Para além da estrela preta na bandeira; o vermelho significa o sangue dos heróis caídos em combate pela independência - e também o dos mártires fuzilados, incluindo Cabral; o verde o tarrafe; ...
já o amarelo refere-se à flor nacional.
Para além da estrela preta na bandeira; o vermelho significa o sangue dos heróis caídos em combate pela independência - e também o dos mártires fuzilados, incluindo Cabral; o verde o tarrafe; ...
já o amarelo refere-se à flor nacional.
Mesmo que embrulhado num discurso hipócrita para estrangeiro ler, o Rei dá o exemplo, legalizando a produção de cânhamo, pretensa e exclusivamente para "fins médicos, farmacêuticos e industriais" (note-se que a aparente redundância do médico com farmacêutico esconde a relevante nuance de poder ser receitada para consumo por via "convencional") e apenas para proteger os honestos plantadores dos "traficantes de droga" (quando se conhece o peso do haxixe no PIB "informal" marroquino, cotejando os fosfatos...).
É que desta maravilhosa planta (com uma incrível fotosíntese) também se pode, com vantagem, fazer tapetes, t-shirts, papel... mesmo que alguns possam considerar tais fins como puro desperdício. Para além disso, a ciência provou que o THC tem virtudes, entre outros contra o Alzheimer. É um primeiro passo até à legalização definitiva: bastará, a quem lhe der vontade de fumar tranquilamente umas ganzas, sem se esconder, visitar o seu médico e pedir para este lhe passar uma receita dessa substância activa, ao natural ou prensada.
São dignas de registo as declarações do Capitão-Presidente: Abraão do Islão não desejou o cargo, foi escolhido pelos pares. Qual o currículo? Bravura em combate, precisamente aquilo que é preciso! Antes um capitão no terreno - humilde, conhecedor dos limites e bom avaliador das situações, como transparece das empáticas entrevistas que concedeu nas últimas 48h - que generais de aviário formados em Saint-Cyr ou sucedâneos parisienses, resfastelados nas poltronas em Ouaga...
Depois de uma fina análise da situação, o Quay d'Orsay teve o bom senso de largar o osso. O traidor Damiba, que desautorizou o poder judicial de transição, ao permitir que Blaise abandonasse o território nacional, foi autorizado a voar para Lomé depois de assinar a carta de demissão.
Só para mostrar a ridícula impotência das sanções e a reles palhaçada em que se tornou a CEDEAO, o novo padrão de golpe na África ocidental parece ser o dois em um: por vezes, mostra-se necessário aprofundar o espírito que esteve na origem da motivação para o golpe inicial.
O comunicado emitido é não apenas patético, ao estilo ONU, como impotente. Com três membros suspensos e outro a caminho, não têm sequer poder para fazer valer essas abusivas intromissões na esfera soberana nacional. E ainda bem. A CEDEAO morreu. Paz à sua alma.
Paris pretende colocar Ouagadougou a ferro e fogo? Ter-se-ão esquecido dos 4 a 5 mil "ressortissants"?
Dans une reédition de mauvaise qualité de Tintin au Congo, Paris semble s'imiscuer à Ouaga pour essayer de sauver la face dans la sous-région (et le franc CFA). Après avoir corrompu Damiba tout au long de huit mois, on dit l'avoir sauvé d'un assassinat (qui l'a condamné? l'objectif annoncé était sa démission, pas sa mort). Jusqu'où pense aller la France? Les manifestants populaires que l'on entendait dans la rue étaient clairs sur l'essence de la mouvance: anti-française. L'accusation de trahison se justifie donc envers le déchu et quiconque prendra son parti s'expose à être traité de même. Quelles que soyent les inventions de Macron et Ouattara en ces circonstances, c'est jeu perdu d'avance face au patriotisme des burkinabés et au fantôme de Sankara. Macron ferait mieux de partir à Niamey pour tenter d'enrayer le prochain coup sur sa figure, que tardera pas...
De tes ignobles chantages et minables trafics d'influence sur l'Union Européenne, au sujet de l'Afrique.
PS Tradução do título para português: "Estamos fartos de ti, ó chulo".
Não, não é o que estão a pensar.
