Ora as guerras, infelizmente, são sujas. Nesses cenários passados, das tropas no terreno não mostravam corpos, pretenderam apresentar-nos uma guerra limpa, mas soubemos depois que fomos intoxicados com imagens dos alvos, que eram bonecos de computador produzidos por programadores de videojogos. Mas com a net, o YT, etc, isso acabou. Há um manancial muito maior de informação, assumido até ao nível individual e propalado via redes sociais.
Nestas coisas, não se deve papar tudo o que nos servem. Agora viraram o bico ao prego, mostram o contrário e infelizmente, a imensa maioria continua a papar. A NATO na Ucrânia é tão natural quanto o Atlântico encher o mar de Azov... Há soldados bons. A maioria. No exército russo, como em (quase) todos os exércitos. Agora a guerra, ambos sabem o que é, russos e ucranianos, desde a II GG, para só referir a mais recente. Quando a população é hostil, não há civis.
A senhora de bicicleta ia tranquilamente assistir à batalha? Não era boa ideia. Estava distraída com as unhas? Então, mesmo admitindo por legítima a associação com o corpo no chão e sua identificação, trata-se de um lamentável incidente. O tanquista na fúria do combate assumido, pode avaliar instantaneamente uma ameaça, ao ver difusamente um vulto no seu horizonte e disparar por impulso. Sabe-se lá a que recursos os motivados jovens ucranianos recorrem... Crime de guerra? E mais o quê? O senhor Peskov, infelizmente, não teve a presença de espírito para rebater imediatamente a INTOX, a ela se expôs e se calhar devia ser despedido por isso, mas não abusem da inteligência das pessoas!
Só o PCP parece ter defendido a voz do bom senso, não embarcando em narrativas belicistas nem em unanimismos baratos. Afinal Portugal tem uma tradição de neutralidade a defender, tal como a Suíça.
PS a utilização do termo monhé pode parecer abusiva... contudo, trata-se de crioulo da Índia, significando simplesmente meu senhor. Quem for racista e lhe quiser emprestar um cunho perjorativo, que enfie o barrete, excepcionalmente com a autorização do autor, cuja intenção é esbranquiçar (empregue com o sentido de denegrir, termo que pretendemos evitar) o visado.
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