O bom patriota israelita já percebeu a insustentabilidade do chão que pisa. Há que reconhecer que a experiência de radicação foi um fracasso. Chegámos a este ponto, com a nação entregue à radicalização. Israel é um pau que nasceu torto (as Nações Unidas defendiam a descolonização, a qual na Ásia foi quase automática), precisamente quando era derrubada a árvore do império inglês na Índia (incluindo o Paquistão ocidental e oriental). Se para nós, povos cultos, ainda poderíamos perdoar tal devaneio à luz da história grega, que nos ofereceu também a democracia, não podemos permitir que a Nação vire genocida e terrorista, para além, claro, de colocar em quarentena um país já por si inviável. O bom cidadão israelita, vende enquanto pode os seus bens e imigra (não, não é erro, neste caso) para a Diáspora. O bom erudito israelita não é ingrato, lembra como Ali inspirou a tolerância nos territórios que conquistou com a espada que o seu Profeta lhe oferecera. O bom adepto, fiel aos ensinamentos, não aceita tornar-se cúmplice de ofensas a'O Senhor. Israel é etéreo, a suposta ameaça existencial deve ser antes vista como uma oportunidade, para resgatar o bom nome da Nação, expiando os pecados cometidos e poupando à diáspora, que é o seu coração, a maldição das outras nações e o mesmo tipo de ódio, do qual outrora fomos vítimas. Pau que nasce torto, jamais se indireita. Foi um belo sonho. Mas não funcionou. A única alternativa de sobrevivência seria um golpe de Estado pacifista, com anúncio imediato de desnuclearização total do país. A opção não é fácil. Mas Deus é Grande!
sexta-feira, 20 de junho de 2025
quinta-feira, 19 de junho de 2025
Filiação identitária
Como descendente de judeus por via materna, venho prevenir os meus queridos compatriotas localizados, exilados e alheados da diáspora, para os riscos que enfrentam, nas mãos do manipulador Bibi, que não só fez vista grossa (como alguns pensam) como incentivou os acontecimentos trágicos que conduziram a esta situação, numa instrumentalização claramente confessada e assumida quando dizem que o ataque ao Irão estava em preparação há mais de dois anos. A memória de Rabin clama pelo sangue de Bibi (desculpa, Isaac).
PS Quando era jovem fui até Berlim fumar umas ganzas e arrancar um bocado ao muro que ainda tenho, com restos de grafiti (estava na moda e além disso, adorava Nina Hagen). Sugiro pois aos meus irmãos de sangue que, em jeito de lamentação, britem o muro, repartam o pó de pedra, e cada um vá tratar da sua vidinha, com tal cimento para enfrentar com confiança novos desafios, horizontes e latitudes, dando prova de resiliência da raça.
Ataque simbólico
Mesmo estando por confirmar a extensão dos danos físicos, obviamente que se trata de um ataque simbólico, pois hoje as bolsas são virtuais. Acrescente-se que nos meios financeiros (globais) hebraicos, logo a seguir ao primeiro ataque, foi passada a ideia de que estaria na hora de investir em start-ups israelitas. Ou seja: aos titulares de capital substancial, que desinvestissem um pouco por todo o mundo, contribuindo, com a incerteza, para a queda dos mercados, demarcando e elevando assim, a contra-corrente, o índice local. Claro que, utilizando os instrumentos certos e especulando a táctica, poderiam ter provocado uma enorme crise financeira mundial, mas não vão dar tiros no pé: em questões de dinheiro, não são nada extremistas, pelo contrário, são inatamente muito prudentes.
quarta-feira, 18 de junho de 2025
Parabéns a Le Bourget
Não havia como não interditar fakes militaristas como o Iron Beam no Salão!
Forward to the past
O embaixador de Portugal em Bissau envergonha a diplomacia portuguesa. Se não tem nada na cabeça, pelo menos que mantenha a prostituta da boca fechada para minimizar os danos. Então está "determinado em mudar a história vivida no passado" que qualifica de negra? Claro que sim, está-se mesmo a ver o bajulador-mor a aterrar na sala do Presidente do Conselho e dar um estalo a Salazar! Vai-te encher de moscas, ó monte de esterco.
