Independentemente do que venha a resultar da instauração do processo movido por Sua Excelência o Presidente da República da Guiné-Bissau contra Ana Gomes (a galinha tonta do clã das Necessidades), esta patenteia um claro desrespeito pela Justiça, ao insistir na matéria e nos termos da acusação que lhe é dirigida, sendo o tribunal competente forçado, sob pena de perda de autoridade, a condená-la, em primeira mão, por desrespeito. A Justiça serve apenas de pretexto para publicitar um panfleto ofendendo não só um chefe de Estado estrangeiro (no âmbito de uma campanha orquestrada pelo candidato derrotado por este nas eleições), como o seu homólogo português, com o qual esta competiu pelo cargo. Não é, aliás, a primeira vez, pois para além de o ter feito durante a sua própria campanha contra Marcelo Rebelo de Sousa, também o fez por ocasião do convite deste a Sissoko para a visita oficial a Portugal. Alguém acusado de difamação é tido de apresentar provas substanciais do que afirma, a mais forte razão se o faz publicamente. Ora o que a senhora apresenta são simples links para fakes, propaganda dominguista bem identificada ou pseudo-notícias de proveniência duvidosa, muitas vezes baseadas nas anteriores, aos quais atribui a especiosa designação de "elementos substantivos". Não restam quaisquer dúvidas que se tratam de manifestações marginais de mau perder, relacionadas com a visita oficial a Bissau do Presidente português e do carácter simbólico que encerra o encontro dos vencedores das eleições presidenciais nos respectivos países.
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