O «anúncio» da retirada da MISSANG para começar já na quarta, esconde mais uma tentativa de forçar a mão... Está acertada a retirada do pessoal. A retirada do material não faz parte do protocolo.
Pretende Angola provar que estava de má fé quando enviou esse material de guerra pesado para a Guiné-Bissau? Nesse caso deverá indemnizar a Guiné-Bissau pelos danos causados ao país como consequência dessa atitude arrogante... uma boa forma de acautelar esse ressarcimento, será exercer o direito de retenção de quaisquer valores angolanos em território guineense, aplicando-o de imediato, tanto ao material bélico como às instalações da MISSANG.
Seria mais proveitoso para a imagem de Angola junto dos guineenses, se fizessem uma cerimónia solene de entrega do material; se se disponibilizassem para uma cooperação assente na reciprocidade e na igualdade entre as partes, sem tiques de superioridade, intenções veladas, interesses dúbios. A figura de um novo neo-colonialismo financiado pelo capitalismo selvagem dos petro-dólares não agradou aos guineenses, que continuam à espera de um pedido de desculpas...
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