Estava a ler o Club-K, onde tive acesso ao vídeo de José Eduardo dos Santos dedilhando uma guitarra, para dedicar uma canção à mulher, por ocasião do seu aniversário.
Este «artigo» atingiu um número recorde de comentários, muitos angolanos ficaram enternecidos, inclusive alguns dos seus críticos tradicionais, com esta atitude amorosa do Presidente.
Mas não foi por nada disso que decidi publicar este artigo. Simplesmente, dois comentários, de alguém que assina AngolaNova, chamaram-me a atenção, por me lembrarem o que se tem aqui passado; por isso decidi reproduzi-los:
1) no primeiro, começa por defender alguém que se exprime mal em português, mesmo se o AngolaNova se exprime bem em português (embora não tenha teclado compatível, tomei por isso a liberdade de lhe colocar os tils nos «ãos» e os çês de cedilha)
2) teve posteriormente que se defender a si próprio, depois de vários ataques maldosos
«Ser inteligente significa também, sabermos interpretar, deduzir, decifrar ou entender aquelas coisas, que a priori, parecem ser complexas para nós. Quem não pode ou sequer consegue entender a mensagem/opinião expressa pelo cidadão Sotto Mayor (apesar duma ou outra falha gramatical), julgo que prova que não é digno de merecer elogios. Entendi e concordo com o comentário do Sotto Mayor, e creio que a maioria dos leitores também. Não é por causa da falha ortográfica que devemos desdenhar os outros, é mais sensato mostrarmos o nosso respeito a todos eles, valorizando a sua dignidade e humildade de expressarem as suas opiniões com o mesmo direito daqueles que melhor sabem escrever. Aqui no Club-K não estamos numa aula de português online, mas sim para intercomunicar sem discriminação social, cultural, racial, política, etc. Temos que acabar com essa mentalidade de "assimilados" e da exclusão social. E que o Jone saiba também, que existem milhares de angolanos que cresceram, estudaram ou nasceram na diáspora de língua(s) não portuguesas, carecendo assim do domínio da língua tuga. Muitos de nós com dificuldades em português, não somos "burros", e muitos de nós dispomos de conhecimentos científicos, mas preferimos manter-nos sentadinhos no banco da humildade! Quem sabe se o Sotto Mayor é exactamente um desses angolanos que viveu longos anos num país onde não se fala a "tuguesa"? CORRIGIR alguém é louvável, mas sempre com humildade, e não ofendendo outrem, conforme o Jone e uns tantos arrogantes aqui o fazem.»
«O Fortuner para além de tudo o que é no sentido negativo, é afinal um grande intriguista também. Doutra tentou agitar o Zeca Bwé Lixado contra mim, porém, o Zeca não caiu na tua confusão. Agora tu estás tentando uma jogada própria de autocratas, que nunca suportam opiniões opostas às suas, colocando aqui o nome do bem educado Van-Dúnem na intenção de criar um clima de desarmonia no diálogo entre ele e a minha pessoa. Não vejo qual é a inveja que vistes nas trocas de opiniões entre ele e eu! Ao contrário de ti, ele mostrou que tem classe (não ofende, não se pinta de primitivismo nem se mostra arrogante). Tu julgas que o simples facto de saberes falar bonito o português e talvez de ter um nível académico basta para merecer a consideração e o respeito da pessoas? Não senhor, pois a humildade, a honestidade e o respeito à dignidade de outrem (coisas que tu provaste não ter), são valores humanos sagrados. O Van-Dúnem mostrou decência e humildade ao expressar a opinião dele, aspectos pelos quais eu próprio também pugno. Tu Fortuner, montas comentários diversos, ofendendo gente que pensa diferente de ti, por isso caíste no laboratório dos produtos tóxicos. Que pena! Um dia aqui estaremos, testemunhando o desmoronamento do regime que defendes. Tu não tens vergonha de aplaudir a tortura contra um menino que até poderia ser teu próprio filho, a ser inocentemente torturado? Talvez até pudesse tratar-se dum teu neto! Aqui se vê quem é quem, não adianta estar perdendo o meu tempo com gente associada à maldade.»
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