Cadogo pede, através de carta endereçada ao Secretário-Geral da ONU, que promova, graças aos seus bons ofícios, «todas as medidas necessárias, justas e apropriadas que permitam garantir a segurança» da sua candidatura. Embora nunca o faça de forma explícita (para não cair no ridículo), todo o texto parece partir do pressuposto de que quem manda na Guiné-Bissau são as Nações Unidas, daí se presumindo uma desautorização de facto das autoridades.
Insultar e subestimar os responsáveis pela segurança, no país, não parece, por seu lado, constituir um esforço inteligente para atingir o objectivo a que parece propor-se. O que deseja Cadogo? Um blindado a baptizar Cadogo-Móvel, pintado com as cores da ONU, para as suas deslocações na campanha eleitoral? Um tratamento personalizado? Uma equipa de voluntários que distribuam os seus panfletos, para substituir o aparelho do PAIGC, que lhe vai tirar o tapete?
Não se percebe porque insiste... Lembre-se que o assunto não é novidade nenhuma, que não é a primeira vez que o desclassificado faz este género de diligências, que chegou mesmo a intentar física e pessoalmente, nos corredores da organização, como quando foi bater à porta do SG e foi encaminhado para um sub-secretário de segunda. Cadogo há muito que, na própria ONU, é considerado uma «carta fora do baralho» (expressão do Doka): chato e inconveniente.
Desafio: encontrar rima adequada para
Quem salta fora do baralho
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