A MNE francesa garantiu que o seu país foi apanhado desprevenido, que não tinham previsto um golpe militar. Ora, ultimamente, por várias vezes este blog o profetizou. A única surpresa foi ter tardado tanto. Obviamente que Niamey pode contar com a solidariedade do Mali e do Burkina, se tiver de enfrentar uma agressão sub-regional. Não é só o deposto presidente que está refém, há mais de mil civis franceses, o Estado-Maior da malograda força Dunas, um airbus ilegalmente entrado, instalações mineiras. Basta a ameaça de Paris de duras retaliações, produzida com intuitos dissuasivos na sequência do espezinhamento da placa da sua embaixada, para se perceber a amplitude dos interesses em causa. Contudo, anunciada a intervenção CEDEAO, a França fica de mãos atadas, exposta ao descarrilar dos prazos intervencionistas da Comissão, muito provavelmente para as calendas gregas. Passe a redundância, o ónus de uma intervenção militar tornou-se demasiado oneroso para Macron.
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