O que está em jogo? Para o PAIGC e o PRS, no mínimo, a manutenção da soma dos deputados das duas formações políticas, conferindo à eventual coligação tácita que se desenha dois terços soberanos. Uma meia vitória, apenas, caso se revele maioria simples. Um quarto de vitória com 51 assentos. Uma derrota absoluta, se a soma se ficar pelas cinco dezenas ou menos.
Se Domingos e Geraldo tivessem inteligência histórica do Partido, lembrariam com humildade como o Partido sobreviveu, à sombra de Fadul, entregando o poder ao PRS. É óbvio que a distribuição assimétrica de 47 contra 21 nos 68 lugares favorece os penetras, sapo fora fussidur. O ideal para maximizar o resultado Hondt seria 34 versus 34. Deviam entregar meia Bissau.
Ao próprio militante de boa fé, na sua autenticidade, faz sentido ponderar de que lado está a inteligência do partido, para, sem deixar de se considerar bom filho do pai, votar útil como verdadeiro protesto, votar em Florentino Mendes Pereira, sabendo que pode ser uma ponte para o diálogo e a estabilidade possível, no momento que se vive, em atenção às presidenciais.
Lembre-se quando Jean-Marie Le Pen surpreendeu numa primeira volta das presidenciais, ainda a FN e a extrema-direita estava bem abaixo dos dois dígitos: a quatro em cada dez franceses não repugnou um impactante voto de protesto, cálice amargo mas purgante, tanto que depois, na segunda volta, assustados com o próprio acto, o reconduziram à sua verdadeira dimensão.
PS Rien ne va plus!
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