Logo depois de o Ministro da Presidência ter produzido afirmações, em Lisboa, ao Jornal Ionline, de que Carlos Gomes Junior não se poderia candidatar por não se ter recenseado (declaração algo prematura, não estando o acto encerrado), eis que Fernando Vaz é contrariado pelo recenseamento do ex-candidato presidencial, no Consulado da cidade da Praia (ver Ditadura do Consenso, link à direita), primeiro passo para aquilo que se pensa poder vir a constituir uma renovada candidatura à Presidência.
Faz assim orelhas moucas aos vários apelos populares, para que deixe a política (activa, pelo menos; poderia aceitar um cargo de conselheiro) e se dedique aos seus negócios. Neste momento, constitui um factor de instabilidade para a Guiné-Bissau (e estou a ser simpático, pois poderia ser considerado uma ameaça externa, ao defender o envio de forças ocupantes para o país). Defender perante as Nações Unidas operações de «reposição de legitimidade perdida» quando esta nem a Paz consegue manter?
Além disso, continua a insistir nas suas atitudes contraditórias: por um lado afirma-se chefe de um governo legítimo, por outro, faz o recenseamento num «sistema» diferente. Será o mesmo país? Aparentemente, coabita facilmente com múltiplas máscaras, o que pouco abona para a seriedade e integridade que devem ser apanágio de um Presidente. Um Presidente deve servir a unidade, não a separação e a divisão dos seus cidadãos. A vaidade do poder (que não soube justificar) estará a subir-lhe à cabeça?
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