Este é outro provérbio, se bem que igualmente cheio de razão...
"Mais depressa se apanha um homem com as calças para baixo, que uma mulher com as saias para cima."
PS Já agora, o hilariante marido da senhora Clinton foi alvo de processo de impedimento, não pela pouca vergonha na sala oral, ah, perdão, na sala oval, mas por ter mentido. Sim, que isso da traição não passava de assunto doméstico: que se entendessem, lá em casa... os juízes deram o benefício da dúvida, perante a alegação de que, na percepção do coxo, só haveria sexo com penetração.
Não deixa de ser um progresso, em termos de segurança rodoviária, no alcatrão nocturno de Bissau. Quanto ao "mistério", é fácil de desvendar: as referidas tshirts tinham custo negativo de 1500FCFA.
PS Quem tiver dúvidas sobre o conceito de "custo negativo" passe com cursor, na app da coluna à direita, referente ao Petróleo Bruto WTI, mudando em baixo de 1 m(ês) para 5 y(anos). Bons velhos tempos, esses de há pouco mais de dois anos atrás, em que ofereciam petróleo a quem o quisesse ir buscar e ainda pagavam. Uma possibilidade não prevista pela teoria económica...
Publicamos uma fábula de Esopo, à qual um francês conseguiu dar uma graça especial... tradução e metro livre.
Uma velha raposa, das mais astutas
grande apreciadora de galinhas
acabou presa numa armadilha.
Com muita sorte conseguiu escapar
mas não ilesa pois lá deixou a cauda.
Perdida a cauda pela boa causa
envergonhada, quis disso fazer moda
e um dia, no conselho das raposas
fez uma rábula contra esse peso inútil
vassoura arrastada pelos atalhos:
_Para que nos serve isso? Corte-se!
Se concordam, cada qual o faça,
parece que é a última moda em Paris.
Levantou-se uma conviva na assistência
sugerindo que se começasse por ela,
essas palavras levantaram confusão
e todas exigiram que voltasse costas.
A desrabada coitada teve de o fazer
para grande e geral gargalhada.
PS Vem isto a propósito das declarações de Macron em Bissau:
"... force est de constater que les choix faits par la junte malienne aujourd'hui et sa complicité de fait avec la milice Wagner sont particulièrement inefficaces pour lutter contre le terrorisme, ça n'est d'ailleurs plus leur objectif et c'est ce qui a présidé à notre choix de quitter le sol malien"
Vamos analisar a liberdade com que Macron utiliza o termo "escolha", por ser palavra repetida nesta construção:
1ª ocorrência
A Junta, no Mali, fez uma má escolha (apesar de ser no seu próprio país).
2ª ocorrência
A França saiu por escolha própria (apesar de expulsa e querer permanecer).
a poesia era o espaço
entre a inocência e o dia
uma espécie de alforria
redimindo à boca da sorte
o silêncio de mil noites
um vago sentimento
de consciência acordada
pelo gemido do vento
poesia real refundida
crua e nua sensual
poesia distorção da vida
a vítima dentro de nós
procura sempre o amor
na densidade dos processos
na empatia do sofrimento
nada mais relativo
nada mais magnético
que sofrimento dínamo
senhor do silêncio vivo
ardendo dentro do poeta
poesia sonho parasita
onde cada um pode
com os restos de si próprio
refundir a elegante ideia
de uma identidade interior
proposta de remetrificação em 5 quinas, por questões gráficas, apenas em minúsculas e sem pontuação
com base em Adão Cruz, in Tabanca Grande > link disponível à direita
Torna-se cada vez mais plausível a repetição de uma impossibilidade. Não me apetece expor o caso de Celestino V. Quem quiser que procure essa suposta excepção que "legitimaria" a "aposentação" do Papa na internet, logo constatará ser inválida. Depois de uma barbaridade, outra barbaridade. Usurpador, sim, pois nenhum outro nome pode ser dado a quem ousa adoptar o nome de Francisco, como novidade, depois de um 4x4 que, se não era Santo como João Paulo II, era bento. A Igreja nunca gostou de novidades. A multiplicação dos papas vivos é uma ofensa ao poder espiritual do detentor das chaves de São Pedro e um atentado ao dogma da sua infalibilidade. Para além disso, o pampo traiu a comunidade de vivos e mortos ao celebrar missas a solo, para ninguém, colaborando com a pseudo-peste COVID. Para todos os efeitos, deixou de ser Papa, se é que não pode passar a ser apodado de anti-papa e obreiro do Diabo. Talvez o braço de Deus o execute, antes de poder concretizar o seu infecto intento. O colégio cardinalício, apesar de banalizado, precisa de se reencontrar, deixar-se de politicamente correctos e ouvir o Espírito Santo, de outra forma será a própria continuidade de uma instituição brevemente bimilenar que estará em causa, arriscando-se a não chegar a sê-lo. Papas à dúzia, cada qual pintcha carreta do outro?
