Se bem que a coberto de boas intenções, a promoção de um dissidente do PAIGC (mesmo tendo-se individualizado e desmarcado a tempo) marca, pela negativa, a ausência do próprio Partido maioritário na nova agenda política, como se se quisesse colmatá-la, revelando-se um gesto mais de fraqueza que de afirmação.
Os mentores falharam decerto a melhor opção: no entanto, a cama estava preparada; todo o discurso do candidato que entregou a candidatura no último dia, assumindo-se como continuador da obra de Malan Bacai Sanhá contra Cadogo, deixava presumir que trazia uma carta na manga. Esta agenda parece-me evidente e maquiavélica demais.
Talvez, na sua génese, o plano tivesse a sua plausibilidade. No entanto, desde que foi pensado, a situação evoluiu muito. Temo dizê-lo, mas, na minha opinião, o Comando Militar, na sua responsabilidade colectiva, se estivesse preocupado com a integridade territorial, com todas as possibilidades agressivas que se perfilam no horizonte, ressuscitava Ansumane Mané, rememorava a gloriosa Junta Militar que reafirmou a identidade guineense, a qual, se etnicamente não existe, política e continentalmente, para além de ser uma paideia, constitui, como se viu no momento, um factor de ponta na mentalidade do sub-continente, qual David desafiando Golias...
Para quê esta submissão? Por quenão uma afirmação pura e dura?
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