A pedido, em relação ao artigo anterior, clarifico a posição da falta de legitimidade da Presidência
da República e do Presidente da Assembleia, em caso de queda do Governo: o povo guineense votou no
projecto do Engenheiro (está visto que se enganou, mas isso é outra
questão) Domingos Simões Pereira. Ninguém votou expressamente em Jomav
ou Cassamá. Por isso, esta «constelação» triangular, caso se desfaça, deverá
automaticamente devolver a soberania ao povo, permitindo a discussão de novas propostas, mais rigorosas e consistentes, apostadas num verdadeiro combate à impunidade, como todos defendem.
Afirmou Jomav acerca do pronunciamento de Luanda «Não é aceitável! [Cassamá]! (...) não fui eleito por voto universal, livre e secreto dos guineenses para ser conivente com situações como estas. É chegado o momento de definirmos o tipo de instituições e modelo de sociedade que queremos para nós e para os nossos filhos! Não me consigo conformar com a degradação e cada vez mais acentuada inversão de valores que reina na nossa praça.» Mas voltando ao tema da confiança, oiça-se o mesmo Jomav «A confiança dos cidadãos nas Instituições da República e nos titulares dos Órgãos de Soberania depende da eficácia e discrição da actuação do servidor público. Essa actuação deve ser pautada pela apresentação de resultados concretos aos cidadãos, pela contenção e por um enorme sentido de Estado».
A única saída parece ser uma alternativa concertada, um sapo que todos possam engolir.
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