O Presidente Buhari da Nigéria, elogiado pelos seus esforços de operacionalização da Força Aérea do seu país, recebeu a visita da Ministra dos Negócios Estrangeiros da Guiné-Bissau, Suzi Barbosa, na presença do seu homólogo, Geoffrey Onyeama. Em agenda a próxima conferência de Chefes de Estado da CEDEAO. E/ou o envio para Conacri de Sissoko como mediador da crise guineense?
sexta-feira, 20 de novembro de 2020
quinta-feira, 19 de novembro de 2020
Dois pesos e duas medidas
Ouattara faz "esforços para reforçar a democracia"? Aquela que desrespeitou concorrendo às eleições em violação flagrante dos seus compromissos pessoais e do artigo 55 e 183 da Constituição que o impediam de concorrer a um terceiro mandato? Decerto a mesma que reivindica uma vitória eleitoral assente numa taxa de participação ridícula, na qual mesmo aqueles que poderiam ter querido votar não o puderam fazer em quase um quarto das mesas, violando o princípio da universalidade do voto, consagrado no artigo 2º da lei eleitoral?
Ouattara faz "esforços para reforçar os Direitos Humanos"? Foi decerto nesse âmbito que assassinou líderes da oposição, que invadiu ou cercou domicílios, privando de liberdade concorrentes "vencidos"? ou que alimenta milícias para invadirem mercados e provocarem os cidadãos, ou para aterrorizarem os oponentes com expedições punitivas em que se joga um macabro futebol, provocando milhares de refugiados, centenas de feridos e dezenas de mortos, numa abominável reminiscência das crises anteriores? Esforços? Só se for de ruandização.
Guterres nem se lembrou de enviar um/a representante intrusivo/a especialíssimo, como fez para Bissau, apesar de Chambas ser o representante especial para a África ocidental (o qual provou não ter qualquer credibilidade nem na Costa do Marfim nem na Guiné, onde foi humilhado com os seus cúmplices). Lembre-se que esse bando de criminosos já fôra corrido de Bissau como personae non gratae. É que, por norma, um/a representante especial do SG tem direitos de olheiro/a no país, e poderia incomodar o usurpador tido por intocável.
Guterres tem um orgasmo cada vez que vomita um pleonasmo. "Esforços para reforçar" é a mesma coisa que subir para cima ou lamber com a língua. O asqueroso verme só pode ter trocado as pontas e está a olhar a coisa pelo prisma do olho do cu, produzindo prova para vir a ser processado por omissão, em sede de TPI.
Pelos vistos, a "doutrina" invocada para agredir a Líbia: "responsabilidade para proteger", insculpe-se agora sob a forma da metáfora dos três macacos e três sentidos.
PS Ora precisamente, é essa hipocrisia que é condenada pelo grupo de monitorização das eleições africanas, o qual defende que os "graves distúrbios em curso na Costa do Marfim e Guiné podem ser em atribuídos em grande medida ao rotundo falhanço das instâncias sub-regionais em neutralizar acções inconstitucionais dos presidentes em exercício", acrescentando que a chave é "dizer a verdade", por isso apelando a uma intervenção da CEDEAO. Só faltou mesmo acrescentarem que quanto mais esta tardar a fazê-lo, maior será o esforço a empreender. O tempo é aritmético, mas a revolta é geométrica...
quarta-feira, 18 de novembro de 2020
Influência crescente
O presidente nigeriano acaba de ser considerado como uma das 25 pessoas mais influentes no sector do petróleo.
Buhari reforça capacidade militar
O presidente da Nigéria, recebido na Casa Branca, obteve garantias de Trump de entrega para breve da encomenda de helicópteros para as suas forças armadas. Trump afirma que a América, depois de décadas a pretender ser a polícia do mundo, abdica da segurança a favor dos actores locais, elogiando o esforço do seu homólogo africano.
Nesse contexto, Buhari apelou para uma efectiva colaboração entre os países da CEDEAO no âmbito militar. Por falar em helicópteros, a Guiné-Bissau tem grande especialista que pode dar formação; o país tem experiência de missões internacionais da ONU e já serviu de anfitrião à ECOMIB; estando decerto à disposição para aderir a essa política.
PS Para além do sector do caju, a Guiné-Bissau é conhecida pela grande qualidade dos seus combatentes.
terça-feira, 17 de novembro de 2020
Lettre ouverte à Macron
« Ce qui se joue en Côte d’Ivoire actuellement c’est l’avenir des populations africaines et européennes. Si OUATTARA réussi son coup expérimental d’une nouvelle forme de coup d’Etat, ce procédé sera immédiatement franchisé dans tous les pays de la sous région et même dans toute l’Afrique. »
Or, selon Jean-Yves Esso, c'est aussi l'avenir de Macron, une fois que les 35% d'afro-descendants qui forment son électorat ne se priveront pas de « sanctionner ce comportement irresponsable dans les urnes lors des très prochaines consultations électorales présidentielles françaises de 2022 ».
