O governo ocupante e ilegal do Protectorado português de Cabinda manifesta um profundo desprezo pelo povo, vendo em qualquer tentativa de manifestação uma invisível mão estrangeira, chegando ao cúmulo do ridículo quando, mantendo sob prisão um activista cívico, o acusa de sedição e atentado à segurança do estado, apontando o seu
comunicado uma mirabolante apreensão de explosivos, ocorrida num incrível recontro com um grupo de invasores estrangeiros, que uns tiros para o ar entretanto convenientemente afugentaram. Seria risível, não fosse tão grave. É o cúmulo da hipocrisia: o regime angolano perdeu completamente o pudor, se é que ainda lhe sobrava alguma réstia de vergonha na cara.
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