segunda-feira, 15 de fevereiro de 2021
Portugal universalista e multiracial
sábado, 13 de fevereiro de 2021
Apanha bonés
Tal como no futebol, em que o emprego, mas não profissão (uma vez que regra geral não é remunerado), de apanha bolas é desempenhado por jovens que se sentem suficientemente retribuídos pela simples proximidade com os seus ídolos e pelo bilhete de primeira linha, também nas touradas, quando o povo aprecia por demais o espectáculo atirando muitas boinas e bonés para a arena, o toureiro assim agraciado não pode devolver a totalidade, precisando de um ajudante para acudir à glória em demasia.
Castigo injusto
Deve entender-se que a ala sul do MFDC, de César qui perd ses bases atoute vitesse, está a pagar por culpa dos intelectuais francófilos, que, de Paris e sem conhecimento de causa, fizeram uma avaliação errada da situação política em Bissau, apostando desnecessariamente todos os ovos no cesto de DSP, que parecia ter tudo pelo seu lado, a começar pelo SG da ONU. Perdidas as bases, resta a propaganda, ou, em alternativa, fazer um esforço sério de incorporação nas fileiras da ala norte de Salif, onde se respira um ar mais sadio. De qualquer forma, não deixa de ser historicamente um pouco ingrato, para não dizer um erro estratégico, o castigo aplicado.
sexta-feira, 12 de fevereiro de 2021
terça-feira, 9 de fevereiro de 2021
Epidemia de estupidez
Depois da chegada às Bijagós da palete de testes, a Covidssária, à falta de desgraça epidemiológica, veio ontem anunciar com pompa e circunstância o primeiro "caso" positivo naquela região. Obviamente que, neste caso, não se trata propriamente de "caso", mas simplesmente de resultado do teste. Os verdadeiros casos dispensam o adjectivo "positivo", sendo aliás ocorrências muito negativas.
Trata-se, isso sim, de um verdadeiro caso de psico-patologia clínica, o da pseudo-médica com especialização recente em propaganda alarmista, que faz tábua rasa da simples deontologia profissional, confundindo voluntária e premeditadamente a nuvem com Juno, atirando para as ortigas o juramento num pico de hipocrisia.
O que mais choca é o tom de festa com que apresenta o falso positivo que conseguiu desencantar nas ilhas. E, pelos vistos, a dita conseguiu contaminar os/as jornalistas com a estupidez que espirra por todos os poros, a ponto de até o Jornal O Democrata papar acriticamente a verborréia, sem uma epifania de questionamento...
sábado, 6 de fevereiro de 2021
Prioridades
Com todo o respeito devido ao senhor Presidente da Guiné-Bissau, assinala-se que há outras prioridades bem mais importantes na securização do Palácio, do que aquela que envolve a Ordem dos Advogados. Em primeiro lugar, a desocupação da Associação de Comerciantes, por um Partido que já deu sinal de propensão para a actuação terrorista. Logo em seguida, tal como muito bem assinalou a segurança do Rei de Marrocos, deve dinamitar-se o Hotel homónimo da Praça do Império, pois nenhuma construção deve apresentar "sobrado" superior ao da Presidência, ou seja, passar do primeiro piso, respeitando a volumetria do Plano Director associado e a elementar arquitectura paisagística do kau mais icónico da República. Igual destino deve ser dado à construção nova, cujos ferros apontados para o céu dão a entender que, se não for interrompida, continuará não só a ofender a segurança presidencial como a ferir a sensibilidade estética do comum dos mortais. Isto se o Excelentíssimo está realmente interessado em governar bem e deixar marca. É que com a multiplicação de conselheiros, arrisca-se a ficar cada vez mais confundido, em vez de bem aconselhado...
quarta-feira, 3 de fevereiro de 2021
Homenagem póstuma
Lembro-me bem da alegria que deu origem a este artigo. O Leopoldo acabava merecidamente de ser nomeado para dirigir o INEP: foi a minha maneira de lhe dar os parabéns. Acabei por entregar a obra prometida uns tempos mais tarde, em mão e in loco, onde fui amavelmente recebido com um pequeno lanche em minha honra, acompanhado de um pedido de desculpas pela escassez do orçamento da casa.
Citando-me: "meu muito amado irmão Leopoldo", até sempre!
Demasiado novo para morrer
Mais um "combatente da liberdade da pátria" que partiu. Os sentimentos à família enlutada.
NB Tinha 15 anos quando o PAIGC tomou Bissau.
segunda-feira, 1 de fevereiro de 2021
Inadmissível!
Enquanto em Bissau os auto-proclamados activistas encenam revoltas populares com pretextos fúteis e publicitam manifestantes mártires com ligeiras escoriações enrolados num autêntico desperdício de gaze, o exército senegalês bombardeava território guineense, matando hoje uma criança, ao acertar com um óbus num campo de futebol, na tabanca de Nhalom.
