Em relação à Diáspora, a CNE limitou-se à atribuição dos mandatos para deputados e a anunciar que Paulo Gomes ganhou pelo círculo Europa e Jomav por África, o que, obviamente, não pode ser considerado como divulgação de «resultados provisórios». Não foi, até ao momento, efectuada qualquer actualização da página da CNE referente aos resultados provisórios, continuando em falta a respectiva região 9, com os círculos 22 e 23.
A RFI difundiu um artigo contraditório: Mussa Baldé começou por dizer que foi «sem surpresa» que o PAIGC ganhou os dois círculos; no entanto, depois afirma que a publicação dos resultados dos dois círculos «tinha sido protelada no dia do anúncio dos resultados nacionais, na quarta-feira passada, tudo porque ainda estava por se apurar que partido tinha conquistado os dois círculos.» Em que ficamos? É óbvio que não existia qualquer surpresa quanto aos mandatos, essa é uma desculpa esfarrapada: o problema é que, devido a uma fuga de informação com origem no Senegal e a toda a manipulação ocorrida na Europa, o caso arriscava-se a aparecer como a «ponta do iceberg» de uma vasta maquinação.
Já o caso da RDP é mais grave: existe clara má-fé, com os jornalistas tentando deturpar os resultados, para dar a entender a alguma opinião pública portuguesa menos atenta, que liga apenas aos títulos, que o «PAIGC amplia maioria absoluta». Não dão qualquer explicação para a lógica «formal» implícita no título, que é a de uma ampliação de 55 para 57, apenas desde o anúncio incompleto da CNE, tentando que este surja como uma comparação com as anteriores eleições nas cabeças do público-alvo, quando foi precisamente o inverso que aconteceu com os resultados divulgados (e ainda com o caso dos 100 000 por investigar), com o PAIGC a ser castigado pelo eleitorado e a perder 10 deputados.
(eis uma discreta assinatura da respectiva «encomenda»)
A imprensa internacional, impávida e serena, à imagem da CNE, prepara-se para confrontar a nação com o facto consumado, estando marcada para hoje a encenação dos resultados «definitivos».
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