A confirmar-se a notícia avançada pelo Doka, da assinatura de um acordo prevendo o envio a Bissau de dois assessores militares portugueses para a tomada de decisões estratégicas, quanto ao Programa Quadro a levar a Bruxelas, será bastante grave.
Em primeiro lugar, quem melhor que os militares guineenses para ajudarem a decidir do seu futuro? Não haverá na Guiné-Bissau, militares de carreira bem mais capazes de participarem nesse processo?
Em segundo lugar, não será má ideia, prenhe de equívocos e redutora da soberania nacional, entregar a estrangeiros decisões políticas?
Domingos Simões Pereira demonstra, em vésperas da mesa redonda, grande insegurança, denotando uma má condução da preparação do Programa Quadro, efectuada de forma parcelar e sem uma visão de conjunto, que envolvesse as forças vivas da Nação.
É esse o cartão de visita que pretende levar a Bruxelas, de um estado fraco e sem força anímica própria? De uma pedinchiche destinada apenas a alimentar a sua inconsistente vaidade?
Nuvens negras que não pressagiam nada de bom. Barco sem leme não conhece rumo.
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