DSP organizou eleições. Perdeu as eleições. Falou em guerra. Perdeu a guerra. Foi posto no seu lugar (quer dizer, está a monte, ainda não está onde devia estar). É claramente uma carta definitivamente fora do baralho, para os guineenses. Mas, para a CEDEAO, José Mário Vaz parece continuar a ser o Presidente da Guiné-Bissau, num comunicado que ignora a situação "de facto" e "de jure", tornando-se por isso perfeitamente inconsequente e despropositado.
Citando Aristides Gomes, no país "manda quem tem a força". Já quanto a Cassamá, a sua demissão não o livra, obviamente, das responsabilidades criminais, como ex-Presidente da República (agora que se demitiu e já não está em funções) e implica a promoção automática de Satu Camará à presidência da ANP.
A leitura da CEDEAO é insustentável, foi manipulada por Paris e Abidjan à revelia da Nigéria, e será rapidamente reformulada, perante as evidências de clarificação da situação política, tal como, aliás, a postura da CPLP. A pretensa indignação do comunicado da CEDEAO é um simples pró-forma politicamente correcto para agradar a essa organização e queimar tempo.
Todos já perceberam que a suposta "crise" só existe na cabeça de DSP e seus amiguinhos do governo português e dos corredores da ONU. Em último caso, a decisão fica sempre a cargo de José Mário Vaz, que decerto não se importará de cumprir uma última missão e ir explicar tudo tim por tim à Cimeira de Chefes de Estado. A normalidade prevalecerá e a estabilidade vencerá.
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