessoas já vacinadas a usar as atrofiantes máscaras (para fins não carnavalescos) uma vez que supostamente já não podem contaminar ninguém nem ser contaminadas... mas para que não digam que 7ze só denuncia os males sem avançar soluções, sugere-se a utilização, em alternativa à máscara, de uma estrela verde (discriminação positiva apenas, qualquer semelhança com factos históricos verídicos é pura ilusão). Outra questão é se vão obrigar as pessoas recuperadas (logo, mais que imunizadas) a tomar a vacina 2019, já desactualizada... só se for para efeito placebo anti-paranóia.


Mas voltando à patológica covidssária que, sabe-se lá como e com muito esforço, conseguiu forjar uma curva ascendente no seu querido gráfico semanal, para legitimar as suas hiperbólicas frustrações. Obviamente que era um resultado mais que previsível, diria mesmo esperado, à força de generalização dos testes, que comprou desnecessariamente sem prestar contas a ninguém. Mas será que a senhora tem conhecimento de que, nos países infestados de Covid, um terço dos resultados que acusam a gripe 2019 (agora já temos obviamente a 2020, sob designações fantasiosas), são falsos positivos? 


Demissão já, com extinção do cargo e reversão do dinheiro roubado a favor do Ministério da Saúde, que deveria ser entregue a um profissional consciente e inconformado como Jorge Herbert...


PS caro leitor, se fosse possível, banias a banalidade do "activista" Miguel de Barros das redes sociais? Defender o direito ao oxigénio? estará a pensar fazer greve à respiração, para reivindicar os seus inalienáveis direitos?

quinta-feira, 28 de janeiro de 2021

Depois do voto, o veto

O Ministro das Finanças vem defender a promulgação do OGE "sem alterações"? E o monte de erros que o infestam? E a estupidez constitutiva que enferma? E o amadorismo total que traduz? Nem uma simples errata? 

Nem para merceeiro presta, o miserável pedante metido a governante. Vejamos algumas das "pérolas" com que adorna a sua fachada de mediocridade e incompetência, postas em letra de imprensa, para vergonha do país...

Por incrível que possa parecer, mal se abre o OGE, logo no 1° artigo, ficamos entusiasmados com uma suposta inexistência formal de défice, uma vez que para o senhor Ministro receitas e "despesas" são exactamente iguais.

Contudo, somos desenganados logo no artigo seguinte, que começa "Para a cobertura do déficit orçamental...". Em que ficamos? Déficit que é exactamente de 50 mil milhões de francos, nem mais nem menos um franco!

Para além de gostar muito de números redondos, indiciando uma abordagem invertida do objecto, adora repetir-se: o artigo 3° nada acrescenta em relação ao que diz o 1°, à excepção do erro de concordância de género.

Continuando com o mesmo erro ortográfico do artigo anterior, o artigo 4°, no seu ponto 2, repete precisamente a mesma coisa que o final do artigo 2°. Está fora de questão descascar toda a cebola, por só aparecer cebola...

Nem nos vamos pronunciar sobre a fúria de alucinada imposição fiscal com que pretende impressionar o FMI, atingindo o paroxismo com o "imposto de democracia" para "financiamento do processo democrático". 

Mas é a partir desse artigo 14° que a porca torce o rabo. Armado em legislador, o artigo 15° desdobra-se, em vez de alíneas ou números, em 16 artigos. Ao 16° artigo segue-se pois "logicamente" o 16° artigo.

Essa infalível lógica da batata repete-se, ainda mais espantosamente, no artigo seguinte, que apresenta igualmente 16 artigos, dentro do 16° artigo. E no artigo seguinte, o 17°. O 18° desfaz o nó recorrendo a letras.

Atenção que as letras não se trata de alínea, o critério das alíneas é em minúscula e como subdivisão da numeração. No 18° pretende taxar-se a COMERCIALização de caju como contribuição predial (18°A) e industrial (18°B).

Não restam dúvidas que o problema é bem mais grave que simplesmente de organização... se o ridículo pagasse imposto, o contribuinte Fadia cobriria o défice sozinho, com uma tributação adequada à gravidade do caso.

Mas o pior do 18° estava por vir. No A e no B, estava só a inventar. Já no 18°C, ousa alterar a redacção de um diploma legislativo de 1961, referente à contribuição predial rústica, a qual desconhece que coisa seja.

