O soldado Rebouta, municiador de morteiro, para quem a Ditosa Pátria Amada ficou em dívida
por Joaquim Caldeira
DO-27. Arquivo do blogue |
com cumprimentos ao Luís Graça e à Tabanca Grande, link >
O soldado Rebouta, municiador de morteiro, para quem a Ditosa Pátria Amada ficou em dívida
por Joaquim Caldeira
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A Radio France Internacional continua insensível a metralhar os pés, com a apetência espúria pela guerra colonial portuguesa, sem consultores à altura. Por que razão não vão para a Argélia ou para o Vietname fazer esse trabalho? Seria decerto muito mais interessante e estariam muito mais habilitados, nem que tenham de revolver documentos e recorrer aos descendentes...
Depois dos artigos minados de erros e imprecisões, já aqui apontados, por exemplo à Op. Mar Verde, agora fazem de caixa de ressonância de mitos cabrianos deslocados, intoxicando a juventude e gentes de cultura superficial, abusando de slogans como os 3G (anagrama feliz inventado pelo Pepito para uma Conferência realizada em 2008, sobre o terrível mês de Maio de 1973).
Então caíram esses 3 quartéis? Que mentiroso, este Luz! Vão ler as memórias de Salgueiro Maia, em especial "Crónica dos feitos por Guidage", para verem como foi difícil resistir ao PAIGC. Mas deixem-se de tretas. Nem Guiledge caiu, ao contrário do que pensam os guineenses (que humildemente não reclamam os outros dois), pois o traidor que retirou esqueceu-se de avisar a artilharia.
O PAIGC, literalmente embriagado com a vitória, esqueceu-se de a explorar. O próprio Comandante Osvaldo Vieira da Silva, que lá fez o trabalho (glória lhe seja feita) e é um homem honesto, poderia ter-lhes explicado, se lhe tivessem perguntado. Ao contrário do Co-mandante do assassinato de Cabral, Pedro Pires, decerto mentor da iniciativa RFI, a quem dão jeito estas inverdades.
Para o anormal, que nada percebe de guerra, os aviões abatidos pelos Strella eram "MIGs"! Ahahah. Deve ser abreviatura de iniMIGos, para variar dos tugas, que abreviavam IN. A marca preferida e a preterida deveriam colocar processo à RFI por falsa atribuição. Talvez assim lhes iluminassem a mente, atrofiada por esta ingerência em assuntos alheios dos quais não percebem patavina.
FIAT LUX, ó mentirosos (Pedro Pires - fabricante de farsas obsoletas para consumo de órgãos desinformativos - e Silvino da Luz) & FAKE YOU RFI
O bom patriota israelita já percebeu a insustentabilidade do chão que pisa. Há que reconhecer que a experiência de radicação foi um fracasso. Chegámos a este ponto, com a nação entregue à radicalização. Israel é um pau que nasceu torto (as Nações Unidas defendiam a descolonização, a qual na Ásia foi quase automática), precisamente quando era derrubada a árvore do império inglês na Índia (incluindo o Paquistão ocidental e oriental). Se para nós, povos cultos, ainda poderíamos perdoar tal devaneio à luz da história grega, que nos ofereceu também a democracia, não podemos permitir que a Nação vire genocida e terrorista, para além, claro, de colocar em quarentena um país já por si inviável. O bom cidadão israelita, vende enquanto pode os seus bens e imigra (não, não é erro, neste caso) para a Diáspora. O bom erudito israelita não é ingrato, lembra como Ali inspirou a tolerância nos territórios que conquistou com a espada que o seu Profeta lhe oferecera. O bom adepto, fiel aos ensinamentos, não aceita tornar-se cúmplice de ofensas a'O Senhor. Israel é etéreo, a suposta ameaça existencial deve ser antes vista como uma oportunidade, para resgatar o bom nome da Nação, expiando os pecados cometidos e poupando à diáspora, que é o seu coração, a maldição das outras nações e o mesmo tipo de ódio, do qual outrora fomos vítimas. Pau que nasce torto, jamais se indireita. Foi um belo sonho. Mas não funcionou. A única alternativa de sobrevivência seria um golpe de Estado pacifista, com anúncio imediato de desnuclearização total do país. A opção não é fácil. Mas Deus é Grande!
Como descendente de judeus por via materna, venho prevenir os meus queridos compatriotas localizados, exilados e alheados da diáspora, para os riscos que enfrentam, nas mãos do manipulador Bibi, que não só fez vista grossa (como alguns pensam) como incentivou os acontecimentos trágicos que conduziram a esta situação, numa instrumentalização claramente confessada e assumida quando dizem que o ataque ao Irão estava em preparação há mais de dois anos. A memória de Rabin clama pelo sangue de Bibi (desculpa, Isaac).
PS Quando era jovem fui até Berlim fumar umas ganzas e arrancar um bocado ao muro que ainda tenho, com restos de grafiti (estava na moda e além disso, adorava Nina Hagen). Sugiro pois aos meus irmãos de sangue que, em jeito de lamentação, britem o muro, repartam o pó de pedra, e cada um vá tratar da sua vidinha, com tal cimento para enfrentar com confiança novos desafios, horizontes e latitudes, dando prova de resiliência da raça.
Ali desembainhou a dual faca recebida do Profeta.
Les jeux sont faits. Podem começar as autênticas hostilidades.
Transcrevo um excerto do livro de Helena Pinto Janeiro, correspondente às páginas 18 e 19.