Obrigação moral
Roma, que excomungou Afonso Henriques por questões de alcova (ofendendo Maria Madalena) e seus descendentes por múltiplas vezes, incluindo a excomunhão de todo o Reino de Portugal, impedindo a celebração de missas pelo clero no país (excepto nas Colegiadas de Santa Maria de Santarém, Guimarães e Coimbra, bem como nas terras do Convento de Tomar, que usufruíam do estatuto de nulius diocesis), tem a obrigação de aplicar a mesma bitola, perante este tipo de desafio à ordem cósmica.
A espada de Ali
Ali desembainhou a dual faca recebida do Profeta.
Les jeux sont faits. Podem começar as autênticas hostilidades.
terça-feira, 17 de junho de 2025
O eixo satânico
Não seria de estranhar que se recorresse ao arsenal contra-terrorista: o herdeiro de Khomeni, Khameni, baseado no precedente pouco convencional de Fatuá do seu predecessor, dispõe de legitimidade para ungir de Indulgência plenária potenciais executores dos escritores deste terrível guião: sempre é menos letal que aquilo que estes preparam. No mínimo, uma maldição poeticamente inspirada.
Pensamento binário
O paranóico-esquizofrénico Bibi (em Portugal também tivemos um como tal tristemente famoso alcunhado), para defender a sua tesão hiroshimática de solução final, argumenta com o efeito redoma. Ou seja, as altas montanhas que rodeiam Teerão, abafariam a explosão nuclear, como almofadas sobre o fogo. Obviamente que este raciocínio (para além de tão irresponsável quanto a dialéctica e condenável como o maniqueísmo) é básico e binário. Tem o domo para a defesa complementando-a com a redoma para abafar o ataque. Simplista demais!
Resiliência persauasiva
Face aos sinais de esgotamento do arsenal defensivo, sob as múltiplas vagas de ataque, Israel resvala para o arsenal ofensivo. Não escapa a ninguém que a escalada configura uma fuga para a frente, à beira do abismo.
Com a devida vénia
À falta de aval formal para a publicação na íntegra, propago pequeno extracto ideologicamente orientado, bem com link directo (à direita ligação ao blog) para os artigos de Sua Eminência o Embaixador Francisco Seixas da Costa, a título de documento histórico quanto ao posicionamento da diplomacia portuguesa e respectivo papel no conflito israelo-árabe, o qual se viria a radicalizar após o assassinato de Rabin. Poderia ter tomado a publicação do comentário como um nihil obstat, mas, como bom integralista lusitano, respeito a integridade e a diferença. Por estas e por outras, a nossa homenagem ao autor.
O êxodo de Paris visto pela diplomacia portuguesa
Transcrevo um excerto do livro de Helena Pinto Janeiro, correspondente às páginas 18 e 19.
O capitão-tenente da Armada, Armando Humberto da Gama Ochôa, chefia a missão diplomática portuguesa em França há mais de uma década quando, a 14 de Julho de 1940, os alemães invadem Paris. Uns dias antes da invasão alemã, acompanhando o governo francês e o restante corpo diplomático dos países não-beligerantes na retirada da capital ameaçada de ocupação, deixara a Legação de Portugal em Paris entregue ao seu funcionário mais categorizado, José de Bívar Brandeiro. Este primeiro secretário encontra-se há poucos meses em Paris, embora não seja propriamente um novato na carreira diplomática, que já vai longa. A sua especialidade são as questões económicas. À acuidade da sua análise da Paris ocupada não será estranha essa visão económica, embora nunca economicista: boa parte do seu retrato da ocupação é um retrato de pessoas. É o que acontece com o relato do êxodo populacional, a que assiste de Paris.
Na expectativa da invasão da capital francesa pelos alemães, dá-se a desorganização da administração pública e o pânico generalizado da população, que foge em massa. Para Bívar Brandeiro as responsabilidades cabem aos chefes da administração (que abandonaram os seus postos), aos meios de comunicação social (que propagaram o alarme) e ao governo (que teria agido na desorganização mais completa). "Criou-se assim uma atmosfera de terror que facilitou a propagação de boatos alarmantes. Três milhões de pessoas de Paris e dos arredores precipitaram-se nas estradas, arrastando tudo o que podiam levar e deixando abandonadas as suas casas e as suas terras".
"O pânico foi de tal ordem que em Paris chegaram a ficar prédios de muitos andares com as portas abertas, pois os ocupantes nem sequer julgaram necessário fechá-las. Nos campos próximos, os camponeses abandonaram os rebanhos e os animais domésticos, a maior parte dos quais morreram de fome ou tiveram de ser abatidos pela polícia e pelos soldados alemães".