Faure déchu
« Si la France ne peut pas faire respecter la vérité des urnes et le respect des libertés fondamentales dans nos pays elle perd ce qui fait sa vocation universelle de pays des droits de l’homme et la substance de sa politique étrangère».
Agbéyomé, président démocratiquement élu du Togo, à la suite des vrais résultats de l’élection du 22 février dernier
Je suis Embaló
Emmanuel Boucar Faye, Capitaine au long Cours, Pilote / Port Autonome de Dakar, denuncia os vampiros que sugam o sangue da juventude africana.
Paris na mira
Aquela que se tornou numa autoridade em assuntos africanos teve o mérito de denunciar a farsa COVID desde o início. Como admiradora de Sankara, vive actualmente no Burkina Faso, e tem uma legitimidade especial nos seus posicionamentos.
PS A condenação de Paris vai assumir uma vertente comercial, visando os interesses económicos que a França em marcha (atrás) tanto se agarra. O feitiço virou-se contra o aprendiz de feiticeiro. Já não há engenharia que lhe possa valer...
Mesmos vícios, mesmos métodos
Tal como na Guiné Conacri, também na Costa do Marfim os comerciantes se queixam de infecção microbiana, enquanto se faz gazeta ao Parlamento do usurpador, uma vez que há deputados da oposição presos, apesar da imunidade parlamentar.
Mali na encruzilhada
Reconhecido na sociedade maliana como um homem íntegro, que apesar de militar de carreira, se apresenta fardado à africana, contando no currículo com duas demissões por motivos de consciência, o recém-empossado Presidente de transição Bah N'Daw está perante uma encruzilhada. Face ao desafio securitário, a fama do exército cresce, a vertente negocial progride e há quem recomende que escute o povo, assumindo na plenitude a soberania nacional e um espírito renovado de cooperação sub-regional, com destaque para a Guiné-Bissau, cujo Presidente foi o único homólogo a estar presente na sua cerimónia de investidura, o qual, na altura certa, evitou que a CEDEAO impusesse sanções ao novo regime militar. O Mali, como país interior, tal como o Burkina Faso, está dependente de uma racionalização da mobilidade e de um plano de desenvolvimento económico sustentado à escala sub-regional, com base na independência monetária, que só pode ser garantida pela evolução da UMOA para uma autêntica UEMOA, à imagem da moeda única europeia, e na redução da dependência em relação ao apoio francês, cada vez mais contestado, no seio da população, da diáspora e da classe castrense.
Lapa na chapa
Discurso de Issoufou, Presidente do Níger em exercício da CEDEAO, há cerca de 8 meses atrás, na abertura da cimeira de Chefes de Estado, em Abuja, sob o olhar atento e aprovador do Presidente Buhari: « Le temps des hommes qui s’autoproclament providentiels et donc irremplaçables, des hommes qui cherchent à s’incruster à vie au pouvoir, tire à sa fin. Cela se traduira par des alternances plus fréquentes et par une respiration démocratique qui consolident les institutions démocratiques dont nos peuples ont tant besoin. Cela nous permettra de faire l’économie des crises ». Esta foi uma cimeira decisiva, de verdadeira inflexão a vários títulos, como o reconhecimento do Presidente da Guiné-Bissau.
Já há dois anos, o General Buhari tivera oportunidade para tomar uma atitude, mas talvez os tempos não estivessem maduros e acabou por deixar o clube dos ditadores promover uma diversão, perseguindo a Guiné-Bissau. Está na altura de recuperar a liderança positiva da CEDEAO, enfrentando definitivamente o vil estilo novo de Paris. É a sua oportunidade para deixar marca.
La France non inscrite
Deputado expulso da bancada parlamentar França em marcha por não ter aprovado o programa de governo recomenda a Macron que reconheça Cellou: « Le silence actuel de la France c’est la pire des choses que la France puisse faire vis-à-vis de la Guinée et des Guinéens (...) Pour le moment la France ne montre pas sa capacité à s’adapter au nouveau continent africain parce que les choses ont vraiment changé. »
Lettre ouverte à Ouattara
« Mr Alassane, ne peux-tu pas sortir par la grande porte? A quoi sert-il de s’accrocher au pouvoir coûte que coûte en occasionnant la mort de tes compatriotes? La France ne t’aime pas et ne t’aimera jamais. Elle poursuit ses intérêts. Êtes-vous fiers de voir vos compatriotes mourir à cause de vous ? Avez-vous un coeur ? A cause de mon égo, mon désir, le sang humain sera versé? Loin de moi. Que Le Créateur n’ose. IL redemandera le sang innocent versé. IL n’y a rien qui est gratuit. Tout se paie ici-bas. »
domingo, 15 de novembro de 2020
Main tendue ou bras armé?