Ó dois ou dóis
A covidssária, para além de desnecessária, lembrou-se agora de aderir ao pseudo-activismo demagogo a soldo de um PAIGC tão ressabiado, que não sabe mais para onde se virar. Numa história muito mal contada, inventaram que o jovem do 1201 (em numeração romana) morreu por lhe ter sido negado O2 no Hospital público, esquecendo-se de acrescentar que o facto ocorreu numa clínica privada. Igualmente privada de oxigénio, presuma-se. Como é possível imputar a culpa da morte aos profissionais do SM? Pode ter morrido de tudo, até de um solavanco no percurso. Já há muito que conhecemos a hipocrisia instrumental sem limites do PAIGC, desde que mataram Cabral e Titina para os transformar em mártires...
A covidssária "exige" um inquérito? Não se nega a sua oportunidade, começando pela autópsia apurando a causa da morte bem como a patologia na origem do óbito. Mas ó Magda, exige a quem? A que título e com que autoridade? Quem está a desafiar, ao aderir a esta miserável campanha, abusando do posto que ocupa e da tragédia ocorrida?
Quanto à contagiante sociopatia que tomou conta do mundo, parece legítimo questionar se vão obrigar as pessoas já vacinadas a usar as atrofiantes máscaras (para fins não carnavalescos) uma vez que supostamente já não podem contaminar ninguém nem ser contaminadas... mas para que não digam que 7ze só denuncia os males sem avançar soluções, sugere-se a utilização, em alternativa à máscara, de uma estrela verde (discriminação positiva apenas, qualquer semelhança com factos históricos verídicos é pura ilusão). Outra questão é se vão obrigar as pessoas recuperadas (logo, mais que imunizadas) a tomar a vacina 2019, já desactualizada... só se for para efeito placebo anti-paranóia.
Mas voltando à patológica covidssária que, sabe-se lá como e com muito esforço, conseguiu forjar uma curva ascendente no seu querido gráfico semanal, para legitimar as suas hiperbólicas frustrações. Obviamente que era um resultado mais que previsível, diria mesmo esperado, à força de generalização dos testes, que comprou desnecessariamente sem prestar contas a ninguém. Mas será que a senhora tem conhecimento de que, nos países infestados de Covid, um terço dos resultados que acusam a gripe 2019 (agora já temos obviamente a 2020, sob designações fantasiosas), são falsos positivos?
Demissão já, com extinção do cargo e reversão do dinheiro roubado a favor do Ministério da Saúde, que deveria ser entregue a um profissional consciente e inconformado como Jorge Herbert...
PS caro leitor, se fosse possível, banias a banalidade do "activista" Miguel de Barros das redes sociais? Defender o direito ao oxigénio? estará a pensar fazer greve à respiração, para reivindicar os seus inalienáveis direitos?
quinta-feira, 28 de janeiro de 2021
Depois do voto, o veto
O Ministro das Finanças vem defender a promulgação do OGE "sem alterações"? E o monte de erros que o infestam? E a estupidez constitutiva que enferma? E o amadorismo total que traduz? Nem uma simples errata?
Nem para merceeiro presta, o miserável pedante metido a governante. Vejamos algumas das "pérolas" com que adorna a sua fachada de mediocridade e incompetência, postas em letra de imprensa, para vergonha do país...
Por incrível que possa parecer, mal se abre o OGE, logo no 1° artigo, ficamos entusiasmados com uma suposta inexistência formal de défice, uma vez que para o senhor Ministro receitas e "despesas" são exactamente iguais.
Contudo, somos desenganados logo no artigo seguinte, que começa "Para a cobertura do déficit orçamental...". Em que ficamos? Déficit que é exactamente de 50 mil milhões de francos, nem mais nem menos um franco!
Para além de gostar muito de números redondos, indiciando uma abordagem invertida do objecto, adora repetir-se: o artigo 3° nada acrescenta em relação ao que diz o 1°, à excepção do erro de concordância de género.
Continuando com o mesmo erro ortográfico do artigo anterior, o artigo 4°, no seu ponto 2, repete precisamente a mesma coisa que o final do artigo 2°. Está fora de questão descascar toda a cebola, por só aparecer cebola...
Nem nos vamos pronunciar sobre a fúria de alucinada imposição fiscal com que pretende impressionar o FMI, atingindo o paroxismo com o "imposto de democracia" para "financiamento do processo democrático".
Mas é a partir desse artigo 14° que a porca torce o rabo. Armado em legislador, o artigo 15° desdobra-se, em vez de alíneas ou números, em 16 artigos. Ao 16° artigo segue-se pois "logicamente" o 16° artigo.
