O Secretário-Executivo da CPLP, tem por costume passar atestados de menoridade à Guiné-Bissau, como mostrou em tempos o jornalista Nuno Ribeiro do Público, em entrevista: para Angola, fala baixinho; para a Guiné-Bissau, fala grosso. Ora a Guiné-Bissau está em pleno exercício de alternância, coisa que infelizmente o povo angolano não conhece (por enquanto).
Vem agora anunciar uma visita de mediação. Como é possível alguém oferecer-se para árbitro começando por uma declaração de tomada de partido? «Esperança em que o programa do executivo guineense seja aprovado no Parlamento ainda esta semana»? Como assim? Já não há executivo guineense, ninguém o informou que o Governo foi censurado? Que se constituiu uma nova maioria, precisamente no Parlamento?
Além disso, o futuro da Guiné-Bissau, não se resolve em Luanda, como ficou bem patente na retirada da MISSANG, para não serem comidos vivos. O substituto de Domingos Simões Pereira não é bem vindo, com este género de discurso, fazendo tábua rasa da política interna. Um árbitro que veste a camisola de uma das equipas?
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