Nova agressão, desta vez do Portal de Angola, e com uma grande profundidade «psicológica». Um colunista da secção de Economia, armado em estudioso, debita, em jeito de «análise» a já conhecida cartilha da campanha contra os portugueses, mas tão erudito que é, como historiador, não reparou que se enganou num século, na chegada dos portugueses à costa angolana: Diogo Cão estava ao serviço de Dom João II e do plano da descoberta do caminho marítimo para a Índia; este aprendiz de «cronista» não passaria no antigo exame da 4ª Classe. Sugere-se, para castigo: escrever cem vezes na sebenta «1482, século XV». Nem houve ninguém lá no pasquim para o corrigir; se quer falar sobre coisas que não sabe, primeiro confirme na internet...
E está enganado não só nos números, mas também no espírito. As primeiras relações com o Reino do Congo foram amistosas, com troca cordial de embaixadores, chegando Portugal a receber em Coimbra, na Universidade, filhos do Rei do Congo, com todo o respeito e dignidade devidos. Isto há mais de quinhentos anos. E essa história dos não sei quantos séculos de colonização é um mito. Já que se aventurou indevidamente no assunto, o Norberto Carlos que aproveite para aprender alguma coisa: não falando já da perda e posterior reconquista de Luanda aos holandeses (que por lá deixaram bem pior memória de «racismo» que os portugueses), e da fraca presença para além de Luanda, os portugueses só se começaram (muito vagamente) a interessar por África, depois de perdido o Brasil, no fim do primeiro quartel do século XIX: o Marquês de Sá da Bandeira (_Quando perdemos a Índia, virámo-nos para o Brasil; perdido o Brasil, resta-nos África) toma algumas providências administrativas... mas aquilo que viria a ser a «colonização» só ocorre após as resoluções da Conferência de Berlim de 1886, face ao requerimento dos alemães (fortes em economia mas pobrezinhos em «mundo») que ditaram a mudança do Direito Internacional vigente desde Tordesilhas, baseado no primado da «descoberta» (do primeiro a chegar), para passar a ser o da «ocupação de facto»... recomendo-lhe um bom livro sobre esse momento, onde poderá constatar que a imensa vastidão do hinterland estava tudo menos «colonizado»... De «Costa a Costa», descrevendo a faixa latitudinal ligando Angola a Moçambique, que os portugueses quiseram ingloriamente pintar de cor-de-rosa. Só no princípio do Século XX Portugal ocupa (ou «pacifica») esses territórios; a colonização propriamente dita viria nos anos subsequentes, portanto começou há bem menos de 100 anos e, estatisticamente, só começou a ganhar «corpo» no fim dos anos 40 (e já acabou há 40 anos).
Quando fala em racismo e revanchismo, que conota com ódio, não estará a ver a coisa ao contrário? Esquece-se de referir a psicologia patológica que o actual regime impôs aos portugueses imigrantes em Angola (muitos são mais do que simples imigrantes, numa relação afectiva sincera, confirmada pela própria naturalidade), uma humilhação vingativa que devia constar em Código apropriado, do «neo-escravo», por inversão. Talvez seja precisamente esse o problema: como aliás ficou patente no discurso do Presidente José Eduardo dos Santos perante a Assembleia, não hesitando em fazer chantagem não só com o dinheiro que, pelos vistos, passa pelas lavandarias em Portugal, mas também com esses 150 000 portugueses que, pelos vistos, considera «reféns». Parece pois importante não confundir esses portugueses com o regime de José Eduardo dos Santos.
