A não demissão do Ministro do Interior e dos Negócios Estrangeiros arrisca-se a ser mal entendida junto da opinião pública portuguesa e mundial. O Presidente, ao reter a «disponibilização» dos seus lugares, parece querer evitar a todo o custo uma remodelação ministerial, a qual parece impor-se. Mais do que uma simples «remodelação», julgo que é absolutamente necessária uma redefinição do modelo de governação, cuja importância estratégica e relevância para o futuro, não permite que fique dependente do resultado de eventuais eleições.
Cabe às Forças Armadas, um papel de relevo, segundo a Constituição, na interpretação dos anseios colectivos da alma nacional. Viva a aliança da Força com o Povo, num pacto de estabilidade, transparência e responsabilidade de regime, encarnado num projecto claro e consistente, envolvendo a Diáspora e as forças vivas do país. Constatada uma vontade convergente, será lógico convidar-se o Povo a exercer directamente a sua soberania, como recomenda a Constituição, selando assim uma nova esperança com original LEGITIMIDADE.
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