Julga o senhor Ministro, no seu idiota chapa-chapa, que pode substituir "prédio" por "indivíduo" sem que venha mal ao mundo: "Estão sujeitos à contribuição predial rústica todos os indivíduos..." um verdadeiro rústico, em resumo.

Esse famigerado 18°C enferma ainda do vício de dupla tributação, já que, entre outros bens exportáveis, impõe uma taxa por quilo à castanha de caju, já tributada precisamente como contribuição predial no 18°A.

A opacidade do artigo 21° é verdadeiro gato escondido com o rabo de fora, a merecer  pedido de esclarecimento dos deputados. Mas o OGE não foi discutido sequer na generalidade... Retrocessão de empréstimos? 

Por falar em esclarecimentos, o senhor Ministro deveria igualmente explicar os 290 milhões concedidos a título de isenção alfandegária a investimentos privados, tal como o fez publicamente para a importação de arroz e açúcar...

O FMI tem de explicar ao senhor Ministro para que serve a coluna de controlo. Por aqui se pode ver a preocupação com a integridade das contas. Em vez de 322 000 estão 322, não deu por nada, mas bate tudo certo na mesma. Amen.

Não vou esticar mais o texto descorticando o documento, para não abusar da paciência dos poucos leitores deste blog, mas terei todo o gosto em enviar, a pedido do interessado, o atestado de incompetência completo.

Depois do voto cego, impõe-se um veto sério.

quarta-feira, 27 de janeiro de 2021

Fadia enfastia


“A nossa economia continua a ressentir-se fortemente dos efeitos da pandemia” (em declarações à LUSA).

Os únicos efeitos negativos na economia são induzidos pela mediocridade do Ministro das Finanças e das medidas restritivas que já toda a gente percebeu serem desajustadas. Mas qual pandemia? Talvez aquela que lhe dá jeito para encobrir a incompetência e pedir mais dinheiro emprestado... incluindo os mil milhões de francos CFA para oferecer à Covidssária desnecessária, com carta branca auto-atribuída e dispensando concursos públicos. Depois de uma passagem de ano com as discotecas a bombar, a encenação que acabou com o Carnaval foi demasiado oportuna: simplesmente grotesca, até incluiu meia dúzia de mortos disfarçados de COVID e inventonas mal esgalhadas. Qual segunda vaga, qual carapuça. Um ultraje à pobreza dos guineenses, às mortes na maternidade, à falta de tudo e mais alguma coisa em matéria de saúde... e a vilanagem a fartar-se, hipotecando o futuro. 

Quanto ao abuso da força policial para implementação da segunda fase da farsa, durará tanto quanto durou a primeira. 

Guinea-Bissau = COVID FREE. 

sábado, 23 de janeiro de 2021

Florence par l'y, par là, patati, patata

A ministra francesa da defesa, Florence Parly, foi a Sciences Po (famosa faculdade de ciências políticas) fazer um discurso àcerca da continuação da presença francesa no Sahel. Julgará que, lá por repetir por várias vezes que "la France n'est pas engluée dans une guerre sans fin au Mali", tal barbaridade se transforma em verdade, por obra e graça do Espírito Santo? L' armée de Florence est embourbée et plutôt engouée par Joseph Goebbels.


Enquanto uma sondagem veio revelar que mais de metade dos franceses são já contra essa presença (contra 3 em 4 favoráveis no início da operação), a Ministra, questionada no Senado sobre a "bavure" do dia 3 do corrente no Mali (quand, envoutée par un mirage, son armée a bombardé un mariage, tuant des vieillards), a senhora descarta-se como o presidente (le petit minable Macron), tentando atirar as culpas para cima dos turcos e/ou russos... infelizmente para ela, a Human Rights Watch e os Médecins Sans Frontières confirmaram já a versão da associação fula que denunciou a situação, referindo mesmo várias tentativas de encobrimento.


Os métodos que os franceses por lá andam a ensinar às forças malianas também não parecem muito ortodoxos, para um país que se gaba de ter estado na origem dos Diteitos Humanos. Três presumidos terroristas, dos quatro que tinham sido presos no dia 13 deste mês numa localidade do Norte, morreram durante a sua transferência para a capital... terá sido Covid fulminante?

terça-feira, 19 de janeiro de 2021

Demagogia barata

O último comunicado à imprensa emanado do Secretariado do PAIGC é uma verdadeira jóia de demagogia, para além de um chorrilho de erros ortográficos.