O que é preciso reforçar, de forma construtiva (como defendeu Xanana Gusmão) é que há uma potencial relação, mutuamente vantajosa, que não convém «queimar» por dá cá aquela palha, como foi feito, pouco criteriosamente, há quatro décadas. Onde irão depois buscar essa «alavanca» do crescimento, como lhe chama o Norberto?
segunda-feira, 18 de novembro de 2013
Amor / Ódio
domingo, 17 de novembro de 2013
In memoriam
Apenas para lembrar o que aqui escrevemos no dia 1 de Junho do ano passado:
O campeão da democracia, José Eduardo dos Santos, distribui kwanzas sujos a esquadrões da morte para eliminarem a oposição mais incómoda: num veemente e sentido apelo lançado hoje por antigos militares que apenas queriam manifestar o seu desagrado com condições de vida desumanas e falta de apoio do governo angolano, numa manifestação que acabou impedida pelas autoridades; mas pior, dois dos dirigentes do movimento desapareceram. Um dos promotores do protesto, Tomás Artur Maria, dirigiu-se à imprensa assinalando os raptos, afirmando temer que os seus colegas estejam a ser torturados ou acabem por desaparecer sem rasto: "O povo já sabe que no domingo foi detido o Álvaro Kamulingue e desde então não há rasto dele. Na terça-feira, foi detido o dirigente máximo, Isaías Sebastião Kassule. Estamos à procura em toda a parte, fomos a todas as esquadras da polícia, mas os comandantes estão a negar toda a responsabilidade."
Erro crasso
Portugal sai sem dignidade de todo este processo de destituição do Presidente em Angola. Até Obama (baseado porventura em informações transmitidas pela «inteligência» portuguesa à NSA) evitou ir a Angola por lhe cheirar a esturro, considerando o regime «desgastado». Portugal, chantageado pelo ditador moribundo, agachou-se, em infame atitude de bajulação, numa espiral de degradação imparável, que começou com o tristemente famoso pedido de desculpas do imprestável Rui Machete (quando todos já duvidavam de que seria impossível fazer pior do que Paulo Portas, nas Necessidades, chega o senhor e arrebata a palma); foi ignóbil, o desfile de «desagravo» que se seguiu. Em vez de darem um exemplo de firmeza e de verdade, na defesa da soberania nacional, foi o que se viu... Prejudicaram gratuitamente a imagem de Portugal, que sujaram em defesa de um regime caduco, obsoleto e criminoso. Tudo isto com a colaboração activa do Presidente da República. Por isso não estranhem ver textos como o artigo de opinião de Raul Diniz publicado há pouco no Club K.
Sob o título de «abutre bajulador»:
«A partir do ano de 1979 a família Dos Santos transformou em pedacinhos apetecíveis toda nossa riqueza colocando-a a posteriori à disposição de irrequietas criaturas vampirescas (...) sobretudo o país produtor dos mais miseráveis “cromos” bajuladores, o perdido e miserável Portugal. Essa corja de odiosos aventureiros são os verdadeiros verdugos e promotores responsáveis da nossa desgraça actual, e continuarão a sê-lo futuramente se não colocarmos um ponto final imediato a essa desenfreada carniça.»
Ao Raul Diniz lembraria que a imensa maioria dos portugueses não se revê nas circunstâncias actuais do seu país, e muito menos nos seus «líderes» políticos; de certa forma, o problema dos portugueses é o mesmo que o dos angolanos: como se livrarem das suas «elites» dirigentes (que já demonstraram, à saciedade, a sua incompetência absoluta, sendo esta última «traição» à justiça e à verdade, porventura uma amostra flagrante disso mesmo). A actuação pouco digna das autoridades portuguesas, terá, infelizmente, um resultado precisamente contrário ao que esperavam obter; o que, de certa forma, é o «prémio» adequado para os bajuladores.