PS Na Igreja, quando os papas se tornavam incómodos, matavam-se discretamente. Até a suposta queda de uma parede chegou a ser usada... chegaram a matar-se antes de o ser, como aconteceu a João da Azambuja. Só um Cardeal imanentemente Santo, com profundo conhecimento da Igreja e das coisas mundanas, pode servir ao eterno assento, neste momento de desarranjo global.
NB A tradução do francês é da responsabilidade do autor deste blog.
PS O Mali vive hoje uma dinâmica própria. Nem os franceses nem certas facções apreciam. Até por isso, há que dar uma hipótese à nação. Para não falar que Paul Damiba está receoso pelo Burkina, também. Uma nova constituição, ex-novo, está na forja. Uma solução endógena vale por mil anos de ONU.
Uma ONU alienada e em decadência total, com Guterres obrigado a engolir mais um prato intragável, depois da história dos legionários franceses em Bangui. Em vez de se calar para minimizar os estragos, esperneia freneticamente, afectando escândalo. Então a organização é imune? A quê? Só se for à farsa COVID. Mas, pelos vistos, ao seu cretinismo iNATO, não. Não viu os sinais? Quando o povo maliano, em sintonia com as suas Forças Armadas, demitiu Keita, não reparou nos blindados da MINUSMA atirados para a valeta? Um dia antes dos factos invocados do dia 13, não recebeu uma chamada do Presidente maliano, chamando a atenção para a necessidade de ser respeitada a soberania nacional? Já não há qualquer dúvida de que Paris infiltrou a ONU para a prossecução dos seus inconfessos procedimentos golpistas, recorrendo às marionetes de serviço.
O onusiano agora declarado persona non grata está sediado em Paris. Consultando-se o seu perfil no twitter, na origem da polémica, pode ver-se um disclaimer, em cabeçalho, no qual assevera que os seus pontos de vista são pessoais. Então por que não se contenta com a sua foto e usa o logo da ONU? Nada há de pessoal nas suas publicações, que não esteja relacionado com o seu trabalho. As autoridades malianas deveriam igualmente consultar o seu perfil no linkedin, que é ainda pior... Acrescenta que os seus retweets não implicam forçosamente concordância. Mas, neste contexto e mesma semana, faz igualmente retweet de Guterres, no qual este afirma grosso modo que a desinformação pode matar (para bom entendedor... é fácil perceber quem eram os destinatários, pois muito bem, estes enfiaram o barrete), para além de dar tiros nos pés, partilhando neste contexto, apesar de já ter alguns meses, o documentário de Jean Crépu da ARTE, "Guerre au Mali, coulisses d'un engrenage", o qual aliás recomendo vivamente: ao minuto 50, a engrenagem ONU é claramente denunciada...
A promiscuidade da ONU com o "mandato" que se arrogam os franceses na zona, mal disfarçado pela inclusão de outros países (que aliás não param de desertar), tornou-se demasiado patente com o assassinato que decapitou a liderança tuareg (empoderando as facções jihadistas, o qual não mereceu uma simples nota de condenação ao seu Secretário-Geral), já para não falar dos erros da aviação francesa, como bombardear um casamento (só por os seus drones terem detectado uma concentração anormal de motas), ou os 3 prisioneiros (numa captura de 4), capturados incólumes, que morreram no caminho para Bamako, entre outros casos. Agora pode imaginar-se aquilo que Blaise Compaoré foi fazer a Ougadougou recentemente... numa visita que surpreendeu toda a gente, e de onde nunca devia ter saído, senão para o cemitério, cumprindo a ordem do tribunal; o corpo que o levassem depois de volta para Abidjan... Mas quem avisou Assimi Goita? Terá sido Paul Damiba?
