Num amplo exercício de «inclusividade», ao qual não foi estranha alguma preocupação de «representatividade», optou-se por manter quase inalterada a estrutura orgânica do governo e o manifestamente desproporcionado número de pastas ministeriais.
O Progresso Nacional, em artigo há pouco publicado, criticou essa superabundância de responsabilidade colectiva, muitas vezes sobrepostas. Não será esta uma herança de tempos nos quais era preciso «dividir» para que o «Rei» pudesse reinar?
Para quê um Ministro da Economia e outro das Finanças? Para quê um Ministro do Interior e outro da Administração Territorial e Poder Local? A Pesca não é um Recurso Natural? Para quê um Ministro das Infra-estruturas, outro da Energia e Indústria?
Num suposto Governo de Gestão, será difícil financiar, no curto prazo, qualquer iniciativa desses «pomposos» Ministérios, ou fazer passar decisões estruturantes. Lá diz o ditado: «Em casa onde não há pão, todos ralham e ninguém tem razão»...
Outra crítica veio do Didinho. Esqueceram-se de gregas e troianas... As mulheres guineenses, mais habituadas à economia doméstica e suas dificuldades, mais sensíveis aos problemas do dia a dia, poderiam ter trazido um toque de bom senso, com uma pitada de paz.
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