Essa infalível lógica da batata repete-se, ainda mais espantosamente, no artigo seguinte, que apresenta igualmente 16 artigos, dentro do 16° artigo. E no artigo seguinte, o 17°. O 18° desfaz o nó recorrendo a letras.
Atenção que as letras não se trata de alínea, o critério das alíneas é em minúscula e como subdivisão da numeração. No 18° pretende taxar-se a COMERCIALização de caju como contribuição predial (18°A) e industrial (18°B).
Não restam dúvidas que o problema é bem mais grave que simplesmente de organização... se o ridículo pagasse imposto, o contribuinte Fadia cobriria o défice sozinho, com uma tributação adequada à gravidade do caso.
Mas o pior do 18° estava por vir. No A e no B, estava só a inventar. Já no 18°C, ousa alterar a redacção de um diploma legislativo de 1961, referente à contribuição predial rústica, a qual desconhece que coisa seja.
Julga o senhor Ministro, no seu idiota chapa-chapa, que pode substituir "prédio" por "indivíduo" sem que venha mal ao mundo: "Estão sujeitos à contribuição predial rústica todos os indivíduos..." um verdadeiro rústico, em resumo.
Esse famigerado 18°C enferma ainda do vício de dupla tributação, já que, entre outros bens exportáveis, impõe uma taxa por quilo à castanha de caju, já tributada precisamente como contribuição predial no 18°A.
A opacidade do artigo 21° é verdadeiro gato escondido com o rabo de fora, a merecer pedido de esclarecimento dos deputados. Mas o OGE não foi discutido sequer na generalidade... Retrocessão de empréstimos?
Por falar em esclarecimentos, o senhor Ministro deveria igualmente explicar os 290 milhões concedidos a título de isenção alfandegária a investimentos privados, tal como o fez publicamente para a importação de arroz e açúcar...
O FMI tem de explicar ao senhor Ministro para que serve a coluna de controlo. Por aqui se pode ver a preocupação com a integridade das contas. Em vez de 322 000 estão 322, não deu por nada, mas bate tudo certo na mesma. Amen.
Não vou esticar mais o texto descorticando o documento, para não abusar da paciência dos poucos leitores deste blog, mas terei todo o gosto em enviar, a pedido do interessado, o atestado de incompetência completo.
Depois do voto cego, impõe-se um veto sério.
quarta-feira, 27 de janeiro de 2021
Fadia enfastia
“A nossa economia continua a ressentir-se fortemente dos efeitos da pandemia” (em declarações à LUSA).
Quanto ao abuso da força policial para implementação da segunda fase da farsa, durará tanto quanto durou a primeira.
sábado, 23 de janeiro de 2021
Florence par l'y, par là, patati, patata
A ministra francesa da defesa, Florence Parly, foi a Sciences Po (famosa faculdade de ciências políticas) fazer um discurso àcerca da continuação da presença francesa no Sahel. Julgará que, lá por repetir por várias vezes que "la France n'est pas engluée dans une guerre sans fin au Mali", tal barbaridade se transforma em verdade, por obra e graça do Espírito Santo? L' armée de Florence est embourbée et plutôt engouée par Joseph Goebbels.
Enquanto uma sondagem veio revelar que mais de metade dos franceses são já contra essa presença (contra 3 em 4 favoráveis no início da operação), a Ministra, questionada no Senado sobre a "bavure" do dia 3 do corrente no Mali (quand, envoutée par un mirage, son armée a bombardé un mariage, tuant des vieillards), a senhora descarta-se como o presidente (le petit minable Macron), tentando atirar as culpas para cima dos turcos e/ou russos... infelizmente para ela, a Human Rights Watch e os Médecins Sans Frontières confirmaram já a versão da associação fula que denunciou a situação, referindo mesmo várias tentativas de encobrimento.
Os métodos que os franceses por lá andam a ensinar às forças malianas também não parecem muito ortodoxos, para um país que se gaba de ter estado na origem dos Diteitos Humanos. Três presumidos terroristas, dos quatro que tinham sido presos no dia 13 deste mês numa localidade do Norte, morreram durante a sua transferência para a capital... terá sido Covid fulminante?
terça-feira, 19 de janeiro de 2021
Demagogia barata
O último comunicado à imprensa emanado do Secretariado do PAIGC é uma verdadeira jóia de demagogia, para além de um chorrilho de erros ortográficos.
