quarta-feira, 12 de outubro de 2011
Conferência em Santarém
segunda-feira, 19 de setembro de 2011
domingo, 18 de setembro de 2011
Requiem por Obama
Dez anos e uma semana após o 11 de Setembro, os americanos começam a desconfiar da maneira de fazer política de todos os que caem naquela Casa, por boas que sejam as suas intenções iniciais: de boas intenções está o céu cheio. Agora que a América está na bancarrota, que está feita a catarse do 11 de Setembro, «enterrados os mortos», alimento a sincera esperança que uma fagulha ilumine o seu povo e que da próxima eleição presidencial saia um homem pacífico, mas firme, mais virado para o comércio que para a guerra. Vão ser lastimáveis e penosos, os últimos dias de Obama: a perda da Casa, o descrédito, a desonra, a vergonha, o abandono dos amigos, a traição da mulher; mas que se console, seria muito mais grave se fosse apanhado pelos rebeldes líbios.
Escalada nas palavras
O retorno da Guerra Fria?
terça-feira, 13 de setembro de 2011
Amnistia Internacional acusa rebeldes de Crimes de Guerra
domingo, 11 de setembro de 2011
Abcesso de fixação
De Ben Walid não passarão!
PS De parabéns está a Guiné-Bissau: quando elementos da embaixada líbia retiraram a bandeira verde e colocaram um farrapo tricolor, foram imediatamente accionados para reporem a única bandeira acreditada e reconhecida internacionalmente. O que agora se passa na Líbia é algo parecido com o que se passou na Guiné-Bissau após o 7 de Junho de 1998: face a uma invasão estrangeira, esquecem-se antigos desentendimentos e toda a população se une para resistir ao invasor. Que grande símbolo, o Poilão de Brá.
sexta-feira, 9 de setembro de 2011
A loucura continua
Ontem, quinta-feira, o telejornal da RTP1 foi uma triste e repugnante encenação à escala nacional. Os dois líderes da coligação governamental, numa constrangedoramente servil operação mediática, abanavam o rabinho à NATO. O ministro dos Negócios Estrangeiros, numa extemporânea, deselegante, desnecessária e prematura manifestação de reconhecimento implícito de uma «revolução» (inacabada, mas pronto), deslocou-se à Líbia, para participar da «partilha dos despojos»; com tanta gente a morrer, referia-se pateticamente às magníficas oportunidades que se abrem para os empresários portugueses... O primeiro-ministro recebia o Secretário Geral da NATO, para anunciar a transferência para Lisboa do Comando desta organização, já não apenas defensiva, mas agora vocacionada para a ingerência programada nos assuntos internos de estados soberanos.
Uma breve ilusão de poder e um preço alto a pagar: mais que uma ofensa, é um crime, associar o nome de Portugal a esta barbárie. Que temos nós a ver com esta loucura? Que temos a ganhar? Aos betos irresponsáveis que nos governam lembro as promessas que nos fizeram pela participação na 1ª Guerra: nem uma migalha caiu da gamela dos grandes... Não nos arrastem para a estupidez em preparação, deixem-nos cá quietinhos no nosso cantinho reduzidos à nossa tranquila insignificância; quanto ao hipócrita do jornalista falhado que é Paulo Portas, lembre-se dos combatentes da guerra colonial, dos quais popular e demagogicamente muito abusou, esses tempos acabaram, não faça pouco das pessoas. Já nos custou bastante sarar as feridas do Império. Então nós íamos neocolonizar a Líbia? Quando chegámos aos Açores e à Madeira não havia lá ninguém; olhe que na Líbia há líbios. Não se meta nisso, não estou a vê-lo a ter lições de árabe. Talvez sinta antes necessidades de pedir ao Dr. Adriano Moreira umas lições de geopolítica (para não falar de um mínimo de bom senso e tacto, que não será demais pedir a quem ocupa o Palácio).
Não será a inventar ameaças, a aumentar a intolerância, a promover as guerras e dissenções que se vão resolver os graves problemas mundiais. Ao estarem a apoiar estes actos criminosos, Passos Coelho e Paulo Portas são passíveis de ser acusados de Crimes de Guerra. E entretanto arrastam o nosso país e a nós todos, ainda com uma imagem positiva perante muitos povos, para uma escalada de loucura e animosidade que não augura nada de bom. Em vez de procurarem fazer pontes, dinamitam-nas... Isto é de loucos e em tudo contrário à tradição e vocação universalista portuguesa.
