domingo, 7 de maio de 2023

Candidatura espontânea

É bom ter presente os avisos de gente avisada. Estilo uma pedra angular como Einstein, o arrependido. Felizmente enganou-se, e o invento, apesar do terrível potencial, proporcionou quase três quartos de século de Paz. 

A IA1 já é mais inteligente que noventa e nove por cento das pessoas. Poucos anos de desenvolvimento. É minha profunda convicção de que não se trata de IA "pura". Mas em + cem anos nunca vão conseguir os restantes 1%.

E a fulguração? Teria a IA inventado a teoria da relatividade? A IA é um simples produto comercial, por enquanto gratuito. Alguém mais esperto pode perguntar: "então mas como é que pensam ganhar dinheiro?". 

Pergunta ingénua. Querem vender a apropriação, ou seja carregar dados históricos ou actuais para pedagogia do sistema. Bom, em suma, vai-se ter de pagar para a inteligência se interessar pelo nosso próprio caso.

Como comprador há várias precauções a tomar. Informar-se muito bem que tipo de versão é, ler bem os termos de serviço. É que há inúmeras possibilidades, incluindo versões "personalizadas". Entramos na esfera mental.

Ok, isso é para o campo individual. Se me perguntarem no que toca a organizações, parece-me óbvio que os priviligeados do capitalismo, com os seus contabilistas, nunca aceitarão ser substituídos por bem melhor.

Mas há mais cuidados a ter, aplicáveis tanto a indivíduos como a colectivos. Dois entre outros são: pedir em pen para instalar sem ligação à rede, nada de web-based; comprar vários concorrentes e pô-los a interagir.

Só assim se poderá candidatar a ter vantagens comparativas. As possibilidades, em termos de associação à robótica, são imensas, incluindo no campo militar. Ou seja ter exércitos de robôs não tripulados.

Imaginem-se exércitos de micro-drones transcontinentais, cada um com um objectivo pessoal, personalizado por reconhecimento facial ou a granel, transportados em porta-porta-porta-porta-porta-drones.

Sistemas multifuncionais e inteligentíssimos de minas e armadilhas, com servidor e alimentação próprios. Drones kamikazé anti-carro. Helicópteros sem piloto. Enfim, tudo é possível, basta ter a pedra certa. 

Vendo a coisa pelo lado empresarial, a guerra está a dar, isto abre um imenso mercado. Mercenários estão na moda. Ironia do destino, os heróis da desnazificação actuam sob o nome do músico preferido de Hitler.

Bom, mas passando às coisas sérias. Aquando da III guerra da Crimeia, em 2014, antevi a aplicação óbvia dos drones ao campo militar. Há oito anos, sugeri à Ministra da Justiça, que pedisse uns drones anti-droga a Putin.

Não descansei enquanto não trouxe um drone - julgo que o primeiro - a Bissau, onde tentei sensibilizar dois grandes amigos militares a quem trato por General, Melcíades Fernandes e Daba Naualna, que concordaram.

Defendia eu na altura que, perante a ausência de meios aéreos, a simples missão de observação já justificava a sua aquisição. Ainda para mais dispondo a Guiné-Bissau de um grande entendido em helicópteros🚁.

Infelizmente, as chefias não se deixaram sensibilizar, se não, a Guiné-Bissau teria decerto hoje uma grande vantagem comparativa, ultrapassando de longe os ucranianos. Um autêntico desperdício de oportunidades.

Aproveito para fazer um anúncio de emprego activo, mas não será decerto nada barato. Isto é simples empreendorismo. Aviso já que o preço em dólares é o dobro do que em rublos, e pago em ouro à cotação do dia. 

Com a escassez de pão, a vida torna-se impossível para um tuga em Bissau. Apresento o meu currículo estratégico, acrescentando que ainda há bem pouco tempo me tinha oferecido a 1% de 1% de 1% ao Tomás Sankara II

Isto da fome que grassa em Bissau é preocupante, facilmente se recruta uma legião, contratualmente, claro, com seguro de vida incluído, todos os impostos pagos a entrar no cofre do Estado e da Segurança Social.

O caju está em queda. É preciso diversificar as exportações. Mercenários estão em alta. Com igualdade de género, claro. Garantia de alta qualidade, com uma guerra ganha por quarto de século, nos últimos 50 anos.

Só que não exportamos indivíduos. O que está a dar são as legiões, como mostram os tchechenos. A diferença é a autonomia estratégica e táctica. Hierarquia própria, missão por orçamento - dinheiro e logística. 

Como gosto mais da pedra angular musical, baptizo a potencial empresa, em caso de aceitação da candidatura espontânea, como Mozart. Viva a livre iniciativa! Terá se arranjar bom logotipo e um lema inspirador.

Julgo que todos já perceberam, se leram até ao fim, os perigos da IA.

O 7ze não resiste a citar Sun-Tsu, neste contexto: «Os especialistas em ataque, movem-se sobre os sete véus do céu; os especialistas em defesa, ocultam-se sob as sete dobras da terra. Ambos obtém vitórias totais.»


PS Potenciais interessados na prestação de serviços podem deixar contacto telefónico em comentário, não será publicado.

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