"(...) Aqui viu-se a fuga, por vezes dramática, duma população que ninguém orientava e à qual ninguém dava assistência. As autoridades não pensavam nisso, os particulares muito menos. As ruas e as praças eram atravessadas continuamente pelos que julgavam encontrar, fugindo, a salvação. E estes, se algumas vezes se faziam transportar em bons automóveis (poucos eram, pois os ricos há muito tempo tinham partido), na maioria eram pessoas pobres e até miseráveis, que caminhavam a pé, transportando os seus magros haveres".
Deste quadro de debandada geral, Bívar Brandeiro exceptua apenas os serviços de telefones, electricidade, gaz, água, limpeza e bombeiros, que continuaram a ser assegurados, para além do clero, que também não abandonou os seus fiéis. E prossegue o seu relato: "Vi muitas famílias humildes em que as mulheres arrastavam os filhos pequenos, que mal podiam andar, enquanto os homens vergavam ao peso de enormes volumes em que guardavam os seus mais preciosos bens". Faz de repórter: "Perguntei a alguns para onde iam. Muitos não sabiam. Tinham-lhes dito que a cidade seria saqueada, os homens obrigados a trabalhar a golpes de chicote e as mulheres entregues à soldadesca. Fugiam sem norte. Muitos foram, mais tarde, apanhados pelo fogo cruzado dos dois exércitos em luta. E ao lado das estradas do sul, as sepulturas abertas ao acaso mostram até que ponto pode conduzir o medo de milhões de pessoas".*
Este retrato do êxodo visto de Paris é completado pelo relato da viagem do ministro de Portugal em França com o corpo diplomático e o governo francês até à sua instalação em Bordéus e, por fim, em Vichy: "Não me é possível descrever o que foi esta viagem de Paris para Bordeaux, as contrariedades, acidentes e os desagradáveis imprevistos que nos sucederam. Durante centenas de quilómetros as estradas achavam-se repletas de refugiados (uns com destino, outros sem ele), que se dirigiam lentamente para o sul entre filas cerradas de carros de todas as qualidades e tamanhos. De tempos a tempos, um carro em 'panne', outro sem gasolina ou avariado pelo exagerado peso da carga, vinha impedir a lenta marcha daquele triste cortejo. A certa altura, os carros impedidos de andar eram tantos que os seus ocupantes formavam nas estradas uma longa coluna de mulheres, velhos e crianças que, tomados de pânico, continuavam a pé a marcha para o que supunham ser a sua salvação, embora sujeitos a cada momento ao bombardeamento, por aviões inimigos, o que sucedeu várias vezes. Calcula-se em cinco milhões o número de pessoas que, de toda a parte norte da França, se dirigiu, entre 10 e 15 de Julho, pelas estradas em direcção ao sul, e em dez milhões o número total de refugiados de todas as classes e nacionalidades que, do norte da França, se refugiou na parte sul e sudeste. Esses números podem a V. Exa. uma ideia do que foi a debandada durante aqueles trágicos dias".**
* AHMNE, José de Bívar Brandeiro, Paris e a Invasão Alemã. Relatório do Primeiro Secretário de Legação, Paris, 18-08-1940, anexo ao ofício n.º 264 da LPF, de 1 de Setembro de 1940.
** AHMNE, Armando Humberto da Gama Ochôa, Ofício n.º 264 da LPF, Relatório do Ministro de Portugal em França, Vichy, 1 de Setembro de 1940.
PARA ONDE IRÃO?
Os habitantes de Teerão?
PS Bombardear uma capital com uma arma atómica supostamente para impedir um país de aceder a energia limpa? Os netos de Nagazaki que ficaram por nascer choram em coro... Se o criminoso de guerra ousar avançar com o plano, a escalada constituirá, por si só, uma confissão de derrota. Estão a ficar sem munições? Foi mais rápido do que este blog previu durante a primeira vaga, há quatro dias atrás... Trump é um terrorista, ao instilar o terror na população. O pânico provocará muitos mais mortos que a própria bomba. Está na hora de Putin fazer um telefonema no Iphone vermelho.
Graves síntomas de stress planetário
O stress tende a retroalimentar-se. A sensação de tensão, de "fight or flight" (take it or leave it), de intransigência e de intolerância, estão a crescer de forma geométrica, em conexão com o risco socio-ambiental à escala mundial.