Quanto aos pilotos da Força Aérea, sugiro que se recusem a operar nesse cenário, como o piloto canadiano que deu o exemplo, recusando-se a sair em missão quando analisou os alvos que lhe estavam alocados. Seria uma desonra para o exército português uma participação, por mínima que seja, nesta guerra cínica. De cada vez que mudam os conceitos geopolíticos, há uma grande guerra. Lembre-se o Congresso de Viena: era preciso tramar Portugal e Espanha, então o Direito «Colonial» Internacional «evoluiu» e passou do «primeiro a chegar» para quem «ocupava de facto»... a coragem e determinação dos nossos exploradores ainda permitiu que atravessámos África, mas não impediu o fim brusco e infeliz do mapa cor-de-rosa, ainda antes de o nosso Corpo Expedicionário ser «sacrificado» (pelos nossos queridos «aliados») na batalha de La Lys (os rapazes é que eram rijos e aguentaram-se).
Resumindo: esta não é a nossa guerra. Então e ninguém faz nada? Se calhar devíamos ir para a Praça do Comércio manifestar contra o regime «democrático» que foi colocando no poder políticos corruptos e medíocres que nos sobre-endividaram e agora, betos sonsos e inconscientes que estão apostados em conduzir-nos alegremente para o abismo, sem o mínimo de orgulho ou considerações relativamente à identidade e soberania nacional. O cão do gramofone não faria melhor. Lamentável falta de dignidade. Vil. Repugnante.
Não à venda de soberania! Nem mais um soldado para as colónias (dos outros, ainda por cima)!
quarta-feira, 7 de setembro de 2011
Salif entre os Ben Walid
Na linha da frente. É ele a alma, agora. O pai passou à história.
PS O Kadafi velho fazia bem em abdicar formalmente. Facilitava as coisas. À falta de golpe fatal, a NATO sobe a parada: vão agora tentar destabilizar Marrocos e Argélia...
sábado, 27 de agosto de 2011
No more MASS brain washing!
Não se deixem enganar pelas notícias nos media!
Estão a querer fazer-vos uma lavagem ao cérebro...
Incrível: acabou-se de repente o «politicamente correcto» na América; quando se passa dos limites da hipocrisia e da ganância, cai-se na demência assassina! Cada vez mais americanos dizem claramente o que pensam do caminho que o seu governo quer impor ao mundo. Não vão por aí! Não percam: entrevista de historiador americano à TV iraniana: http://www.youtube.com/watch?v=gpB2LKLToog
Os russos parecem finalmente ter acordado e contra-atacam: acusam agora os americanos de ter mentido, aquando do pedido do mandato na ONU, ao afirmarem que Kadafi estaria a utilizar a sua aviação contra os seus compatriotas. Os russos mostram provas. Suficiente para refrear os entusiasmos? http://www.youtube.com/watch?v=_yuZCvmN_Fg
Grande pinta esta líbia! Até faz um manguito ao Obama. Manifestações em território rebelde: agora não podem dizer que são pagos pelo regime; as pessoas correm riscos para o fazer! Ao contrário das outras imagens de Tripoli, onde não se vê ninguém a não ser rebeldes. http://www.youtube.com/watch?v=_5EpvO47CUE
sexta-feira, 26 de agosto de 2011
+ uns LINKS
1) Lindíssimo, a não perder. Fiquem a saber as verdadeiras razões da operação da NATO: Kadafi, que ultimamente se convertera em ultra-liberal, tinha tido uma ideia, criar um dinar-ouro, como alternativa ao dólar, que todos os países da OPEC deveriam exigir em troca de petróleo. Mas vejam até ao fim, Obama a ser violentamente interpelado, num programa de rádio, por um líder black espectacular: melhor que Jazz! http://www.youtube.com/watch?v=w81x7WfGilI&feature=related
2) As opções estratégicas: passar à guerrilha. Aquilo que se perde em território, ganha-se em mobilidade. http://www.youtube.com/watch?v=B5oIj2rgt6U&NR=1
3) Para quem tenha paciência (e estôgamo), vejam a série! Este utilizador do YouTube tem mais... http://www.youtube.com/watch?v=RjUP3WA9APY
4) Horrível! Execuções a sangue frio de soldados regulares capturados... http://www.youtube.com/watch?v=70-QwPHMxDE&feature=related
5) Os crimes da NATO, continuam... no meio do desespero geral. http://www.youtube.com/watch?NR=1&v=ZeNRs1E83gs
6) Uma análise esclarecida, por parte de um insuspeito ex-PM belga!
http://www.youtube.com/watch?v=2mHTPEb58HE&feature=related
quinta-feira, 25 de agosto de 2011
FILAS ao contrário
Quero portanto, como cidadão europeu que nunca quis ser, desmarcar-me destas atitudes dos governos imperialistas de certos co-estados-membros. Esta atitude configura claramente uma situação de ingerência nos assuntos internos de estados soberanos, para além de uma péssima opção estratégica, com a agravante de que vai provocar mais uma impressionante tragédia humanitária, com o seu cortejo de ódios. O preto que se enganou na cor da Casa, enganou muita gente, mas já nem sequer respeita a antigamente sacro-santa Constituição, que foi a espinha da América, Constituição que o obrigava a pedir autorização ao Congresso para declarar a Guerra: mas também não faz a coisa por menos; com tanta desgraça e gente a morrer, resolveu a cena com uma rápida, sobranceira, arrogante e irritante explicação pela TV «Não preciso de pedir autorização ao Congresso porque já ganhámos a guerra»; por este caminho vai voltar a fazê-lo, claro. Com o mesmo despudor. E os americanos papam, baixa só meio pontinho nas sondagens.
