Ao ler a resposta de Filomeno Pina aos cidadãos pró-Kumba, compreendi o tom de irritação em que este o fez, pois nota-se de início apenas simples animosidade e vontade de contrariar, sem deixar qualquer espaço de respiração, no texto, para sequer uma opinião ou uma discussão construtiva.
Por isso me parece bastante injusto o comentário que o Doka acabou de publicar, que é ainda mais depreciativo, para as competências e boa vontade de Filomeno Pina, o qual lançou bastantes mais desafios para reflexão e sempre com todo o amor. Ironizar com trabalho de equipa não fica bem.
M.D.M.
ResponderEliminarTrabalho de EQUIPA!? Sr. Emplastro, que equipa?...
Caro Malam
ResponderEliminarO comentário ironizava dizendo que era preciso um trabalho interdisciplinar... «politólogos, historiadores, sociólogos, antropólogos, economistas», apenas para depreciar o contributo do psicólogo, feito com toda a humildade.
E é esse trabalho de equipa, essa reflexão, que se torna cada vez mais inadiável, em conjunto. Sempre que se começa a falar em propostas consistentes, parece que alguns, na Guiné-Bissau, têm medo que os mais capazes desempenhem um papel construtivo, dando mostras de um nefasto complexo de incompetência.
Sim, trabalho em equipa. O próprio Filomeno Pina fala em coordenar esforços, numa discussão activa que envolva a disponibilidade da diáspora, em torno de um modelo de governança consistente. Porque não abrir a discussão em torno de projectos e ideias, modelos de desenvolvimento eficientes, eficácia governativa?
Para isso, acho que o irmão Filomeno Pina estará lá, com o seu contributo (julgo que até mais de poeta que de psicólogo); mas não para querelas estéreis e de baixa retórica. E, na carta aberta a Kumba Yalá, ao contrário daqueles que julgaram ver na omissão um apoio a Carlos Gomes Junior, é óbvio que está pressuposto que, se Filomeno Pina tivesse o mesmo respeito pessoal que tem por Kumba, expressaria exactamente a mesma mensagem, tal como, aliás, o próprio já escreveu e publicou por mais que uma vez.
M.D.M.
ResponderEliminaro que me surpreende e impressiona é alguém encontrar tantos adjetivos elogiosos em Kumba Yala!
Como intelectual e acadêmico, que contribuição Kumba Yala aportou a sociedade guineense. Como politico que teve a oportunidade de presidir o país, o que Kumba Yala fez que o dignifique como um grande politico e patriota, além dos gafes, discursos catastróficos e desorientações governativas que só desonraram o país. Actos antidemocráticos como o fechamento da ANP, trocas sucessivas de PMs traíram violentamente a confiança do povo no primeiro FORMADO eleito pelo povo e caracterizaram a passagem de Kumba Yala na presidência guineense. O que este homem tem a oferecer aos guineense!?...
M.D.M.
ResponderEliminarNao acho Filomeno um doente mental, antes pelo contrario, um ser altamente pensante e racional, em que pese podermos discordar de algumas de suas idéias, o que é natural. Até posso entender os elogios atribuídos ao Kumba Yala, como uma forma de o sensibilizar a abandonar a sua intenção de ser de novo presidente, pois realmente a Guiné precisa de mudança e Kumba faz parte de um passado a esquecer. Foi presidente e nao foi um bom presidente.
A questão central que me preocupa é toda uma onda de supervalorizacao das qualidades intelectuais e patrióticas de Kumba Yala que na realidade nao existem. Como intelectual Kumba está ultrapassado. Nunca produziu uma obra digna de reconhecimento e de algum valor intelectual. E como estadista foi um desastre. Nao acredito que as memórias sejam tão curtas a este ponto!