Grande derrota dos terroristas em Ben Walid. Depois de terem entrado na cidade, no Sábado de manhã, foram dispersos em múltiplos combates de rua e obrigados a recuar sob fogo cerrado sofrendo elevadas baixas. Salif parece apostado em criar ali um abcesso de fixação e está a consegui-lo: para já aliviou a pressão sobre Sirte; impotentes face ao desafio, os pretendentes ao poder em Tripoli estão a tentar concentrar o máximo de forças para controlar o «abcesso», dando os primeiros sinais de fraqueza (a data para o ataque «final» tem sido sucessivamente adiada escondendo-se atrás da aparente e cínica «boa vontade» para negociar e «evitar mais derramamento de sangue») ; enquanto Salif concentra as atenções, adapta as suas tácticas (em entrevista à televisão francesa, avisou que a sua vantagem está agora no combate não convencional) e aprende a lidar com os bombardeamentos da NATO, ganha um tempo político precioso, mantendo «o perigo», à espera que acabe o mandato (27 de Setembro) da ONU e a Aliança terrorista deixe de ter cobertura para operar nos ares... A própria NATO começa a dar sinais de desespero com a aproximação da data, tendo em conta a oposição da Rússia, China, Brasil, África do Sul, etc. Com esta clara vitória de Salif, começam também a notar-se sinais de desagregação da aliança rebelde contra-natura: desinteligências entre grupos rivais provocaram 12 mortos; agora até já se matam uns aos outros.
De Ben Walid não passarão!
PS De parabéns está a Guiné-Bissau: quando elementos da embaixada líbia retiraram a bandeira verde e colocaram um farrapo tricolor, foram imediatamente accionados para reporem a única bandeira acreditada e reconhecida internacionalmente. O que agora se passa na Líbia é algo parecido com o que se passou na Guiné-Bissau após o 7 de Junho de 1998: face a uma invasão estrangeira, esquecem-se antigos desentendimentos e toda a população se une para resistir ao invasor. Que grande símbolo, o Poilão de Brá.
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