De qualquer forma, o despacho de arquivamento do Procurador Paulo Gonçalves está a provocar grande mal estar: a PGR decidiu levantar um processo disciplinar ao Procurador, pelas «considerações de natureza subjectiva» exaradas no documento, mas mantendo, hipocritamente, a sua decisão, «só susceptível de impugnação nos termos do Código de Processo Penal».... Que engraçada (a PGR). Ver notícia. (mais engraçado ainda: veja-se também a forma como o SOL tratou - ou melhor, adulterou - a mesma notícia, muito mais ao gosto de Eduardo dos Santos). Começo a desconfiar que o senhor Procurador reagiu à forma como terá sido «atropelado» e resolveu escarrapachar com tudo em letra de forma... Ofereceu-se como cordeiro expiatório. Só compreendido desta forma, faz algum sentido o referido despacho, o texto está literalmente «entulhado». Pois até o ex-PGR veio meter a colher na sopa (embora de modo confuso) em entrevista à SIC! Se foi esse o caso, desde já peço desculpa ao senhor Procurador Paulo Gonçalves, por lhe ter apontado a estupidez de actuação, na semana passada. A própria Procuradora Geral foi posta em causa pelo Sindicato dos Magistrados do Ministério Público, que condenou, em editorial, o processo disciplinar levantado a Paulo Gonçalves, considerando ter sido a própria Procuradora a ter introduzido a «pressão política» neste processo, em reunião realizada com o Procurador visado, em Janeiro.
PS Engraçado: um texto de Marcolino Moco, publicado no Bambaram di Padida, diz precisamente a mesma coisa.
Unanimidade pela Dissolução
«O melhor voto que o pessoal do PAIGC devia fazer é votar [seja lá como for, de cruz ou de braço no ar] para acabar de vez com esse partido que nos deixou na escuridão, sem água potável e sem desenvolvimento durante 40 anos. Votem todos os militantes para pôr o PAIGC no olho da RUA!!!!!!»
Bravo, Abubacar
Publicado no Progresso Nacional, ver link à direita
PS Recomenda-se aos militantes da FRELIMO e MPLA, devido aos laços históricos que unem os Partidos, que façam o mesmo.
Alerta Tsunami
Uma onda de «impeachments» ameaça varrer a CPLP: mais propriamente a África austral de língua portuguesa. A semana que se avizinha parece carregada de nuvens negras para o mono-partidarismo de Estado, personificado em líderes em perda radical de legitimidade.
Está na altura de pensar o amanhã. Em Moçambique, realce-se a corajosa atitude de um dirigente provincial do MDM, que, ao tomar conhecimento de sobre si pender uma ordem de detenção, se apresentou à polícia de livre iniciativa, sabendo da sua inocência em qualquer caso e das motivações políticas do gesto... depois de passar o dia na polícia, não ousaram mantê-lo preso. É um bom exemplo, como aquele que deu Nito Alves: matem-me, se quiserem, como fizeram aos outros dois activistas, mas não mandam na minha consciência.
Seria dar confiança a mais, e pouco estratégico, pretender combater a violência com a violência.
Acima da lei
Kopelica impede detenção do chefe da secreta, Sebastião Martins. Ver notícia. E com razão. Se em Angola não se inaugura coisa nenhuma, nem que um simples chafariz, sem referir os bons ofícios do camarada José Eduardo dos Santos, alguém acredita que, neste caso, o próprio estivesse inocentemente desinformado, num assunto que lhe dizia directamente respeito? Como se alguém desse um ... em Angola sem que fosse informado...
Esperar pela chegada do Presidente, recomenda Kopelica: o interessado que descalce a bota. A cada emenda, piora o soneto. Parece que o baralho está a desmoronar... Então há angolanos mais angolanos do que outros e acima da lei? Que faz o «delfim» do Vice-Presidente? Caladinho que nem um rato! Declara-se incompetente, o Vicente: na ausência do titular do cargo, não deveria por ordem na casa?
sábado, 16 de novembro de 2013
Obama incompetente
Obama desfaz-se em desculpas para tentar travar oposição, mas não evita cisão no seu partido.
Ao mesmo tempo, a sua popularidade cai a pique. Ver notícia.
Os ratos abandonam o barco
Chicoti está a caminho do Kuwait para a cimeira União Africana - Liga Árabe. Oportuno: o ambiente está tenso.
Ver notícia.
Ultimato da UNITA
A UNITA apresentou um ultimato, expirando a 23 de Novembro, exigindo a demissão imediata do Presidente José Eduardo dos Santos, pela sua responsabilidade no rapto e assassínio de Isaías Kassule e Alves Kamulingue: caso isso não aconteça, realizará grandes manifestações pacíficas por todo o país no próximo Sábado. Ver notícia. O protesto é de todo o povo angolano, talvez a UNITA deva fazer um esforço de unitade, sem pretender o exclusivo da acção...
