Reconhecido na sociedade maliana como um homem íntegro, que apesar de militar de carreira, se apresenta fardado à africana, contando no currículo com duas demissões por motivos de consciência, o recém-empossado Presidente de transição Bah N'Daw está perante uma encruzilhada. Face ao desafio securitário, a fama do exército cresce, a vertente negocial progride e há quem recomende que escute o povo, assumindo na plenitude a soberania nacional e um espírito renovado de cooperação sub-regional, com destaque para a Guiné-Bissau, cujo Presidente foi o único homólogo a estar presente na sua cerimónia de investidura, o qual, na altura certa, evitou que a CEDEAO impusesse sanções ao novo regime militar. O Mali, como país interior, tal como o Burkina Faso, está dependente de uma racionalização da mobilidade e de um plano de desenvolvimento económico sustentado à escala sub-regional, com base na independência monetária, que só pode ser garantida pela evolução da UMOA para uma autêntica UEMOA, à imagem da moeda única europeia, e na redução da dependência em relação ao apoio francês, cada vez mais contestado, no seio da população, da diáspora e da classe castrense.
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