A RENAMO acusou «alguns países» de apoiarem o «belicismo de Estado» de um poder usurpado e periclitante.
A carapuça serve em especial a Portugal e Angola, sendo extensível aos restantes países da CPLP (excepto a Guiné-Bissau, que está suspensa), por omissão de auxílio e de diligências apaziguadoras, ou mesmo de qualquer sinal de boa vontade: aparentemente esperam que o problema se resolva sozinho, numa solução à angolana. Mas, dois simples pormenores: deixaram escapar a caça, espantaram-na, e não têm capacidade militar para «resolver» rapidamente o problema; no seio da população, o governo já não possui qualquer apoio ou credibilidade.
Só uma forte atitude e tomada de posição dos «senadores» mais velhos, destituindo o candidato a único «dono» do país, configurando uma situação de «impeachment», poderá evitar ao país o espectro do descarrilamento do «comboio»; a continuar a escalada de autismo do poder, será depois muito mais difícil parar a roda dos acontecimentos. De certa forma, o caso de Moçambique (tal como, aliás, do Egipto) serve à saciedade para ilustrar, retrospectivamente, as vantagens do contra-golpe de 12 de Abril de 2012: é o «modelo» angolano que está em causa.
Com todos os sinais de incapacidade e nervosismo já dados por Guebuza, o país não deverá tardar a optar pelo «modelo» guineense, como única saída para evitar a derrapagem descontrolada da actual situação.
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