Provocação de Guebuza
Pouco passava das quatro da tarde locais, quando a polícia dispersou a tiro e com gás lacrimogéneo o comício de encerramento da campanha para as eleições autárquicas (a realizar já no próximo dia 20) do MDM (facção dissidente da FRELIMO e terceiro maior partido de Moçambique), precisamente quando o Presidente do Partido se preparava para entrar em palco, gerando uma grande confusão.
Esta provocação gratuita (esperemos por mais notícias) por parte do executivo, só pode prejudicar ainda mais o clima já de si tenso que se vive no país. Ver notícia. Mas pelos vistos, a provocação não ficou sem resposta, pois a população fez uma invasão punitiva à sede da FRELIMO, incendiando o carro do Secretário Geral. Ver notícia.
Guebuza está pura e simplesmente desesperado, sentindo a enormidade da derrota eleitoral que se avizinha. Se era essa a intenção, não conseguirá intimidar e calar o povo, como ficou patente, com a indignação generalizada que este hediondo acto está a gerar.
sexta-feira, 15 de novembro de 2013
Mimos do Manaças
O Jornal de Angola voltou às agressões, sob a capa de «opinião», a pretexto da não publicação, com igual relevo, na imprensa portuguesa, das recentes decisões de arquivamento (e fizeram bem, os jornalistas, pois é vergonhoso) dos processos envolvendo altos dirigentes do regime, brindando os portugueses com uma série de ofensas gratuitas, das quais colocamos aqui apenas o último parágrafo:
«O jornalismo em Portugal já foi chão que deu uvas. Hoje é uma actividade inquietante, praticada por malfeitores sem ética, sem ofício e sem carácter. Enquanto o Ministério Público e o jornalismo português viverem nesta lógica, Portugal não vai conseguir desenvolver relações de amizade e respeito mútuo com ninguém. Só com as ervas daninhas.»
No original está «daminhas». É uma boa forma de acabar um texto contra Portugal: assassinando a língua de Camões. A amizade de Portugal com Angola é entre os dois povos, nada tem a ver com as actuais manipulações políticas, num lamentável conluio entre «elites» dirigentes medíocres e corruptas, tanto de um lado como do outro. Quanta retórica e demagogia barata.
O pasquim não se devia chamar «de Angola», mas «do regime de José Eduardo dos Santos». Engraçado, parece que estou a ver o povo angolano a arrancar brevemente pela raiz uma erva daninha...
Está alguém de Serviço?
O Presidente está em Barcelona.
Demite o chefe da secreta, nomeando em seu lugar o seu adjunto, que se encontra na Rússia.
(o Club-K, que deu a notícia, realça o facto como inédito: nomeante e nomeado fora do país)
Um Departamento do Serviço (SISE), que tem a seu cargo a «Luta Contra Subversão Política e Social», emite um alerta «manifestação», mas o seu chefe encontra-se no Brasil.
Bode espiatório
Descansem os mais atentos, que não é erro nem gralha. Expiatório com X porque expia crimes alheios; deve aplicar-se com um S, quando se trata do chefe dos espiões (e ainda para mais tem nome de Marquês começando por S).
José Eduardo dos Santos, oportunamente no exterior na ocorrência do rebentamento do escândalo dos assassinatos políticos promovidos pelo seu regime, demitiu o chefe da secreta.
Lamentavelmente, o Decreto Presidencial, não satisfaz a curiosidade quanto ao motivo invocado para a exoneração de Sebastião José, recentemente nomeado para o referido cargo, há um mês... (o caso deu-se há ano e meio). Excesso de zelo como «Ministro do Interior» (como este era apresentado)?