Comecemos pela coerência, que é coisa que claramente não abunda, para aquelas bandas. Gaba-se esse partido, ao longo de vários parágrafos, de todas as suas realizações históricas a favor dos Combatentes da Liberdade da Pátria, chegando ao desavergonhado cúmulo de referir o "programa máximo" de Cabral, para além de outros encómios pacóvios como "40% de fundos alocados na mesa redonda de Paris" (dispensam-se comentários quanto ao palpite), "boas intenções traduzidas em programas e projetos concretos". Contudo, apesar de tudo o que dizem ter feito pelos Combatentes, como entender então a "situação de precaridade" em que logo depois, no mesmo documento, dizem que estes vivem, bem como "os reflexos negativos que a não aprovação" da sua proposta irá provocar na "vida e sobrevivência" dos ditos?

Desperdicemos então o nosso tempo, analisando ponto por ponto a referida proposta, "que visa a melhoria substancial da vida" dos Combatentes, apenas com o objectivo de evidenciar a estupidez e expor ao ridículo quem a elaborou, destacando ainda o seu carácter gratuito: não estando no Governo, podem perfeitamente armar-se em Pai Natal, com o dinheiro dos outros.

1) Selo a favor dos combatentes? Trata-se de um imposto de selo, ou é para mandarem cartas às namoradas? Infelizmente, os Correios não funcionam, neste momento...

2) Percentagens nas vendas de combustíveis? Mas as bombas por acaso são do Estado? A velha mentalidade da bandidagem pseudo-soviética (que aliás o actual Ministro das Finanças se esforça por decalcar). Nas compras de acções? Ah, sim, ok! Quais acções? Só se forem as do PAIGC, que não valem nem um peso e por atacado.

3) Consultas e medicamentos "grates"... será um galicismo? Gratés, ou seja, já raspasdos? Ficaríamos gratos que clarificassem...

4) Grande parte dos bandidos e parasitas que o PAIGC incorporou irregularmente ao longo do tempo no extenso rol de beneficiários chega a estar inscrito para 5 e 6 vezes mais que os 250 000 que demagogicamente defendem para enganar o povo...

5) As vítimas de guerra, por definição, morreram. Há ainda as vítimas pós guerra da maldade gratuita do PAIGC, mas essas são para esquecer, não é?

6) Atribuição de grau de invalidez? Em mais de quatro décadas não conseguiram que fosse "requisitado médicos" (sic)? E tem logo de ser mais que um? Isso é que é pensar em grande!

7) "Que seja construído casas (Edifícios)" (sic) ainda bem que explicam, para não se poder confundir com os buracos para enfiar os botões... não conseguir sistematicamente concordar nem o género nem a pessoa do verbo é demais...

8) Assistente para assistência em casa (esqueceram-se de clarificar que a casa é um edifício, trata-se de uma intolerável dualidade de critérios, em relação ao ponto anterior).

9) Criação de uma loja para "abastecer gerneros produtos". Ah. Não podem ir às lojas das restantes pessoas que vendem géneros normais, porque são especiais? Ou os gerneros devem ser-lhes também generosamente oferecidos?

10) Isenção de pagamento no táxi e toca-toca, os quais deverão suportar os custos da invalidez permanente do PAIGC para sempre e por amor à pátria. Poderão depois usar esses vales de amor para encher o depósito nos postos de combustível com autocolante "patriótico"

11) Ponto claramente desactualizado, a construção de rampas para facilidade de movimentação dos deficientes físicos. Os combatentes merecem cadeiras-de-hélice (drones) que permitirão não apenas evitar as rampas, como as inevitáveis crateras que abundam nas ruas de Bissau, tornando-se muito mais práticas.

12) "Retomado as actividades das antigas cooperativas (existentes nos anos anterior) e criação de novas". O melhor mesmo é esquecer as concordâncias... então mas as cooperativas tão generosa e alegremente criadas pelo PAIGC deixaram de existir? Decerto foram encerradas pelos golpistas, invejosos com o seu estrondoso sucesso...

13) e 14) Coitadinhos dos órfãos. Devem ser muitos, devido à grande e conhecida virilidade dos Combatentes, apesar de já um pouco entradotes de idade. Quer com isto simplesmente o PAIGC convencer o povo que o estatuto é hereditário.

15) "Aos viuvas", idem, mas atenção, só até novo casamento.

16) "Aos acendentes" @queles que acenderam a vocação nos ditos, e que os miseráveis colonialistas tratam vulgarmente por ascendentes. Se os combatentes já são velhotes, a longevidade dos pais merece entrar para o Guiness dos recordes...