O capitão-tenente da Armada, Armando Humberto da Gama Ochôa, chefia a missão diplomática portuguesa em França há mais de uma década quando, a 14 de Julho de 1940, os alemães invadem Paris. Uns dias antes da invasão alemã, acompanhando o governo francês e o restante corpo diplomático dos países não-beligerantes na retirada da capital ameaçada de ocupação, deixara a Legação de Portugal em Paris entregue ao seu funcionário mais categorizado, José de Bívar Brandeiro. Este primeiro secretário encontra-se há poucos meses em Paris, embora não seja propriamente um novato na carreira diplomática, que já vai longa. A sua especialidade são as questões económicas. À acuidade da sua análise da Paris ocupada não será estranha essa visão económica, embora nunca economicista: boa parte do seu retrato da ocupação é um retrato de pessoas. É o que acontece com o relato do êxodo populacional, a que assiste de Paris.
Na expectativa da invasão da capital francesa pelos alemães, dá-se a desorganização da administração pública e o pânico generalizado da população, que foge em massa. Para Bívar Brandeiro as responsabilidades cabem aos chefes da administração (que abandonaram os seus postos), aos meios de comunicação social (que propagaram o alarme) e ao governo (que teria agido na desorganização mais completa). "Criou-se assim uma atmosfera de terror que facilitou a propagação de boatos alarmantes. Três milhões de pessoas de Paris e dos arredores precipitaram-se nas estradas, arrastando tudo o que podiam levar e deixando abandonadas as suas casas e as suas terras".
"O pânico foi de tal ordem que em Paris chegaram a ficar prédios de muitos andares com as portas abertas, pois os ocupantes nem sequer julgaram necessário fechá-las. Nos campos próximos, os camponeses abandonaram os rebanhos e os animais domésticos, a maior parte dos quais morreram de fome ou tiveram de ser abatidos pela polícia e pelos soldados alemães".
"(...) Aqui viu-se a fuga, por vezes dramática, duma população que ninguém orientava e à qual ninguém dava assistência. As autoridades não pensavam nisso, os particulares muito menos. As ruas e as praças eram atravessadas continuamente pelos que julgavam encontrar, fugindo, a salvação. E estes, se algumas vezes se faziam transportar em bons automóveis (poucos eram, pois os ricos há muito tempo tinham partido), na maioria eram pessoas pobres e até miseráveis, que caminhavam a pé, transportando os seus magros haveres".
Deste quadro de debandada geral, Bívar Brandeiro exceptua apenas os serviços de telefones, electricidade, gaz, água, limpeza e bombeiros, que continuaram a ser assegurados, para além do clero, que também não abandonou os seus fiéis. E prossegue o seu relato: "Vi muitas famílias humildes em que as mulheres arrastavam os filhos pequenos, que mal podiam andar, enquanto os homens vergavam ao peso de enormes volumes em que guardavam os seus mais preciosos bens". Faz de repórter: "Perguntei a alguns para onde iam. Muitos não sabiam. Tinham-lhes dito que a cidade seria saqueada, os homens obrigados a trabalhar a golpes de chicote e as mulheres entregues à soldadesca. Fugiam sem norte. Muitos foram, mais tarde, apanhados pelo fogo cruzado dos dois exércitos em luta. E ao lado das estradas do sul, as sepulturas abertas ao acaso mostram até que ponto pode conduzir o medo de milhões de pessoas".*
Este retrato do êxodo visto de Paris é completado pelo relato da viagem do ministro de Portugal em França com o corpo diplomático e o governo francês até à sua instalação em Bordéus e, por fim, em Vichy: "Não me é possível descrever o que foi esta viagem de Paris para Bordeaux, as contrariedades, acidentes e os desagradáveis imprevistos que nos sucederam. Durante centenas de quilómetros as estradas achavam-se repletas de refugiados (uns com destino, outros sem ele), que se dirigiam lentamente para o sul entre filas cerradas de carros de todas as qualidades e tamanhos. De tempos a tempos, um carro em 'panne', outro sem gasolina ou avariado pelo exagerado peso da carga, vinha impedir a lenta marcha daquele triste cortejo. A certa altura, os carros impedidos de andar eram tantos que os seus ocupantes formavam nas estradas uma longa coluna de mulheres, velhos e crianças que, tomados de pânico, continuavam a pé a marcha para o que supunham ser a sua salvação, embora sujeitos a cada momento ao bombardeamento, por aviões inimigos, o que sucedeu várias vezes. Calcula-se em cinco milhões o número de pessoas que, de toda a parte norte da França, se dirigiu, entre 10 e 15 de Julho, pelas estradas em direcção ao sul, e em dez milhões o número total de refugiados de todas as classes e nacionalidades que, do norte da França, se refugiou na parte sul e sudeste. Esses números podem a V. Exa. uma ideia do que foi a debandada durante aqueles trágicos dias".**
* AHMNE, José de Bívar Brandeiro, Paris e a Invasão Alemã. Relatório do Primeiro Secretário de Legação, Paris, 18-08-1940, anexo ao ofício n.º 264 da LPF, de 1 de Setembro de 1940.
** AHMNE, Armando Humberto da Gama Ochôa, Ofício n.º 264 da LPF, Relatório do Ministro de Portugal em França, Vichy, 1 de Setembro de 1940.
Os habitantes de Teerão?
PS Bombardear uma capital com uma arma atómica supostamente para impedir um país de aceder a energia limpa? Os netos de Nagazaki que ficaram por nascer choram em coro... Se o criminoso de guerra ousar avançar com o plano, a escalada constituirá, por si só, uma confissão de derrota. Estão a ficar sem munições? Foi mais rápido do que este blog previu durante a primeira vaga, há quatro dias atrás... Trump é um terrorista, ao instilar o terror na população. O pânico provocará muitos mais mortos que a própria bomba. Está na hora de Putin fazer um telefonema no Iphone vermelho.