Alta Covidssária
Depois de uma longa depressão de dez semanas, afastada da ribalta e afectada por pesadelos de um "inexplicável" desaparecimento do seu comissionado, a Covidssária retoma a passerelle para anunciar com pompa e circunstância a extirpação do Carnaval, juntando-se assim aos esforços continuados, há mais de oito séculos, das autoridades civis e religiosas, para acabar com essa pouca vergonha subversiva de origem popular. Curiosamente, a Magoada apresenta-se mascarada para Robá-lo.
segunda-feira, 18 de janeiro de 2021
Sapa balofa
A medíocre entrevistadora da RTP África seria despedida de qualquer estação de rádio, ao fim de 2 minutos de emissão: uma em cada 2 palavras é "ã", o que é inteiramente anti-profissional, como começa por aprender todo estudante de comunicação social. Para além do áudio, a televisão, ao expor a foleira adiposidade à vista de toda a gente, torna o resultado num desastre, um verdadeiro martírio para olhos e ouvidos. Mas o mais grave, contudo, não são esses "pormenores" simplesmente sensoriais, mas sim o autêntico atentado à inteligência, consubstanciado pela linha editorial completamente facciosa, no tocante à Guiné-Bissau.
terça-feira, 5 de janeiro de 2021
Colectivo muito singular
O "colectivo" de advogados do PAIGC bate no ceguinho do PGR com referência académica aos "meus alunos"...
sexta-feira, 18 de dezembro de 2020
Incompetência e amadorismo resultam em descrédito
"Por outro lado"? Qual lado? O Gabinete do Ministério Público apresenta como simples rotina, depois das visitas às regiões, um mandato de captura internacional contra um deputado, mesmo que absentista, gozando de imunidade? Ao contrário da vaidade da visita ao interior, isso é notícia e pelas piores razões. Definitivamente, os nandos não se amanham com a Justiça.
Depois de outro processo ter resultado em auto-confinamento do investigado, segundo o próprio, eis que o tosco PGR dos anúncios extemporâneos visa o cidadão expatriado Domingos com um mandato de captura internacional, medida que parece inteiramente desproporcional, ou seja, o mesmo que caçar pulgas com um canhão ou elefantes com uma fisga. Sobretudo sendo pública e manifesta a intenção do visado em regressar ao país, bastaria esperar tranquilamente pela sua chegada em vez de promover gratuitamente o escândalo. Não se contesta que o visado tenha muitos crimes pelos quais responder, mas isso deve ser promovido no lugar próprio e não na praça pública. Estes anúncios inconclusivos parecem esgotar toda a energia do PGR, que prima pela inconclusividade dos esforços regularmente anunciados. Se pelo menos fizesse o trabalho de casa, podia mostrar serviço e já não seria só conversa fiada.
sexta-feira, 11 de dezembro de 2020
Primovivo
Há o último mato e o primeiro vivo. O tom deste artigo é o do segundo, por a guerra não interessar a ninguém.
Após breve acalmia, a agência LUSA parece estar novamente a descarrilar para terrenos movediços, os quais é deontologicamente tida de cuidadosamente evitar. Para evitar que caiam em algum mau passo, solicita-se a interrupção tempestiva da tendência esboçada. Em alternativa, ganham o primeiro prémio das agências noticiosas, consistindo num triturador dedicado, já não limitado à Guiné-Bissau, como até agora, mas à escala global. Para bom entendedor, meia palavra basta.
Já agora, aproveito para assumir a autoria deste blog.
PS Esta mensagem vai autodestruir-se no prazo de três meses, excepto em caso de recidiva.
terça-feira, 1 de dezembro de 2020
Ataque simultâneo a bases francesas
3 Bases da força Barkhane no Mali foram ontem atacadas ao mesmo tempo, em Gao, Kidal e Menaka.
Le message semble clair et les français seraient dien bien fous de ne pas la comprendre.
Usurpador vitalício
Em mais uma intervenção infeliz para juntar ao longo currículo de barbaridades anti-constitucionais e regimentais, Cassamá puxa dos galões afirmando que a revisão constitucional "cabe apenas e só ao parlamento". Alguém pode lembrar o ponto dois do artigo dois da Constituição ao usurpador-mor? Que se reduza ao lugar que acessoriamente lhe cabe, como pseudo-representante eleito pelos representantes eleitos pelo povo, o qual se mantém obviamente soberano.
segunda-feira, 30 de novembro de 2020
sexta-feira, 27 de novembro de 2020
quinta-feira, 26 de novembro de 2020
Testamento africanista
"The time has come, and I want to take this opportunity to speak to France. How long have we been working on this currency? And it is at the moment when we are close to the outcome that France undertakes to force the hand (twisting the neck) of the French-speaking countries to steal the name we have chosen for the ECOWAS currency and to set up a fixed parity (the Euro).
French-speaking Africa listen to me. Wake up. You cannot keep drinking breast milk, you have teeth; become independent and stop this low-level behavior.
Alassane Dramane Ouattara, you must stop it. You have no right to sabotage all West Africa and take over the ECO. You are being disrespectful. If France disrespects you, do not drag ECOWAS into this mess. You are not allowed to do what you are doing. The ECO currency was designed by ECOWAS countries."
Extracto das últimas palavras de Rawlings sobre o ECO.