Ainda antes de a Guiné-Bissau subir à ordem do dia no Conselho de Segurança, Ban Ki-Moon, através de um comunicado bastante cauteloso, vem abrir de certa forma a porta a um período de transição mais alargado (passando dos 6 meses propostos na ANP para um ano), reconhecendo a delicadeza da situação em curso.
Partindo dos princípios enunciados, com jeitinho e diplomacia, não será decerto difícil, ao novo MNE, defender um período razoável (equivalente, no mínimo, a uma legislatura), para garantir, como defende o Secretário-Geral, uma transição segura e consistente, mobilizadora das forças vivas da nação, num projecto de estabilidade sustentável, alicerçadas numa verdadeira fidelidade das Forças Armadas (não a pessoas, mas ao futuro do seu país), com o apoio popular.
No mesmo comunicado, dispensa subtilmente Ramos Horta, salvaguardando a face do Prémio Nobel.
Sua Excelência, o Secretário-Geral, está de parabéns pela perspicácia, prudência e oportunidade. Finalmente, uma luz ao fundo do túnel?!
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