17) "Que seja reposta e aumentado (sic) a pensão dos combatentes, dirigentes (do PAIGC, presuma-se) e funcionários do Estado". Fugiu-lhes a boca para a verdade: o rol de pseudo-combatentes, muitos com casa do Estado e indicados para receber mais de um milhão por mês, mais não é que uma farsa, relativa a pagamento de favores políticos à máfia do PAIGC, podendo encontrar-se entre eles alguns com pouco mais de 40 anos. 

A verdade é que, devido ao bom trabalho que está a ser feito ao nível da Secretaria de Estado dos Antigos Combatentes, o único cargo govermantal entregue a um Partido sem representação parlamentar, no sentido de limpar a lista e moralizar a indecência parasitária de um estatuto claramente obsoleto, cujo lugar deve ser reservado à história, o PAIGC tenta usar a sua velha cartilha da manipulação e desinformação, com a conivência do usurpador mor da ANP, Cipriano Cassamá. 

O incompetente do Ministro das Finanças, que até inventou um estapafúrdio "imposto sobre a democracia", entre outras barbaridades constantes do OGE, poderia encher o cofre lançando um imposto sobre a estupidez, que faria bastante mais sentido. Só este comunicado resultaria em toda uma base tributária.

Para terminar, note-se que o Secretário que assina, não o faz em concordância com o cabeçalho. Nem assina sequer "Pelos". Assina literalmente "Os Combatentes", apesar de toda a conversa fiada em que critica "algumas franjas políticas por continuarem a olhar para os Combatentes como uma herança e património do PAIGC".

Alta Covidssária

Depois de uma longa depressão de dez semanas, afastada da ribalta e afectada por pesadelos de um "inexplicável" desaparecimento do seu comissionado, a Covidssária retoma a passerelle para anunciar com pompa e circunstância a extirpação do Carnaval, juntando-se assim aos esforços continuados, há mais de oito séculos, das autoridades civis e religiosas, para acabar com essa pouca vergonha subversiva de origem popular. Curiosamente, a Magoada apresenta-se mascarada para Robá-lo.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2021

Sapa balofa

A medíocre entrevistadora da RTP África seria despedida de qualquer estação de rádio, ao fim de 2 minutos de emissão: uma em cada 2 palavras é "ã", o que é inteiramente anti-profissional, como começa por aprender todo estudante de comunicação social. Para além do áudio, a televisão, ao expor a foleira adiposidade à vista de toda a gente, torna o resultado num desastre, um verdadeiro martírio para olhos e ouvidos. Mas o mais grave, contudo, não são esses "pormenores" simplesmente sensoriais, mas sim o autêntico atentado à inteligência, consubstanciado pela linha editorial completamente facciosa, no tocante à Guiné-Bissau.

terça-feira, 5 de janeiro de 2021

Colectivo muito singular

 O "colectivo" de advogados do PAIGC bate no ceguinho do PGR com referência académica aos "meus alunos"...

sexta-feira, 18 de dezembro de 2020

Incompetência e amadorismo resultam em descrédito


"Por outro lado"? Qual lado? O Gabinete do Ministério Público apresenta como simples rotina, depois das visitas às regiões, um mandato de captura internacional contra um deputado, mesmo que absentista, gozando de imunidade? Ao contrário da vaidade da visita ao interior, isso é notícia e pelas piores razões. Definitivamente, os nandos não se amanham com a Justiça.

Depois de outro processo ter resultado em auto-confinamento do investigado, segundo o próprio, eis que o tosco PGR dos anúncios extemporâneos visa o cidadão expatriado Domingos com um mandato de captura internacional, medida que parece inteiramente desproporcional, ou seja, o mesmo que caçar pulgas com um canhão ou elefantes com uma fisga. Sobretudo sendo pública e manifesta a intenção do visado em regressar ao país, bastaria esperar tranquilamente pela sua chegada em vez de promover gratuitamente o escândalo. Não se contesta que o visado tenha muitos crimes pelos quais responder, mas isso deve ser promovido no lugar próprio e não na praça pública. Estes anúncios inconclusivos parecem esgotar toda a energia do PGR, que prima pela inconclusividade dos esforços regularmente anunciados. Se pelo menos fizesse o trabalho de casa, podia mostrar serviço e já não seria só conversa fiada.

sexta-feira, 11 de dezembro de 2020

Primovivo

Há o último mato e o primeiro vivo. O tom deste artigo é o do segundo, por a guerra não interessar a ninguém.