Já agora, como as notícias de hoje espalham alguma confusão de siglas, refira-se que este Serviço de Inteligência e de Segurança do Estado (SISE) já foi conhecido por outros nomes, como SINFO, SINSE ou MINSE, a não confundir com o Serviço de Inteligência Externa (SIE). No entanto, ambos os serviços funcionam sob a alçada da Presidência da Republica.
Porque razão os membros do regime nunca se insurgem quando são despedidos em circunstâncias como esta, nada dignas? Já foi sugerido que José Eduardo dos Santos recolhe provas dos desvios de dinheiro que ele próprio promove, para os ter na mão, com essa chantagem... O homem trabalhava para si, senhor Presidente, não queira varrer para debaixo do tapete.
E não era santo nenhum, o Sebastião José. Premonitoriamente, a 13 Setembro de 2011, o Club-K publicava que «Sebastião Martins, o ministro do Interior revestido nas funções de Chefe do Serviço de Inteligência e Segurança de Estado (SISE) é a figura apontada como estando a introduzir no regime o recurso a práticas de raptos a elementos da oposição política e da sociedade civil».
Tudo sem o conhecimento do Presidente, claro. Essa teria sido a figura mais adequada para justificar esta demissão: «ocultação de informação relevante ao Presidente da República». Vai ser difícil fazer engolir isso aos angolanos, que viram manifestações pacíficas pedindo esclarecimentos sobre o caso, serem reprimidas com grande violência...
Senhor Presidente, se calhar é melhor abortar a descolagem para Angola, pois parece que se prepara uma grande manifestação em Luanda para o acolher de volta ao país, poderia diluir-se na massa. Devido à sua ascendência guineense, pode sempre pedir asilo à Guiné-Bissau, se preferir manter-se no continente.
Portugal - Santuário para corruptos VIP
Num deslocado e intolerável gesto de subserviência e bajulação, o Procurador encarregue do processo de Manuel Vicente, Vice-Presidente de Angola, perante a justiça portuguesa, exarou, no respectivo despacho de arquivamento, menções absolutamente estranhas à sua função e âmbito de competências:
Em que é que o «respeito e admiração de que é merecedor o vice-presidente de um país amigo como Angola» é chamado para o caso? Todas as pessoas não merecem respeito? Pelo menos até à sua condenação? Acrescenta ainda, noutro ponto, esperar contribuir para «o desanuviar do clima de tensão diplomática» entre Portugal e Angola... Sem receio de estar a meter a foice em seara alheia? Essas Necessidades tratam-se noutro lado! Não são do seu foro!
Então agora a PGR faz o «favorzinho» de tapar os olhos aos VIPs angolanos para lhes «amaciar» o trato? É vergonhoso e pouco abonatório, numa semana em que arquivaram de bandeja os processos envolvendo altas figuras do regime angolano... pura coincidência? Depois de se ter dignamente defendido a separação de poderes e a independência da Justiça portuguesa, entregam agora o ouro ao bandido, com um pedido desculpas? Vergonhoso!
E recusam-se a responder às perguntas dos jornalistas! Ver notícia do Público. Quem perde neste aflitivo exercício, é a soberania nacional, com a sórdida colaboração do Presidente da República, Cavaco Silva, cuja mediocridade se está a revelar uma ameaça à Constituição, que jurou defender, justificando assim as acusações de traição ainda há pouco tempo lançadas por uma deputada. Que grande confusão vai nestas cabeças de alho chocho.
O senhor Procurador Paulo Gonçalves que fizesse o que tinha a fazer, baseado numa qualquer interpretação da lei, mais ou menos atamancada, mas para que serviram os infelizes considerandos e floreados? Pressão política ou pura estupidez?
Quando o mau exemplo vem de cima
Retrato de Angola...
Dirigentes arrogantes, prepotentes, violentos e autistas.
Ver notícia.
quinta-feira, 14 de novembro de 2013
Mais uma chicotada
O Ministro dos Negócios Estrangeiros de Angola, Georges Chicoti, chamou hoje os jornalistas da ANGOP, para um balanço da política externa angolana. Não se esqueceu de dar mais uma chicotada na Guiné-Bissau.