Quanto aos factos: se bem que os mercenários de Abidjan tenham chegado desarmados num avião, este era logo seguido de outro avião carregado de armas; para além disso, cada qual apresentou individualmente uma versão diferente da sua missão. Muito suspeito. Qual rotação, como afirmou Olivier Salgado, qual carapuça. A ONU, em vez de solução, passou a fazer parte do problema, sujeitando-se a servir de cavalo de Tróia a Paris. São por isso patéticas, as declarações produzidas.
PS Já para Paris, a coisa não corre definitivamente de feição. Dois abortos, em tão curto espaço de tempo? É o descrédito total. Resta saber em que medida isto pode afectar a cotação do marfim... e o status quo na sub-região. Perante o desespero de Macron, Buhari já percebeu que os francófonos estão em convulsão e que não se sabe o que daqui pode sair, mais uma boa razão para entregar a presidência da CEDEAO, aliás igualmente completamente desacreditada, a terceiros.
Num estado em que histórica e assumidamente se comercia (evito usar "traficar" por julgar que o problema se resolve por si mesmo descriminalizando, como já defendi neste blog) cocaína a altos níveis de Estado, em que as "apreensões" são poeira atirada para os olhos dos menos atentos ou simplesmente "recicladas" (mesmo que colocadas a "salvo" nos cofres do Estado), onde nunca ninguém foi preso por esse negócio, como ficou provado no último e recente caso com cheiro a peixe (as provas, ou melhor, a mercadoria desapareceu uma vez mais, dificultando o trabalho dos juízes e facilitando o trabalho dos advogados - pois sem "arma" não há crime - dos espoliados, que mesmo assim não se livraram de umas "cócegas"), condenam-se hipocritamente polícias por fazerem segurança a palha tetrahidrocanabinol de baixo teor, má qualidade e baixíssimo valor.
PS Uma história já velha conta que se descobriu um "desembarque" involuntário porque apareceram crianças com problemas de estômago e "hiperactividade", foi-se a ver o que tinham em comum e notou-se que o problema tinha origem no pão. É que tinham encontrado uns sacos com pó branco na praia, que se presumiu ser farinha, procedendo-se em consequência. Claro que depois apareceram uns senhores muito simpáticos que benevolamente se ofereceram para trocar esse "lote" estragado e impróprio para panificação por farinha portuguesa da melhor qualidade (seria Branca de Neve?).
O comissariado engole dinheiro por via de um pandemónio provocado por uma pseudo-pandemia foi final, se bem que tardiamente, extinto. Eis, atipicamente, uma boa medida no campo da saúde (mental, pelo menos).
PAIGC junta-se à liga (ou liga-se à junta) sem convite formal. Resta saber se o MADEM é totalmente alheio à mouvance.
De forma a colmatar a omissão, decerto devida a lapso, do decreto presidencial,
A estupidez continua a grassar nas Necessidades. Então a expulsão dos diplomatas portugueses de Moscovo não se justifica? Não conhecem o conceito de reciprocidade?
A decisão só peca por tardia. Deveriam antes anotar a cortesia: de Portugal ter ficado para o fim, ao contrário de outros países, a qual aconteceu pouco tempo depois; e a desescalada, com Portugal a expulsar 10 e Moscovo só 5.
Há ocasiões em que o silêncio vale ouro.
PS por falar em incoerência, que dizer das ameaças dos EUA e da Austrália às ilhas Salomão (que consideram na sua esfera de influência estratégica e geopolítica), por este país ter assinado tratado de cooperação militar com a China? Estarão a tentar dar razão à invasão da Ucrânia?
(com a devida vénia ao senhor embaixador Francisco Seixas da Costa)
Canibalizada a fraudemia pela guerra na Ucrânia e depois de extinto o epifenómeno, há que fazer um esforço de avaliação e olhar para as estatísticas para tentar perceber o resultado da paranóia mediática com que intoxicaram as massas.