RFI entrevista o usurpador, mas com direito a contraditório, mostrando como os media franceses se começam a distanciar dos casos psicopáticos da Guiné e Costa do Marfim. No Togo e nos Camarões, cujas oposições há muito que são vítimas do mesmo esquema, agitam-se as forças patrióticas... A nova luta de libertação não se resume ao povo guineense, é a do povo marfinense, togolês, camaronês, é a de uma juventude esperançosa numa janela de oportunidade para o continente, sem os grilhões neo-colonialistas que o gangrenam e entravam a construção de uma autêntica identidade africana, nos antípodas da hipocrisia que se apossou da UA, cuja alma Alpha Condé vendeu, quando era presidente. Depois do primeiro passo, dado pelo povo burkinabê, chegou a hora da última e radical vassourada, em honra do verdadeiro líder, assassinado pelo deposto. Sankara ka muri!
Maquereau en cavale
Em fuga para a frente, Macron (que pode ser traduzido para português por cavala), presidente da França, parece decidido a encavá-la: ao tomar a decisão de colocar os interesses económicos como critério absoluto, acaba de felicitar Ouattara pela sua vitória de pirro, ou seja de assinar o decreto de extinção da FrançAfrique.
Não restam agora quaisquer dúvidas da existência de um pacto de facto, através do qual a França alienou ao usurpador os Direitos Humanos dos marfinenses, em troca da concessão do grande contrato de obras públicas que representa o Metro e Aeroporto de Abidjan, ao dobro do preço, em detrimento dos chineses.
Afinal, o feijão tem chouriço!
Cavado o fosso pela justa condição prévia de anulação do acto eleitoral da discórdia, o Presidente Bedié e o CNT têm à disposição todo o arsenal retórico utilizado pelo próprio Ouattara em semelhantes circunstâncias:
«Ne nous trompons pas. Pour nous, Laurent Gbagbo n’a pas été élu; c’est un président illégitime. Et à partir du moment où nous ne reconnaissons pas Laurent Gbagbo, nous ne reconnaissons aucune institution»
É só trocar os nomes. Ou de papéis, enviando Ouattara e a cavala (de preferência, já enlatada pela justiça francesa, tal como estão a entalar Sarkozy), para o TPI.
PS Isto não é uma cabala.
sábado, 14 de novembro de 2020
Visita presidencial
O Presidente Umaro Sissoko receberá amanhã em Bissau o seu homólogo maliano, Bah N'Daw. Em agenda a próxima Cimeira de Chefes de Estado da CEDEAO.
Option militaire ou félonie?
Macron não só descartou a mensagem clara do povo maliano ao demitir o Presidente transformado em marioneta como esqueceu rapidamente a hostilidade popular para com os soldados franceses, os quais passaram entretanto de aliados a ocupantes.
Paris dá agora crescentes e preocupantes sinais de radicalização em África, ao eliminar Bah ag Moussa, líder tuareg muito querido entre o seu povo. Este cidadão e militar maliano teria sido abatido numa operação francesa em território maliano, na sequência da mobilização de "importantes meios de informação".
Apesar de o Primeiro-Ministro, Moctar Ouane, ter defendido estrategicamente um diálogo inclusivo, sabendo que há uma luta em curso entre facções djihadistas, Paris apressou-se a suprimir um dos campos, desautorizando a soberania maliana, minimizando a via negocial e minando as possibilidades endógenas de pacificação.
A posição francesa, pela boca da Ministra da Defesa Florence Parly apresenta-se irredutível «On ne peut pas dialoguer avec les groupes djihadistes qui n’ont pas renoncé au combat terroriste». Não bastando já assumir que as decisões são tomadas em Paris, quando confrontada com a existência do Governo maliano e negociações em curso, a senhora declarou que «C’est de la responsabilité des autorités maliennes, pas la nôtre, mais il est important d’échanger».
Vejamos se percebemos bem o discurso: então as negociações promovidas pelo Governo maliano, no seu território, com os seus nacionais, não interessam para nada à responsabilidade francesa, focada em eliminar um dos actores, para mostrar potência. Muito bem, perfeitamente esclarecidos: a república tem capacidade para assassinar sem processo e sem remorsos em solo estrangeiro, quando bem lhe apetece.