Papagueando os refrões de sempre, já muito gastos (qual a novidade justificando a deslocação dos jornalistas?)... Se, como diz, acompanha a realidade do país, porque não responde ao caso Milocas Pereira?
O «golpe de estado de 12 de Abril já matou muita gente»? Estaria a referir-se ao fiel amigo do ex-Primeiro Ministro deposto? O contra-golpe não matou ninguém; excepto essa jornalista guineense em Angola.
Depois de se saber das mortes dos dois activistas anti José Eduardo dos Santos, parece uma declaração um pouco gratuita e extemporânea... Gato escondido com rabo de fora. Mas muito atencioso.
Ramos Horta apela à Diáspora
José Ramos-Horta chamou hoje os jornalistas para dizer que espera o regresso à normalidade e que os Guineenses da diáspora voltem ao país para contribuir para o seu crescimento.
No fim da conferência afirmou: «A Guiné-Bissau tem cidadãos altamente qualificados, médicos, juristas, economistas fora do país. Todos eles juntos podem transformar o país».
Fundam, ou afundam!
Um exemplo a seguir?
O móno virou môno!
quarta-feira, 13 de novembro de 2013
PAIGC pouco Oficial
No âmbito da realização das Conferências Regionais, parece haver alguns desentendimentos ao nível da publicação dos resultados, por meio dos blogues mais próximos das duas candidaturas que as têm disputado, DSP versus BC.
Isto, sem referência aparente ou intervenção palpável do ainda «líder» do Partido...
Qual será o resultado oficial desta confusão?
terça-feira, 12 de novembro de 2013
Cartoon CPLP
Atenção: podem copiar à vontade; mas citando a fonte.
Houve um pequeno atraso, porque, após o esboço, decidiu-se colorir o «boneco»
Clique na imagem para ampliar.
Obrigado, Juliana, felizmente traduziste a língua angolana (de outra forma não iria perceber!)
(a Ju é uma óptima designer brasileira! a cursar o Mestrado em Belas Artes, infelizmente, não tem nada que se mostre na internet, embora eu já tenha visto muita coisa boa dela)
Hora di bai
(BYE)
Em defesa do lugar (no céu) de José Eduardo dos Santos, que deu uma prova cabal da sua humanidade, ao admitir estar a estudar a sua sucessão.
A referida sucessão deveria ser efectuada fora do sistema, senão não será solução. O regime, sem Eduardo dos Santos, não parece ter continuidade possível.
A Justiça angolana está de parabéns, dando uma prova de independência e fiabilidade, baseada no mérito e na responsabilidade, um forte sinal de esperança.
O MPLA deveria começar por aceitar fiscalização da sua acção governativa. E, porque não, uma discussão em torno de um Pacto de Regime para o desenvolvimento.
«Operador qualificado»
Será que um Governo de Transição tem legitimidade para opções de fundo?
(estou apenas a reflectir sobre uma questão já lançada pela DC)
Parece falta de «rispito». Ver link à direita
segunda-feira, 11 de novembro de 2013
Desenvolvimento sustentável
Uma palavra de incentivo para a reflexão económica e social que tem ultimamente sido levada a cabo e publicada no blog dos irmãos intelectuais balantas na diáspora, em paralelo com o contributo que o irmão Samuel publicou após prolongada ausência no seu blog Nô Djemberém. Há imensas oportunidades a aproveitar numa parceria entre portugueses (com a «vantagem» de terem perdido as «caganças» - exceptuando o dissonante Paulo Portas, que insiste em manter um obsoleto discurso de arrogância neo-colonial cúmplice - depois de «humilhados» por uma crise económica, demográfica e social sem precedentes), tal como o evidencia a parte «boa» do «modelo angolano», detentores de saber fazer, e os países africanos de língua portuguesa, detentores de matérias primas e recursos naturais com grande potencial e parcamente explorados...
Ainda uma menção à notícia das hortas escolares promovidas pela FAO. Pequenas ideias com sucesso podem mudar mentalidades... Obrigado Umaro.
Vamos trabalhar!