Teria sido mais cómodo, para Rafael Marques, conservar-se no exterior do país, fora do alcance da omnipotente máquina do regime. À falta de acordo de extradição e, além disso, inocentado pela Justiça portuguesa, nada o obrigava a ir até Luanda.
O jornalista do Público, em artigo publicado hoje, chama-lhe «luta quixotesca», mas a essa expressão prefiro a comparação com David & Golias, ou o adjectivo «titânica», que já há dias utilizei, sobre o mesmo assunto. Rafael mostrou-se decidido a subir à sua cruz (gostaríamos também, por falar em Cruz, de ouvir o Domingos...)
«É uma honra e um orgulho enfrentar um tal imenso poder»
O arcanjo Rafael transporta no seu nome a cura divina para os males do mundo. E veio interromper a ceia dos poderosos, colocando-lhes o pé na porta, uma cunha naquele que é, sem sombra para dúvidas, um processo político.
No entanto, pode virar-se o feitiço contra o feiticeiro...
Deus livre o regime de o transformar em mártir.
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