O relatório desta semana do Banco de Angola consolida a evidência de que os objectivos de captação de «poupança» interna estão a ser cumpridos à razão de um por cento, conforme já ficara patente, apesar do forcing (para evitar o make up) mediático de há 3 e 2 semanas atrás. Está tudo em velocidade de «cruzeiro»: injecção de ~300 milhões de dólares por semana; colocação de TT < 1% .
A única novidade propriamente dita da semana é portanto a substituição da «montra», com a apresentação de um novo gráfico, para substituir o «maquilhado», aqui insistentemente denunciado ao longo das últimas semanas. No entanto, a emenda é pior do que o soneto... Uma das regras básicas de apresentação de gráficos, que pelos vistos os relações públicas dessa instituição desconhecem, é evitar a redundância que transforma o excesso de informação em simples poluição. O mesmo que o pleonasmo, em matéria linguística. Quando um conjunto de dados pode ser obtido em função de outro (por soma, diferença, multiplicação, divisão, ou qualquer combinação entre estas operações), não conta, não amplia os nossos graus de liberdade. Ou seja, o que deveriam ter feito, era apresentar apenas uma linha, qualquer uma delas, e dar a fórmula (por exemplo que «a taxa média foi inferior em ...»). É muita matumbice: é como dizer que as taxas médias de referência diária do câmbio do kwanza pelo dólar estão a «subir para cima» [ou dizer «lamber com a língua» (pois havia de ser com quê?)].
Estão realmente a subir para cima e, ainda por cima, muito acima daquilo que mostram.
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