Após breve acalmia, a agência LUSA parece estar novamente a descarrilar para terrenos movediços, os quais é deontologicamente tida de cuidadosamente evitar. Para evitar que caiam em algum mau passo, solicita-se a interrupção tempestiva da tendência esboçada. Em alternativa, ganham o primeiro prémio das agências noticiosas, consistindo num triturador dedicado, já não limitado à Guiné-Bissau, como até agora, mas à escala global. Para bom entendedor, meia palavra basta.

Já agora, aproveito para assumir a autoria deste blog.

PS Esta mensagem vai autodestruir-se no prazo de três meses, excepto em caso de recidiva.

terça-feira, 1 de dezembro de 2020

Ataque simultâneo a bases francesas

3 Bases da força Barkhane no Mali foram ontem atacadas ao mesmo tempo, em Gao, Kidal e Menaka. 

Le message semble clair et les français seraient dien bien fous de ne pas la comprendre.

Usurpador vitalício

Em mais uma intervenção infeliz para juntar ao longo currículo de barbaridades anti-constitucionais e regimentais, Cassamá puxa dos galões afirmando que a revisão constitucional "cabe apenas e só ao parlamento". Alguém pode lembrar o ponto dois do artigo dois da Constituição ao usurpador-mor? Que se reduza ao lugar que acessoriamente lhe cabe, como pseudo-representante eleito pelos representantes eleitos pelo povo, o qual se mantém obviamente soberano.

segunda-feira, 30 de novembro de 2020

Não há corona vírus na Guiné-Bissau

Trata-se de um facto confirmado por um bloguista identificado.

sexta-feira, 27 de novembro de 2020

Solidariedade sub-regional

 Uma vassourada burkinabê no pântano guineense.

quinta-feira, 26 de novembro de 2020

Testamento africanista

"The time has come, and I want to take this opportunity to speak to France. How long have we been working on this currency? And it is at the moment when we are close to the outcome that France undertakes to force the hand (twisting the neck) of the French-speaking countries to steal the name we have chosen for the ECOWAS currency and to set up a fixed parity (the Euro).

French-speaking Africa listen to me. Wake up. You cannot keep drinking breast milk, you have teeth; become independent and stop this low-level behavior.

Alassane Dramane Ouattara, you must stop it. You have no right to sabotage all West Africa and take over the ECO. You are being disrespectful. If France disrespects you, do not drag ECOWAS into this mess. You are not allowed to do what you are doing. The ECO currency was designed by ECOWAS countries."

 Extracto das últimas palavras de Rawlings sobre o ECO.

terça-feira, 24 de novembro de 2020

Dapi ku Fadia

Quando um responsável político não tem nada para dizer, o melhor mesmo é não abrir a boca, para não entrarem moscas. Foi o que aconteceu com as declarações perfeitamente dispensáveis e a todos os títulos lamentáveis do Ministro das Finanças Fadia à LUSA sobre a nova moeda ECO. Mais não fez que patentear a sua mediocridade, bem como a imperiosa necessidade de ser rapidamente substituído no cargo. Vejamos as razões.

Em primeiro lugar, por uma questão de oportunidade. Não havia qualquer urgência, pois o tema tem mais de meio século e já toda a gente percebeu que não será propriamente para amanhã, como o próprio reconhece. Efectivamente, em vésperas de apresentar um desastroso Orçamento Geral do Estado para 2021, estas declarações despropositadas parecem mais uma diversão (mesmo atendendo à pesada herança do governo Aristides, que descreveu como "à beira do colapso"). Não diz absolutamente nada de relevante sobre o importante assunto da futura moeda única da CEDEAO, limitando-se a propagandear disfarçada e envergonhadamente a posição francesa, frisando as vantagens e esquecendo não só as desvantagens, como o contexto político. "Certos países decidiram politicamente adiantar-se". Por que não diz quais são, uma vez que não é segredo nenhum? A França e a Costa do Marfim encomendaram-lhe o serviço? Que pretende quando diz que "já estão acordadas entre a CEDEAO e a França, antiga potência colonizadora de oito dos 15 países que integram a comunidade"? apresentar a coisa como um facto consumado? A sua francofilia com o rabo de fora é tão descarada que trata a Guiné-Bissau como colónia francesa... Lembre-se que no fim do ano passado, Ouattara deslocou-se a Paris para anunciar pomposamente "o fim do franco CFA", naquilo que, de facto, era uma manobra de antecipação, destinada a sabotar os esforços dos países anglófonos, como denunciou a imprensa sub-regional mais esclarecida. Atendendo aos recentes desenvolvimentos, é hoje possível suspeitar ter sido essa a moeda de troca usada por Ouattara em Paris para assegurar a perpetuação no poder.

