Para se aferir a credibilidade da crédula senhora, repare-se que afirma que "a crise pós-eleições impediu a realização das reformas urgentes, incluindo a revisão da Constituição, da lei eleitoral, bem como a lei dos partidos políticos." Ah, sim? Era uma tal comissão, que andava há dois septenatos a trabalhar no assunto, mas que ainda não submeteu nada em concreto à apreciação pública... Aliás, incongruentemente, uma iniciativa no mesmo sentido de revisão constitucional, promovida pelo Presidente, essa, não só não conta para a dita senhora, como é classificada de perniciosa, apesar de ainda se lhe não conhecerem os contornos. Por aqui se constata o lamentável parti pris e a tendenciosa adesão às falácias do líder por video-conferência. As reformas urgentes iriam decerto aparecer por algum passe de mágica, não fosse, claro, a lamentável circunstância da "crise pós-eleições". A qual não passa de um mito forjado por um mau perdedor para tentar lançar o caos.
As referências às Forças Armadas da Guiné-Bissau são, para além de desprimorosas, inconsistentes. As Forças Armadas mereceram fortes elogios, ao longo dos últimos oito anos, pelo seu afastamento da política. Não precisam de ser "constantemente recordadas" para o fazer. Não é a senhora, que nada percebe do que se passa em Bissau e emprenha pelos ouvidos nos corredores dos edifícios multilaterais, que lhes vai ensinar que "devem tornar-se agentes de mudança no sentido da paz e estabilidade", pois essa é a missão que lhes está consagrada na Constituição no ponto 2 do seu artigo 20.
Quanto ao SG, o discurso da imposição de anteriores governos ou dos seus planos está a tornar-se claramente obsessivo. Parece que não consegue engolir a ordem de desmobilização a 31 de Dezembro e quer salvar a todo o custo a representação em Bissau, ajudando a pintar um cenário catastrófico como ferramenta de um macabro marketing de burocrata: os perigosos fantasmas que assobram a ingénua senhora Rosine são afinal simples espantalhos que gente malvada e mal intencionada plantou na sua sugestionável imaginação.
Sem comentários:
Enviar um comentário