Armam-se em americanos e depois admiram-se... Até Putin ter recuperado o respeito, os americanos armavam-se em polícias do mundo. Apesar de todos os inconvenientes, demonstrados à exaustão pelo 11 de Setembro, os franceses parecem ter enfiado o barrete de polícias de África.
De facto, o objectivo claro dos franceses é atrasar quaisquer negociações, não só pela eliminação em si, mas porque os restantes actores passarão a evitar a exposição. O momento escolhido é obviamente um sinal: la France en afrique s'accroche à son ultime illusion de grandeur.
Relacionando com os eventos da Costa do Marfim: na sequência de supostas informações do exército maliano dando conta de uma incursão djihadista, o exército marfinense deslocou importantes forças para uma cidade fronteiriça do norte do país, Tengrela.
Neste momento, em que a cotação do made in France está em baixa, trate-se de um pretexto ou de uma diversão, induzindo a uma cooperação dos militares franceses com o exército marfinense na repressão popular, ou a um reforço da presença de militares franceses na Costa do Marfim, seria passar um atestado de menoridade às independências africanas e desacreditar por completo a CEDEAO, pelo que se arrisca a cair mal no meio diplomático sub-regional.
sexta-feira, 13 de novembro de 2020
Provocações nos mercados
Assinaladas provocações recorrentes, por parte de agentes localmente desconhecidos que a pretexto de comemorarem a vitória de Alpha Condé invadem os mercados para lançar confusão e sinalizar opositores, a Câmara Municipal de N'zérékoré dá o exemplo, proscrevendo tais actos mafiosos comanditados pelo usurpador, com fundamento na paz social. A quem julga que engana? Pelos vistos, já nem ao aparelho...
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Kil ku muri ba dja dus biás
A 6 de Junho de 1998, quando pensava ainda poder abandonar o país para eliminar Ansumane, Nino proclamava na Chapa que até a sua camisa mandaria em Bissau. Herói ou psicopata?
Para além disso, de forma alguma pode haver mais suspeitos, para além do ante-declarado culpado e bode expiatório ideal. O valente general Tagma Nawai ordenou para as horas seguintes a qualquer coisa que lhe acontecesse, o fuzilamento do presidente. Ordens diligentemente cumpridas pelos seus subordinados.
quinta-feira, 12 de novembro de 2020
Diplomatas frustrados
No contexto da JA habitual estupidez como voz do dono, o diário oficial confessa que a diplomacia angolana anda frustrada com a gestão do dossier "Guiné-Bissau". Como burros que são, aldrabam a data da proclamação unilateral de 1973 para 1974, e aproveitam para chorar a MISSANG, num artigo sem qualquer conteúdo... alguém lembre aos senhores que não falavam assim, quando estavam todos borradinhos para evacuar as tartarugas, e lhes explique que devem a independência à Guiné-Bissau. E mais, que se estão muito felizes a comemorar os 45 aninhos da vossa independência, a Guiné-Bissau já lá vão dois meses que comemorou os 47, por isso respeitinho pelos mais velhos, suas reles cópias ranhosas. História muito, muito trágica é a do MPLA, que desde a independência passou metade do tempo em guerra, a outra metade a roubar, e que atira sistematicamente aos crocodilos os jovens mais habilitados para tomarem conta dos destinos do país. Era dessa "comemoração" que deviam falar, daquilo que se passou ontem em Luanda. Têm cá uma moral para andarem para aí a pregar boa governança... Será necessário clarificar o significado psicanalítico desse injustificado complexo de superioridade? Que raio de credibilidade pode ter o elefante basofo a fazer peito à pobre da formiguinha? E se a formiga é rabiga, lhe salta em cima e lhe fura a barriga?
O cu do saco à vista desarmada
UFDG emite comunicado denunciando a prisão de quadros do seu partido sob acusações fúteis e acusando a procuradoria de justiça de funcionar a duas velocidades, uma vez que ainda não deu entrada qualquer processo relacionado com as mortes em contexto pós-eleitoral. A justiça, caída inteiramente sob a alçada de Alpha Condé e cada vez mais desacreditada, coloca bem em evidência o beco sem saída, cul-de-sac em francês, no qual se enfiou o regime, sem contra-poderes para refrear a ganância de poder do ditador. O principal mérito do comunicado é contudo mostrar que Cellou continua vivo e, mais que isso, com a moral elevada: galvanizado mesmo, que é a chave do referido comunicado. Já a melhor tradução para francês de "ter o saco cheio" é ras-le-bol, consequência mediata do cul-de-sac.
Erro de cálculo
A China, que subjaz ao consórcio para a exploração do ferro guineense, deve acautelar como de duvidoso efeito ou cobrança, qualquer adiantamento ao usurpador Alpha Condé, por conta do elefante branco parido hoje.
Afinal, feijão tem toucinho!