Levantam-se fortes suspeitas de que tenha sido o próprio PAIGC a matar Titina Silá. O assassinato de Amílcar Cabral não teria assim sido um caso pontual e isolado, executado por dois ou três traidores que foram apenas úteis bodes expiatórios, mas antes uma verdadeira purga decidida ao mais alto nível, destinada a varrer o espírito crítico e a implantar a supremacia de uma pseudo-elite de medíocres, que estabeleceram uma cultura de subversão política. O povo guineense não é obrigado a pagar pelo pecado original do PAIGC, ao matar os seus melhores filhos e filhas. Domingos Simões Pereira sujou a memória de Titina, ao pretender fazer uso partidário de um símbolo nacional, num momento de crispação social. Está na altura de o povo guineense abrir os olhos, redignificar a sua própria memória e pedir contas aos responsáveis pelas mortes dos seus heróis e das suas heroínas: o próprio PAIGC.
O sangue de Titina clama pela verdade histórica.
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