Os receios de que falava no post anterior, podem, afinal, revelar-se justificados, mesmo se não foi possível confirmar os rumores de os militares terem declarado que respeitariam todos os acordos internacionais. O povo gabonês deve manter-se vigilante, prevenindo a possibilidade deste golpe se tratar de uma encenação de Paris destinada a descalçar a bota Bongo, que Macron já havia renegado, e endossar o poder a seu favor, confiscando-o a Ondo Ossa, cujas posições anti-francesas são bem conhecidas e que venceu as eleições por larga margem. Nesse caso, há a possibilidade de o próprio Nguema, caso tenha aceite desempenhar o papel, ouvir a voz e realinhar-se com o povo - o qual comemora alegremente na rua - e virar o bico ao prego, assumindo um papel histórico e a genuidade do discurso, descartando a total hipocrisia que representaria uma tal traição, a qual Deus e seus cidadãos, mais tarde ou mais cedo, lhe cobrariam. Quanto a França, nesse triste cenário, arriscaria fortemente a que o tiro lhe saísse pela culatra, deitando gasolina gabonesa para a grande fogueira em que está a arder. 7ze desculpa-se pela precipitação, declaradamente ocorrida sob pressão, bem como estar a oferecer duas versões contraditórias, mas admite que tudo é possível, e não apaga mensagens, como a AFP. Como defende um gabonês, para já comemora-se a queda de Bongo, depois logo se vê, o futuro revelará os seus personagens... Cada coisa a seu tempo.
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