"Se a TV iugoslava é um alvo militar, as TVs e jornais ocidentais também podem ser. Esse tipo de ataque pode colocar em risco jornalistas que estão em Belgrado", disse o correspondente de um jornal europeu que não quer ser identificado, mas que resume a opinião de vários jornalistas estrangeiros que estão em Belgrado.
segunda-feira, 16 de junho de 2025
sexta-feira, 13 de junho de 2025
Economia de guerra
Ao contrário das análises que cantam a vitória de Israel, de facto, aquilo que estamos a assistir é a uma clara vitória iraniana. De um primeiro teste (que nada tem de retaliação ainda, obviamente) supostamente com cem Shahed, terão passado quatro, segundo a CNN, podendo ver-se apartamentos em chamas em Telavive.
quarta-feira, 4 de junho de 2025
Tabaski de 2008
Partilhei a festa do Tabaski em Jemberém, no ano de 2008. No primeiro dia estava a tomar banho na piscina. A festa acabaria dia 12 de Dezembro, uma sexta-feira. No ano seguinte a festa começaria também à sexta.
terça-feira, 3 de junho de 2025
Decreto excepcional
Impondo-se minimizar os factores de risco para o bem estar colectivo, seria de bom tom decretar que da próxima sexta (6ta, 6 do 6) a uma semana, dia 13, passa a ser sábado, ficando os funcionários públicos dispensados do serviço, para não dar azar.
sexta-feira, 30 de maio de 2025
A direita no seu pior
A AD representa, tal como o PS, a mediocridade do sistema "democrático". O Chega é um inqualificável epifenómeno de imbecilidade, incompetência e ignorância, desmerecedor de uma direita nacional com referências sérias, sólidas e sustentáveis, como Fernando Pessoa, Rolão Preto ou Oliveira Salazar. Já dizia o democrata integral Fernando José que se o povo quiser ir para o inferno, é para lá mesmo que iremos. Depois será preciso tirá-lo de lá, quando começar a arder. Face à impossibilidade remanescente de bloco central, resta unir as pontas da ferradura, fechando o círculo, dispensando o centro e os indecisos, numa aliança de polos para novas soluções nacionais, sub-regionais e globais. Por uma direita capaz de erguer pontes em vez de muros, fiel à vocação universalista nacional, da qual o Professor Adriano Moreira foi o último digno representante.
domingo, 25 de maio de 2025
Descrédito do Vaticano
O Sérgio lavrou a acta de desautorização, colocando o falso papa no lugar.
A Sede continuará Vacante, animada pela pena do proto-Papa José.
A cada instituição, o seu purgatório. E o falso Papa, para o Inferno.
A contra-partida de Vance, a conversão dos EUA, não vale a alma.
A sucessão do pudim deveria ser equacionada enquanto está por cima >
O homólogo de Molotov daria uma boa saída e solução diplomática >
Salvação da União Europeia, pela adesão da Rússia, Ucrânia e Turquia >
Realinhamento geoestratégico num novo Pacto de Varsóvia anti-NATO.
PS pessoalmente à disposição do Reino da Dinamarca para a defesa da colónia.
terça-feira, 13 de maio de 2025
Josés
Grande respeito por José Battle, ex-presidente do Uruguai, de alcunha "Don Pepe". Hoje morreu um digno sucessor, curiosamente, José Pepe, de nome próprio. Os heróis, como Tomás Sankara, têm propensão a reencarnar, em momentos de desespero do seu povo, tal como Ibrahim. Os guineenses esperam que Cabral se levante do chão, tal como os portugueses esperam por Dom Sebastião. Mujica tinha mais coisas em comum com Salazar do que muitos possam pensar.
sexta-feira, 9 de maio de 2025
SS: "_a ver shi kaio ou shi kago"
Entre Chiclayo e Chicago, numa indigna submissão às masturbações pouco subtis da Inteligência Artificial de Trump, mais propriamente manifestações da Estupidez Natural da humanidade, com o aval do Semchave (falso conclave), traiu-se a directriz da deriva dos continentes e a única esperança de evitar a queda da Igreja. Depois do cagalhão do Sul, agora um cócó do Norte, mas a bosta que os unge é a mesma. Roma, num indigno upgrade ao poder global que idealmente representa, emigra para o Texas, como fez a sua congénere Paris no filme, para se aproximar da sede do poder material. Roma confirma o anátema do anagrama. César papa o papa gangster. Venceu o anti-amor, na traição ao Espírito Santo.