Aparentemente, os árabes e muçulmanos estão divididos. Se no terreno parece ser uma irmandade multinacional (uma espécie de maçonaria árabe) que congregou uma insatisfação latente, chamando mercenários e bandidos de vários países (basta ver imagens dos «combates», do lado dos «rebeldes» são tudo menos civis entusiamados), já o aparente apoio saudita é bem mais estranho. Em África, o melhor exemplo vem do país de Nelson Mandela (a alma da reconciliação) que continua a recusar reconhecer o pretenso «governo» como resultado de um levantamento popular (que seria legítimo); considerando tratar-se antes de sedição. Assinale-se também a prudente posição da Rússia, afirmando ser ainda cedo para reconhecer esse «governo» (não íam chamar-lhe associação de malfeitores...), que só o farão se estes «dominarem o país com força suficiente».
A situação pode parecer desesperada. No entanto, analisando friamente a situação, constatam-se várias brechas na «muralha» rebelde. Kadafi fala em «retirada estratégica». O coronel pode ter muitos defeitos, é definitivamente um falhado, mas aprendeu, ao longo dos anos, pelas piores razões e utilizando os piores métodos, a manter bem alerta o instinto de sobrevivência (não vamos, claro, ao ponto, de lhe chamar raposa, pois, dado o cenário, correríamos o risco de ofender a memória do Marechal). Mas não é ele que me interessa. Aparentemente na sombra do pai, SALIF prepara algo há meses, vejam, esta notícia poderia ser de há poucas horas:
http://www.youtube.com/watch?v=3OTYqpZFSTc
Na Segunda-feira, a notícia caía como uma bomba: o complexo presidencial acabava de cair e o filho de Kadafi (poderiam ter escolhido outro, mas não, era Salif) fora morto nos combates; algumas horas depois, afinal não fora morto, estava em poder dos rebeldes, «que o estariam a tratar bem». Ora, logo na madrugada de Terça, o «morto» dava uma Conferência de Imprensa, em directo, para 35 jornalistas estrangeiros especialmente acreditados (e mantidos para o efeito) no Hotel Roxio. Não era um homem perseguido: transbordava boa disposição, mesmo. Era um vencedor. E estava a falar uma linguagem (árabe) muito clara, ao contrário do pai, que está meio chéché há um quarto de século.
http://www.youtube.com/watch?v=LlVu7X8FJ_4
Pensando bem... Qual é a melhor maneira de dinamitar uma aliança rebelde? Trocar de campo. Deixá-los ocupar. É que enquanto se defende, é preciso dispersar as forças e manter uma autoridade difícil perante a situação. Até aqui, muitos líbios, poderiam ainda estar com o espontâneo e eventualmente legítimo «levantamento popular». No entanto, a partir de Terça, todos começaram a mudar de campo, com as barbaridades cometidas pelos estrangeiros. Salif passou a dispor de gente disposta a morrer por ele, aquilo a que a maior parte dos terroristas que se auto-intitulam rebeldes (para além de uma ínfima franja multinacional decerto mais crédulos e ingénuos) não estão dispostos. Além disso, agora que já não precisa de defender um território, pode concentrar as suas forças onde decidir bater. Será que reserva alguma surpresa? No caso de uma reviravolta no terreno, será bastante difícil a França e Inglaterra retirarem os seus espiões e forças especiais, que assumida e insidiosamente não apenas forneceram armamento e deram apoio logístico, como combateram ao lado dos bandidos e saqueadores. Estando no terreno em trajes civis (os meios de comunicação dizem «vestidos de árabe»... como se toda a gente não visse que a maior parte dos locais vestem como aqui em Portugal ou em qualquer parte do mundo, era como se viessem montados para o Ribatejo vestidos de campinos para passarem despercebidos) e não gozando de qualquer protecção por parte das Convenções de Genebra, até pela forma (pouco) diplomática e não declarada da intervenção dos respectivos países mandatários, podendo ser, portanto, legítima e sumariamente abatidos, permitam-me desde já que interceda por eles: julgo que seria suficiente, e um bom exemplo de humanidade, dar-lhes apenas (poupando os de origem muçulmana, que foram, claro, escolhidos para a missão por serem «sacrificáveis») uns valentes tabefes à frente do mundo, para os executivos dos respectivos paísesinhos e os paizinhos verem em directo pela televisão. Teria um efeito interno altamente galvanizador, lembrando a Embaixada americana junto do Chá, sendo externamente bastante pedagógico.
