Para Domingos Simões Pereira, talvez não seja boa estratégia colar demasiado ao candidato do seu Partido às presidenciais, para que um eventual afastamento deste na corrida para Presidente, não o deixe muito chamuscado para as legislativas, e com tendências de perdedor.
É que, a simples suspeição, num caso destes, seria motivo mais que suficiente, para o próprio, senão o Partido, terem rejeitado liminarmente a candidatura, pois o candidato sai claramente fragilizado: então e se vier a ser condenado, dando origem a um novo problema de legitimidade?
A sua eleição não poderá influenciar o resultado do julgamento? Não poderão as pessoas imaginar que aspira ao cargo para obter a im(p)unidade? Mesmo que acabe por ser autorizado, o candidato do PAIGC já está queimado. Não queira o novo líder desperdiçar o seu tempo e ânimo com cinzas.
Concentre-se antes nos desafios de governança que terá pela frente (se ganhar as eleições, como espera), na preparação do Programa de Governo, e na formação de um Governo (sem concessões internas aos barões do Partido) inclusivo que prime pela competência e empenho, aos olhos do mundo.
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