Em segundo lugar, está a comprometer a posição do país: então acha que "a Guiné-Bissau tem aproveitado as vantagens da integração" no CFA? Ah, sim? E será que poderá enumerar quais são? Os outros países construíram estradas, infraestruturas, aproveitaram a fundo o aumento da massa monetária, recorrendo a financiamento obrigacionista sub-regional. Onde estão as correspondentes obras na Guiné-Bissau? Isto quando durante mais de duas décadas de adesão, esta apresentou entradas de divisas per capita entre duas a três vezes maiores que a Costa do Marfim, considerada a menina dos olhos de Paris e a locomotiva da zona, como se pode consultar na base de dados do BCEAO, na conta de reservas depositada no Banco de França. Vejamos então: não só a Guiné foi quem mais dinheiro estrangeiro trouxe para alimentar o franco CFA, como também foi o país que menos aproveitou (mesmo que digam que por culpa dos seus políticos, da instabilidade crónica e desgovernação associada). Acabando-se o CFA, será preciso ressarcir a Guiné-Bissau, ou estudar em que medida pode ser compensada. Contudo, acautelar esses direitos não ocorreu à mediocridade do Ministro. 

Em terceiro lugar, o senhor Ministro, para além de pouco esperto, é hipócrita. Afirmar que a Guiné-Bissau "está a preparar-se para cumprir com os critérios impostos para fazer parte do ECO", destacando a taxa de 10% fixada para a inflacção (forçosamente cumprida por fazer parte dos 8 países da actual UMOA, tal como aliás reconhece afirmando que a Guiné cumpre largamente, nunca tendo tido mais de 3%) a qual foi fixada para facilitar a convergência dos anglófonos, é puro engano. Decerto esqueceu-se que a proposta de orçamento que apresentou em finais de Julho (que não passou despercebida neste blog) e apresentou na ANP no último dia de Agosto, considerava um défice de cerca de 39%, ou seja 13 vezes superior ao permitido (o que lhe valeu a ira e a desautorização do FMI, bem como uma inevitável revisão em baixa). Esqueceu-se igualmente de outro critério de convergência, que fixa 70% como máximo para o peso da divída pública em relação ao PIB, também já largamente ultrapassado e em vias de descarrilar definitivamente segundo se percebe pelas suas palavras. Em suma, sem qualquer mérito especial, cumpre um único critério, por inerência da pertença à UMOA e quer-nos convencer do contrário.

Em quarto lugar, o senhor Ministro, para além de inoportuno, alienado e incoerente, é um trapalhão. Em vez de um discurso sóbrio e objectivo, abusa de uma suposta "linguagem técnica" que, pelos vistos, pura e simplesmente não domina, metendo sistematicamente os pés pelas mãos. Que dizer quando classifica como "dívidas a curto prazo" as garantias de compensação financeira da União Europeia em relação às pescas, para dar apenas um exemplo? O que pretende com esse discurso atabalhoado? Confundir as pessoas? É tal e qual como ter uma página oficial que, apesar de uma fachada garantindo "a transparência na Gestão Orçamental", todos os links dão erro, incluindo o do Orçamento (já para não falar que a designação mef.gw não corresponde à actual, ainda incluindo "economia").

Atestada a absoluta incompetência do ministro, sem prejuízo da responsabilidade incumbente a Aristides Gomes (que o senhor ministro das finanças, apesar de denunciar vagamente, se revela incapaz de aprofundar, ou de dar troco às réplicas do PAIGC lavando as mãos), resta encontrar um/a substituto/a à altura da tarefa, que saiba bater-se pela defesa dos interesses do país, pois a Guiné-Bissau tem todas as condições (e interesse) em participar activa e soberanamente na definição das estratégias monetárias. Note-se que, há 23 anos, a França tinha todo o interesse em cooptar um país para o lado francófono da união, perfazendo dessa forma a maioria de oito. Assim, apesar de ser um pequeno país, pode fazer alterar com o seu voto as decisões a tomar pela CEDEAO, o que lhe pode atribuir um papel decisivo no lançamento do ECO, ao lado da Nigéria.

Dapi Jomav ku fadi Fadia!