A legitimidade árabe é algo difícil, na qual os estrangeiros, aos países e à fé, se não deviam meter. É que pode-lhes sair o tiro pela culatra, o que, no momento que vivemos, seria altamente oneroso. Quer-me parecer que Salif agradece a oportunidade que lhe deram e que não está disposto a desperdiçá-la. Boa sorte para Salif e oxalá acabe rapidamente com a praga na Líbia, exterminando radicalmente as baratas.
quinta-feira, 28 de julho de 2011
Terror privado? ou a manipulação de um rejeitado?
Conseguiu catalizar o momento e publicitar o «seu» manifesto. Perante a actual crise de legitimidade (U$A, €uropa, países árabes), primeiro pareceu-me que a mensagem essencial seria a de uma nova era aberta ao terrorismo individual. O único precedente conhecido foi Theodore Kaczynski, que ficou conhecido como Unabomber (também deixou um manifesto), mas com a grande diferença de este ser selectivo e actuar na base do 1/1: só matava um de cada vez; essencialmente, este brilhante matemático visava congéneres, com bombas artesanais que encaminhava pelo correio.
Passe a estupidez de os meios de comunicação mundiais (não resisto a chamar-lhes burgueses-marxistas, utilizando a terminologia do «artista») estarem a tentar censurar o(s) manifesto(s) do rapaz, numa clara reacção do politicamente correcto à propaganda subversiva. Ninguém enfia o barrete tão para baixo: isso mais parece a política da avestruz, para além de ser claramente pernicioso para a intenção formal, apenas servindo de mais publicidade ao objecto.
Uma leitura atenta do panfleto poderá revelar que não se trata de uma obra individual, mas antes de uma compilação impingida por alguns mestres «espirituais» pseudo-templários, com pretensas ligações à maçonaria regular, cujo rasto é fácil de seguir na internet. De qualquer forma, o resultado não é bonito nem recomendável. Configura mais uma ofensa ao próprio terror, até agora de causas e obra de organizações. A dantonesca cabeça de Robespierre deve rolar umas voltas, no panteão revolucionário.
Banalizado e futilizado, o terror! Que diz o palestianiano quando vê o filho sair de casa? «_Lá vai o meu rebento». E a mãe assente. Isto sim, é consistência social. Pessoalmente, tenho pena do rapaz (e do pai): no início da adolescência, fez um desenho, mostrou ao pai e o pai não gostou; para além de ter abandonado o filho, o idiota vem agora com declarações à imprensa a dizer que «preferia que o filho se tivesse suicidado»! Devia era cortar a pila, para castigo (aliás, devia tê-la cortado antes de fazer merda - não diz o Senhor: «Se a tua mão é ocasião de pecado, corta-a. Mais vale ires maneta para o céu que inteiro para o inferno»). Quanto ao filho, se queria publicidade, teria outra dignidade e o mesmo resultado, ou mesmo mais, a imolação pelo fogo, como fez o jovem tunisino.
Se até aqui, restava ao terror alguma dignidade, perdeu-a por causa deste beto nórdico egocêntrico e estragado com mimos. O arsenal dos pobres ficou mais pobre. Talvez devêssemos reflectir sobre o caminho de barbárie que leva este mundo sem regras e a deriva das identidades assassinas para a qual há muito chama a atenção Amin Maalouf.
sábado, 30 de abril de 2011
Mentiroso e hipócrita
quinta-feira, 21 de abril de 2011
O Homem lá saiu de cena...
Não estava no programa
nem é considerado notícia...
Envergonhadamente, o Mirante lá acusou o toque, sob a pica(e pito)resca classificação de Cavaleiro Andante.
http://semanal.omirante.pt/index.asp?idEdicao=492&id=73785&idSeccao=7985&Action=noticiaidEdicao=492&id=73785&idSeccao=7985&Action=noticia
quarta-feira, 20 de abril de 2011
Arrependimento ou censura?
O Mirante on-line chegou a publicar uma pequena notícia «Espectador interrompe colóquio e interpela José Niza» associada a um pequeno video de 1m56s sobre os factos relatados, texto e video que foram «empurrados» automaticamente para o Sapo. No entanto, pouco tempo depois, cortaram as ligações e fizeram desaparecer tudo...
Talvez seja melhor adoptar, aí no jornal, o bom método salazarista da censura prévia, para obviar a este género de incómodos.