sábado, 18 de abril de 2015

Financiamento interno dá sinais de esgotamento

Pelo relatório desta semana, fica-se a saber que o Banco de Angola assumiu os 300 milhões de dólares como nível mínimo de injecção de divisas no sistema bancário. Tudo na mesma, a esse nível. A novidade consiste no aparente esgotamento da capacidade de financiamento interno. Os diferenciais entre a dívida emitida e colocada agravaram-se drasticamente, colocando a nu a total inconsistência das previsões constantes do OGE «rectificado» (sem que se esclareça o «destino» desse papel, contrapartida dos salários a pagar, com inevitáveis tensões inflaccionistas associadas, à falta de absorção), que distribuía equitativamente as origens de fundos, entre financiamento interno e externo.


As Obrigações do Tesouro colocadas não passaram de 0,24% do total. Podem evidentemente limpar o rabo ao OGE, tal como, aliás, ao gráfico apresentado, no qual a miragem do «ponto de inflexão» aparece cada vez mais pronunciada e especulada (comparar com há duas semanas atrás), denunciando a pouca vergonha «matemática» do Zécutivo, que está a hipotecar o país. Em Moçambique, Guebuza deixou o cofre vazio. Em Angola, para além do cofre vazio, José Eduardo dos Santos deixa um interminável rol de dívidas!

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